Um Amor Invulgar V

Um conto erótico de Sonhador
Categoria: Homossexual
Contém 2728 palavras
Data: 06/03/2012 05:58:12
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Aqui Vai o Quinto capitulo do nosso romance. Espero que estejam a gostar.

Boa leitura.

CAPÍTULO V

Os dias foram passando e não havia meio de esquecer Stive. Passara um mês desde a última vez que o tinha visto. Embora estivesse a trabalhar muito para ocupar a cabeça e não pensar nele, todas as vezes que tocava o telefone ficava ansioso esperando que fosse ele.

A última vez que o tinha visto foi quando ele foi levar um último projecto que tinha ficado por terminar quando despediu-se. Nem sequer chegaram a conversar. Pois, quando se ia dirigir-se a ele este fugiu como se tivesse visto um fantasma. Ele estava mais magro. Parecia um pouco abatido como se tinha estado doente. Embora ele também não estivesse na melhor forma. Perdera peso e estava sempre de mau humor até no trabalho começou a tratar as pessoas com frieza e isto se fazia sentir, pois já algumas vezes Luck lhe tinha perguntado o que se passava. E que se continuasse a tratar as pessoas assim qualquer dia não teria empregados.

Stive estava a trabalhar num projecto novo para ver se distraía um pouco mais e esquecer de uma vez por todas a cara de Stuard que teimava em aparecer nos seus pensamentos. O seu riso continuava a ecoar no seu cérebro. O olhar que ele lhe lançou na última vez que o viu. Ele tinha sido um covarde e fugiu antes que ele pudesse falar com ele. Tinha sido melhor assim porque se tivesse falado com ele com certeza que não ia resistir e atirar-se-ia nos seus braços a frente de todo o mundo.

Ele optou por mudar de ramo e resolveu dar azo a sua imaginação como desenhista e estava a preparar um desfile de moda com roupas desenhadas por ele. Ainda não sabia se ia dar certo mas, contava com o apoio de uma grande amiga de sua mãe que quando viu os primeiros esboços aderiu ao projecto e lhe garantiu que ia ser um sucesso.

Neste momento estava a sair do estúdio que tinha comprado no início do mês onde ultimamente tinha passado a maior parte do seu tempo quando viu alguém conhecido mas já não sabia de onde. Pelos visto a pessoa também lhe tinha visto e dirigiu-se para ele.

- Olá, ainda lembras-te de mim? Sou o Adrien e nos encontramos uma vez na margem do lago! Tu disseste que ias lá para pensar, e pelos visto ultimamente não tens pensado muito visto que não te tenho visto por lá!

- Olá, Adrien tudo bem? Desculpa mas a tua cara não me era estranha só não me lembrava onde te conheci. Pois, tenho andado a trabalhar muito e por isso tenha a cabeça muito ocupada para pensar – disse rindo.

- É uma pena pois tenho voltado ali sempre que posso na esperança de voltar a ver-te por lá.

- E porque querias que eu voltasse ali?

- Eu tinha a esperança que desta vez aceitasses tomar qualquer coisa comigo.

- Hum, porque não?

- Pode ser hoje?

- Sim, pode ser agora, se não estas com pressa. Tenho o meu carro logo ali.

- Acabei de sair do trabalho, por isso estou sem pressa. Mas que coincidência encontrar-te por aqui. Eu trabalho aqui nesta rua, na Bristish Air.

- Bem é mesmo coincidência porque eu tenho um estúdio de design aqui nesta rua…onde tenho estado a trabalhar e por isso não tenho ido pensar a beira do lago – disse Stive com humor.

- O novo estúdio que abriu na rua detrás é teu? Ouvi dizer que o dono era um grande talento e que tem estado a trabalhar numa grande colecção para o Outono/Inverno.

- Se é um talento não sei. Mas que tenho trabalhado muito isso tenho. Mudei de ramo a um mês e meio e ainda não sei se vou conseguir o que eu quero.

- Se for verdade o que disse uma cliente nossa, tu vais conseguir e conquistar Londres e o seu mercado.

- Uma cliente vossa? Que eu saiba ainda não foi revelado nada a cerca disso.

- Desculpa era segredo?

- Não. Só não esperava que já se soubesse. Mas quem é esta vossa cliente? Talvez a conheço.

- É uma tal Marly Dunst…

- Ah! Conheço-a bem. Era a melhor amiga da minha mãe e na verdade tem estado ajudar-me. Ela é uma excelente pessoa.

- Ela fala de ti com muito carinho. Quando falou do projecto tinha um certo brilho nos olhos, aprecia uma mãe a falar de um filho.

