A História de Nós Três - 03x06 - "Redenção"

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 1952 palavras
Data: 26/04/2012 13:04:40

Gente escrever esse temporada está dando trabalho. Algumas pessoas falaram, mas não sei o que acontece no word as histórias dão tipo 5 ou 6 páginas, mas estou tentando escrever mais. Obrigado e curtam o conto e comentem também.

Priscila acordou e percebeu que estava no quarto, olhou para o lado e viu o Caleb e seu pai dormindo em duas poltronas. Ela apenas riu e ficou a pensar. Estava decepcionada, pois, não viu o seu irmão. Ela chamou por Caleb que levantou assustado e perguntou se ela precisava de algo.

- Quero saber como eu estou.... preciso do médico aqui... agora... agora Caleb. – ela disse fazendo uma voz engraçada.

- Calma amor... um minuto. – disse Caleb correndo porta a fora.

- O que... quem? – perguntou Rodolfo acordando assustado.

- Calma pai... pedi para o Caleb chamar o médico.

- Você está bem? – ele disse se levantando em um único pulo.

- Estou sim... calma... por favor... sente-se. Não queria assustar o senhor. – ela disse.

- Tudo bem minha filha... estou muito velho para essas coisas. – ele disse sentando-se.

- Ohh paizinho desculpa.

- Não tudo bem... tudo bem...

- Eu sei que é difícil. Queria tanto ter evitado todo esse sofrimento desnecessário. Eu lembrei de quando eu era uma garotinha que quando tinha medo corria para os seus braços e apenas chorava e...

Quando Priscila olhou para onde o seu pai estava sentado, ele estava dormindo. Ela sorriu e apoiou a cabeça na cama.

Os médicos chegaram e fizeram o pós operatório e constataram que estava realmente tudo bem com a jovem. Ela ficou alegre com estado de saúde, mas antes que alguém pudesse falar, ela pediu para a mãe que gostaria de fazer um enterro digno para aquele que seria seu filho.

- Já estamos preparando isso amor. – disse Caleb.

- Perfeito... mãe... pai... vocês devem ter ficado a noite toda aqui? – perguntou Priscila.

- Sim... mas eu dormi bem. – disse Paula. – Quando nós temos dois membros da família que trabalham em um hospital, ganhamos pequenas regalias. – ela disse rindo.

- E nada pode atrapalhar essa felicidade minha filha... ver você assim se recuperando, depois de um susto tão grande. – destacou Rodolfo.

- Sim é verdade. E eu fiquei tão desesperado quando eu soube... corri para o hospital, mas sabia que Deus não iria me deixar na mão... eu te amo. – disse Caleb dando um beijo em Priscila.

- Eu também te amo amor, mas precisamos muito descansar... essas semanas ainda serão longas. – ela disse encostando a cabeça no travesseiro.

E ela tinha razão, apesar de estar se curando fisicamente a cura sentimental de Priscila ainda iria demorar para chegar. Ela sabia que o que tinha acontecido era um desejo dela, apesar de ter sido acidental.

Naquela manhã ela acordou com a visita de uma grande amiga que não escondeu emoção no reencontro.

- Amiga... eu adiantei a minha viagem de volta... – disse Luciana abraçando a melhor amiga.

- Ai... amiga, você não sabe como foi difícil. – disse Priscila chorando.

- E porque você não me contou antes? – disse ela em tom de reprovação.

- Eu tentei... mas não conseguia... eu tinha vergonha. Eu ia tirar essa bebe de qualquer jeito... eu não nasci para ser mãe, nasci para ser médica. – disse ela chorando.

- Ei, está tudo bem. Eu já passei por isso, também não queria o meu filho, mas o meu ex praticamente me forçou. – disse Luciana se sentando em uma cadeira próximo a cama.

- Eu sei, mas não deixa de ser difícil. E eu conversei melhor com o pessoa e sábado vai ser o enterro. – ela falou.

- E o Pedro? – perguntou ela.

- Está na casa dele, o coitado ficou desesperado... e ainda tem a situação do Duarte– ela disse.

- Sim, eu soube, mas o caso dele é tão grave? – perguntou Luciana.

- Ele está estabilizando, já acordou, os marginais que fizeram isso precisam pagar. – ela disse.

- Sim... precisam... é apenas amor... bando de cretinos. – esbravejou Luciana.

O preconceito é o principal inimigo das pessoas. Ele distância e cria barreiras que nós nunca imaginaríamos. Duarte estava consciente e sabia o que havia acontecido, mas não podia se mexer ou falar. Sua mãe o visitava duas vezes ao dia, o trabalho a impedia de ficar por mais tempo, ela tinha total confiança na equipe do hospital.

