O amor não é cego

Um conto erótico de jornalista77
Categoria: Homossexual
Contém 1629 palavras
Data: 21/04/2012 01:52:42

Essa é uma história de valorização dos nossos sentidos, uma mostra que prazer sexual pode ser atingido mesmo por alguém que não possui todos os cinco sentidos. Essa é a história de Leila, uma mulher de 30 anos, solteira, negra, muito bonita e cega. Aos 15 anos, perdeu a visão. Após alguns anos de depressão e muita tristeza, resolveu encarar as dificuldades e seguir com a vida. Passou a morar com a irmã mais nova em um belo apartamento. Extremamente culta, sorridente, uma sensibilidade enorme para música que a fazia tocar violino lindamente. Ensinava a arte do violino para adolescentes, que iam a sua casa ter as aulas.

Essa também é a história de Melissa, 27 anos, estudante de engenharia. Uma jovem cuja família morava longe e que, apesar da beleza e sensualidade que emanava, não conseguia segurar namorado. Se apaixonava com grande facilidade, ao menos ela pensava assim. Adorava sexo e, por isso, ia pra cama com um carinha sem nem conhecê-lo direito. No dia seguinte, o cara ia embora e não aparecia mais. Sua imaturidade emocional não a permitia ver as pessoas como elas realmente eram. Isso a deixava sozinha no mundo, sem amigos de verdade. A única pessoa que enxergava qualidades nela era Leila, que conseguia ler sua alma e via como ela era linda.

A vida amorosa de Leila andava parada. Tinha tido alguns namorados, mas ela sentia que havia algo errado nesses relacionamentos. Não a completavam. Muitos eram canalhas e só transavam com ela porque achavam legal comer uma cega. Outros se recusavam a sair com ela, pois temiam passar vergonha. Isso desiludiu Leila e a aproximou de seu violino. A música não tinha preconceitos e a amava, ambos se amavam. Um dia, Melissa adoeceu, havia contraído uma virose fortíssima e estava de cama, se queimando de febre e com dores pelo corpo. Leila sabia que Melissa não tinha família na cidade e se ofereceu para ajudá-la.

Melissa estranhou e ficou sem saber como Leila poderia ajudá-la. Afinal, essa ajuda seria fazer-lhe comida, controlar suas medicações, tirar sua temperatura. Melissa não sabia, no entanto, que Leila era uma pessoa totalmente integrada com sua deficiência e perfeitamente independente. O primeiro aluno de Leila chegava às 9 horas. Antes disso, ela ia na casa de Melissa, tirava sua temperatura, fazia seu café da manhã e voltava pra casa a tempo de dar aula. Depois, preparava o almoço em casa e levava para Melissa. Como havia transferido seus alunos para a manhã, poderia ficar com Melissa o resto do dia. Servia o almoço, lavava a louça e ia pro quarto. Sentadas na cama, conversavam sobre tudo.

Melissa adorava a companhia de Leila. Sua voz doce e suave era muito reconfortante. Além disso, seu carinho e seus cuidados a fizeram mudar seu pensamento sobre Leila. Não se cansava de ouvir Leila tocar o violino e a admirava a cada dia por sua desenvoltura na casa. Melissa sempre fora desorganizada com suas coisas, deixando roupas e sapatos espalhados pelo quarto, sala... no entanto, agora, temendo que Leila tropeçasse, tomava o cuidado de arrumar tudo. De manhã, esperava ansiosa a chegada dela. Ficava triste quando ela saía pra dar aula, mas voltava a se alegrar quando ouvia sua voz na sala. Às vezes, Melissa se cansava de ficar deitada e Leila a ajudava a ir pra sala, pro sofá. Melissa estava fraca, mas Leila a apoiava. Sentava no sofá e Melissa deitava a cabeça no seu colo. Leila afagava carinhosamente os cabelos de Melissa, seu rosto, suas mãos, braços.

No final da tarde, era hora do banho. Por causa da febre, Leila preparava a banheira com água morna. Ajudava Melissa a se levantar, tirar a roupa e entrar na água. O banho era rápido, mas tempo suficiente para Melissa sentir as mãos de Leila passearem pelo seu corpo agora nu. A contragosto, pois estava adorando, Melissa saía da banheira e deixava Leila enxugá-la bem devagar. Melissa olhava pra ela e pensava se Leila a estava seduzindo com aqueles toques suaves e macios. Mesmo que não estivesse, era delicioso e Melissa começava a sentir os efeitos na sua xaninha. Leila a levava de volta pra cama, a deitava de bruços, só de calcinha, e começava a fazer uma massagem em suas costas. Melissa fechava os olhos e ficava sentindo o toque dos dedinhos de Leila na sua pele, suas mãos nos seu corpo, massageando e seguindo a linha da coluna até embaixo, no começo da bunda. Leila parava e voltava pro pescoço. Melissa não queria que ela parasse. Essa massagem durava uns vinte minutos e, nesse tempo, Melissa sentia sua vagina umedecer.