O enterro do filho de Priscila trouxe algumas lembranças ruins para cada um daquele que estava ali. Luciana lembrou de um tempo difícil de sua vida, Pedro e sua família lembraram do enterro de Paulo. Aquele momento foi de delicadeza e lágrimas de todos os presentes, afinal estavam chorando por suas dores pessoais que antes enterradas pareciam estar vindo à tonal.

Perdido em seus pensamentos e lembranças, Duarte não fazia julgamentos. Apenas queria ficar curado para levar a vida adiante. Lágrimas escorriam do seu rosto. Era apenas ele e o silencio. Um companheiro que tentará lhe dar uma lição valiosa e estava conseguindo. As semanas foram passando e as coisas iam voltando ao normal. Priscila ainda se sentia culpada pelo o que aconteceu e Duarte se esforçava na fisioterapia.

Phelip não teve coragem de vê-lo depois do último encontro e passou a se concentrar na faculdade. Ele achava que aquele momento era apenas do Duarte e preferiu se afastar. Em compensação seus encontros com a Fernanda estavam cada vez mais freqüentes. Realmente não havia intenção de retorno da parte dos dois, eram apenas dois amigos.

- Sabe... quando eu soube que você era gay, eu acho que chorei por uns 20 dias. E toda vez que eu ouvia alguma música ou algo que lembra-se você era mais choro. – Ela disse deitada na cama de Phelip.

- Eu sei... também não foi fácil para mim. Mas a minha família foi essencial para esse processo.

- Ainda bem que o Pedro já havia passado por essa fase de aceitação da família. – ela disse colocando a cabeça no ombro de Phelip.

- Sim... mesmo assim, por exemplo, a minha avó não sabe, e eu morro de medo, ela não é da cidade é to interior. – ele disse.

- Verdade, uma outra cabeça. Sabe eu contei para algumas amigas minhas, sobre nós... nossa amizade... e elas acham que eu sou louca. – ela falou rindo.

- Eu também te acho louca. Mas eu me sinto bem quando estou perto de você. – ele disse beijando a testa dela.

- Eu sinto o mesmo. Tipo eu não tenho irmãos e os seus também já estão com a vida ganha. E nós confiamos um no outro. Então é normal.

- Sim. Eu amo meus irmãos daria a vida por eles, mas os dois têm a própria vida, família. Preciso de jovens perto de mim. – ele disse.

- Vamos fazer uma promessa... – ela disse levantando a cabeça.

- Promessa? – questionou Phelip.

- Sim... a partir de agora somos irmão, vamos participar da vida um do outro. – ela disse sentando.

- Legal... eu protejo você e você me protege. Vamos trocar dicas de maquiagem e a roupa do verão. – ele disse rindo.

- Estou falando sério. – ela disse mostrando ter ficado chateado.

- Desculpa... claro... mas eu sou um irmão possessivo. – ele disse abraçando ela. – Bem vinda à família.

- Obrigada. E como primeiro dia de irmã chata, precisamos ir ao hospital.

- Não sei... eu te contei o que aconteceu da ultima vez.

- Ele já saiu das máquinas, já está comendo direitinho. Você tem que parar de se Torturar.... te dá uma chance. – ela disse tirando ele da cama.

Realmente Fernanda estava saindo melhor do que a encomenda na vida de Phelip, ela o arrumou de forma que ele ficou mais bonito do que antes. No caminho eles compraram um buque de rosa. O que o Phelip não sabia e que a Fernanda contou no carro era que todos estavam tramando a aproximação dos dois. Lá no hospital Pedro entrava em ação.

- Pedro... eu não sei se posso ir ao cinema. – reclamou Duarte.

- Oras... deixa de ser mole... o bebezinho da mamãe vai chorar. Vamos sua mãe mandou essas roupas novas e um perfume bacana.

- Mas como eu vou me vestir com essa mão enfaixada e na cadeira de rodas.

- Mauricio!!! – gritou Pedro.

Pedro e seu marido ajudaram o Duarte a colocar as roupas e passaram perfume, apesar do braço enfaixado e está um pouco careca devido a cirurgia ele parecia um novo homem. Estava bonito e perfumado. Pedro levou a cadeira de roda de seu cunhado até o pátio do hospital onde havia um lindo jardim.

- Olha eu sei que dói...

- Não Pedro... não dói mais... o remédio faz efeito. – disse Duarte.

- Não... o que nós vamos fazer agora. Eu já passei por isso e você viu o quanto eu sofri e eu vejo no seu olhar. Você sente falta do Phelip, eu sei como é difícil para você. Mas ele está vindo pra cá.

- Não Pedro... – disse ele empurrando a cadeira de rodas.

- Não... eu não vou deixar você fazer isso. Eu já sofri isso, e não vou deixar acontecer com duas pessoas que eu amo tanto. Você é um adolescente ainda... você tem o amor de um rapaz lindo, que errou, mas que está arrependido. – disse Pedro olhando nos olhos de Duarte

- Eu não sei... eu não sei se eu... – ele disse chorando muito.

- Sim... você consegue querido, pois, você é esse jovem valente e corajoso que está em minha frente... você é um guerreiro e um vitorioso. Eu tenho prazer em dizer a todos que eu conheço a sua garra e a forma que você lutou para sobreviver. Não se entrega agora. – disse Pedro.

- Ta bom... vou tentar... – ele disse enxugando as lágrimas.

- Eu te amo.

Pedro e Duarte se viraram e era o Phelip segurando um buque de flores. Pedro se afastou e ficou assistindo de longe junto ao seu marido e Fernanda. Emocionado Phelip se ajoelhou em frente a cadeira de rodas de seu namorado e de forma tímida tocou em seu rosto limpando as lágrimas dele. Se aproximou muito nervoso e beijou a face de Duarte.

- Me perdoa amor... eu te amo tanto. – ele disse chorando.

- Não tem o que perdoar... eu que saí correndo.

- A culpa foi minha, eu podia ter te defendido. – ele disse.

- O importante é que estamos bem... durante todo esse tempo eu pensei tanto... tanto... você não sabe como eu esperei por esse momento. – ele disse beijando a testa de Phelip.

- Eu trouxe essas flores... para você. – ele disse deixando no colo de Duarte.

- São lindas.

- Duarte diante dessas pessoas que estão aqui na nossa frente, eu quero dizer que nunca mais... quero te fazer sofrer.

Pois, neste último mês, foram os piores dias da minha vida. Duas vezes eu pensei em me matar... mas eu fiquei com medo... medo de que você me achasse coverde... por não lutar por nós. E eu fiz isso... lutei por nós. Você não tem idéia de como foi difícil para mim... te ver naquela cama, durantes dias fiquei ao seu lado conversando e me afastei para você se curar. Mas o meu desejo era estar com você.

- Obrigado. Obrigado por tudo. – ele disse abraçando Pheli, ao ver os três curiosos chorando atrás ele também agradeceu. – Obrigado.

- Tá bom!! Tá bom!!! A Fernanda já perdeu quase todo o rímel dela. – disse Pedro.

- Verdade... casal apaixonado... a mesa de vocês é por aqui. – disse a Fernanda. – Mauricio a música por favor.

- Claro... – disse Mauricio ligando um CD player.

- Boa noite senhores. – disse Pedro. – Para o cardápio de hoje, temos as sobras da janta do hospital.

- Pode trazer hoje eu como qualquer coisa. – disse o Phelip com um sorriso que poderia iluminar todo o mundo.

Depois do jantar Phelip foi deixar Duarte em seu quarto e deu um beijo de boa noite. Duarte passou o resto da noite sorrindo também.

Realmente a vida estava voltando ao seu curso normal para essa família, mas até quando normalidade iria durar?

Dúvidas e comentário - contosaki@hotmail.com

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Comentários

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Conto maravilhoso, muito bom mesmo, daria um ótimo filme ou seriado, mas só precisa se preocupar um pouco com alguns contradições, no meu ponto de vista, como o fato da luciana dizer que tbm não queria ter filho, mas foi forçada e na 1ª temporada parte 3 diz o contrário, bom tirando essas e mais umas outras quase que imperceptíveis, o conto está ótimo, você está de parabéns!!!

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ADOREI PEDRO CONTINUA LOGO NOTA: 1000000000000000000000000000000000000000000000

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Lindo d+ ai muito bom to chorando aqui isso me fez lembrar de aproveitar todos os momentos como se fossem o ultimo lindo perfeito maravilhoso parabens e não demora

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Muito bonito, estou adorando, continua logo

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Nossa eu fico meio bimba com as reviravoltas que essa história da.. kkkkkkkkk... como sempre muito bom, excelenteee.. parabéns vc escreve muitoooooooo...

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O que dizer?? nota 11, tu eh demais véio =]

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Qur bom que o Phelipe e o Duarte agora estao bem, quanto a Pri e o Caleb, acho q ela esta devendo um big pedido de desculpas pra ele, afinal escondeu a existencia do filho dos dois , terminou com ele por isso, e depois que perdeu o bebe volta como se nada tivesse acontecido... afff...

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Como sempre impecável. Só nota 10 né, sem mais...

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Que bom que eles se acertaram :) estou adorando acompanhar sua linda história :) bjos

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OMG a parte mais linda da terceira temporada!!! Estou adorando amigo... e como eu vejo do celular a história fica maior, nunca me atentei a isso!!! Beijo!!!

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Que lindo ainda bem que está tudo bem , nem que pela por enquanto.

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