À noite, Leila tocava o violino pra Melissa dormir. A garota não queria, mas o quarto a meia luz, o som maravilhoso e envolvente do instrumento e a sensação do quase gozo na massagem a deixavam bem molinho e ela dormir. Leila dava um beijo em sua bochecha e ia embora. Em camas separadas e distantes dois andares uma da outra, as duas moças sonhavam e gozavam em siriricas apaixonadas e silenciosas. Sim, estavam apaixonadas. Não era só tesão. A cada dia, Leila caprichava mais no almoço, nas carícias, na massagem. Queria tocar aquele corpo, queria senti-lo. Melissa queria ser tocada. A sedução não foi proposital, mas existia e ambas explodiam de excitação quando estavam juntas.

Quatro dias se passaram. Leila resolveu parar de ir à casa de Melissa. Não sabia mais quanto tempo poderia se segurar. Leila preparou o banho como sempre fazia, mas nesse dia, não entrou no banheiro com Melissa. Disse que ela já poderia ir sozinha. Melissa não gostou, mas aceitou. Tomou o banho, se enxugou e, antes de sair do banheiro, se perfumou e passou batom. Nesse momento, havia esquecido da cegueira de Leila. Não colocou a calcinha e voltou nua pro quarto. Leila estava sentada na cama e ela se aproximou. Leila sentiu o perfume e questionou:

- Você colocou perfume?

- Coloquei. Você gostou?

- É gostoso. E é bom porque mostra que você já está se sentindo melhor.

- Estou sim, Leila. E graças a você – abaixou-se e deu um beijo no rosto da garota. Leila estremeceu e sentiu também o batom.

- Você também colocou batom?

- Sim. Queria ficar bonita – Leila percebeu que precisava dizer algo ou as coisas sairiam do controle.

- Mel, preciso te falar uma coisa: você já está bem, então eu acho que você não precisa mais que eu venha.

- Não, Leila. Claro que preciso. Eu adoro ter você aqui, conversar com você, adoro teus carinhos. Ninguém nunca cuidou de mim como você. Como eu vou conseguir dormir sem teu violino? – Melissa sentou-se na cama ao lado de Leila e segurou suas mãos.

- Mel, não diz isso. Eu não posso mais ficar vindo. Entenda.

- Por que não?

- Por isso – e Leila segurou o rosto de Melissa com as mãos e beijou seus lábios. Sua boca era suave e doce. Sua língua entrava na boca de Melissa bem devagar e tocava a língua dela de maneira deliciosa. Melissa fechou os olhos e aceitou o beijo. Logo, as duas se beijavam com paixão. Leila deitou Melissa na cama e começou a acariciar seu corpo. Beijava sua boca e foi descendo pro pescoço. Alternava entre beijos, lambidas e mordidinhas. Melissa estremecia e gemia em seu ouvido. Leila seguia sua língua pra orelha de Melissa e sussurrou: “fecha os olhos e sente”. Melissa tentou abraçá-la, mas ela não deixou. Segurou suas mãos e as colocou em cima da cabeça. Voltou pro rosto e beijou os olhos de Melissa, um por um, depois a testa, a pontinha do nariz, o queixo e voltou pro pescoço. Lambia e se deliciava com o perfume.

Deitava entre as pernas de Melissa, Leila se movimentava devagar, roçando sua coxa na pélvis da moça. Suas mãos acariciavam os braços de Melissa e sua língua começou a descer. Primeiro pelos ombros, passando pela axila, na costela, na lateral do seio. Rodeou o seio e foi pro outro ombro. Fez o mesmo percurso, desta vez pela parte de baixo do outro peito. Melissa arfava de tesão e Leila dava beijinhos nos seios ao redor do mamilo, mas sem tocá-lo. Torturava Melissa que implorava para que ela mamasse. Leila não queria sons, apenas gemidos. Por isso, colocou um dedo na boca de Melissa que o chupou com tesão. Nesse momento, Leila abocanhou o mamilo e começou a sugar. Babava muito e chupava. Com a pontinha da língua, brincava com o mamilo já muito duro. Melissa mordia o dedo de Leila quando ela passou para o outro seio. Fez a mesma coisa, sugou, chupou, mordeu. Melissa enlouquecia.

A coxa de Leila estava ensopada do gozo de Melissa. Foi descendo pela barriguinha da amiga, sempre beijando, lambendo e mordendo de leve. Brincou com o umbigo, passou pela coxa e chegou na virilha. Aspirou aquele aroma delicioso e encostou a ponta da língua nos grandes lábios. Melissa estremeceu de prazer e Leila lambeu toda a extensão da xana até o clitóris. Deu uma mordidinha no grelo e enfiou um dedo. A xoxota de Melissa era muito quente e apertadinha. Estava deliciosamente melada. Leila começou a chupar todo o mel que saía lá de dentro e enfiava agora dois dedos. Grudou sua boca na buceta de Melissa e passou a chupar forte. Melissa gritava de prazer e pedia mais e mais. Se jogava na cama de um lado pro outro, corcoveava, parecia uma louca desvairada. Leila agarrava firme as coxas de Melissa e chupava. Finalmente, Melissa teve um orgasmo violento, dando um berro e caindo na cama quase desfalecida. Leila chupou mais um pouco e subiu no corpo dela, abraçando-a forte e beijando.

Melissa não tinha mais forças pra nada e naquela noite, dormiu nos braços de Leila. No dia seguinte, é outra história. Desculpem se ficou muito grande.

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Comentários

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o tesao de conto em!

olha os meus la amigo! valeu

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