- Fico muito contente por saber. Bem, vamos tomar algo ou não? – disse Stive.

- Desculpa… costumo falar muito. Claro, claro vamos. Conheço um bar excelente aqui perto.

Seguiram pela rua acima conversando alegremente. Chegaram a “Sun Bar” e entraram. Era realmente um sítio muito bonito e acolhedor. Sentaram numa mesa. E logo de seguida chegou o garçon que lhes ofereceu o catálogo dos pedidos sorrindo especialmente para Adrien e olhando com uma certa curiosidade para Stive. Depois de se ter afastado Stive diz Stive:

- É impressão minha ou ele olhou-te com um certo interesse?

- Achas? Eu sou cliente habitual aqui e não notei nada. Creio de interessou-se mais por ti. Da forma como te olhou…

- Não…Ady ele gostou de ti.

- Hum, Ady…gostei dessa abreviatura.

- Desculpa.

- Não precisas te desculpa. A sério eu gostei. A muito tempo que não me chamava assim.

- Olha, vem aí o teu admirador.

Não demorou muito e o garçon já estava a perguntá-los o que iam beber.

- Para começar, eu vou querer um safari – disse Adrien.

- E o senhor? – pergunta o garçon voltando-se para Stive.

Stive olha para o lado como se a procura de alguém e voltou-se para o garçon com algum humor e disse:

- Bem eu vou querer um martini, mas o senhor não sei.

Adrien riu e o garçon ficou um pouco encabulado com a resposta de Stive acabando por sorrir também e replicou:

- Faz parte do meu trabalho tratar bem as pessoas senão sou despedido, e eu não quero isso.

- Bem se fores despedido eu contrato-te – disse Stive com ousadia. O que surpreendeu Adrien que diz:

- Não podes fazer isso porque senão quando voltar aqui não tenho alguém como… - olhou para o seu crachá e acrescentou – Mike para me atender.

O garçon sorriu e disse:

- Se o salário foi melhor que o que eu ganho aqui e não ter que trabalhar durante a noite e ser assediado por bêbados e bêbadas aceito.

Ambos riram e o garçon foi buscar as bebidas.

- Tu o contratavas mesmo?

- Sim estou a precisar de um ajudante e ainda não tive tempo para o fazer. Eu sei que é desleal fazer isso mas, estava a meter conversa com ele para ter a certeza de uma coisa.

- Certeza de quê? Agora fiquei curioso!

- De que ele realmente estava interessado em ti. Não parou de olhar para ti nem uma vez desde que começou a falar connosco.

- Achas mesmo? Como já disse venho cá com alguma frequência e não notei isso.

- Talvez ainda não trabalhasse aqui.

- Pode ser. Mas eu não estou interessado nele.

- Desculpa se confundi…é que eu pensei que fosses…

- Gay? Queres tu dizer?

- S…sim…desculpa.

- Sou bissexual. Confesso que ele é muito bonito, mas não faz o meu tipo. Além disso trabalha num bar o que significa que trabalha a noite por isso não deve ter tempo para um possível namorado.

- Dá-se sempre um jeito.

- E tu?

- Eu, o quê?

- Namoras com alguém? És hétero?

- Bem na verdade, posso me considerar bi também. Sinto atracção por ambos os sexos, mas experiência só tive uma a bem pouco tempo e não sei se voltarei a gostar de alguém tão cedo.

- Experiência? Queres dizer com um homem? E nunca tiveste com mulheres?

- Sim, tive uma namorada mas não deu certo. Acho que foi só para disfarçar. Foi aos catorze anos.

- Mas e o que aconteceu com este homem para que não queiras nada com ninguém tão cedo?

- Bem, para começar ele é hétero e meu antigo patrão.

- O quê? Estás a brincar? Tiveste um caso com o teu patrão?

- Fala baixo. E não foi um caso. Tivemos apenas dois encontros e mais nada.

- Dois encontros? E vocês…?

- Sim, ele convidou-me para um jantar no qual íamos discutir um novo projecto e no fim do jantar acabou por me beijar.

- E tu o que fizeste?

- Desatei a correr e fugi. Fui-me embora. Fui apanhado de surpresa e nunca imaginai que um homem hétero pudesse interessar-se por mim e por isso fugi. Achei que ele estava a me pressionar para que eu aceitasse o novo emprego que me oferecia. Ele entretanto, teve que viajar neste fim-de-semana e acabou por ficar a semana toda. Quando regressou soube que eu me tinha despedido e foi me procurar e realmente tive a certeza que sentia algo por ele. Eu não queria deixá-lo entrar mas ele insistiu tanto que tive que o fazer.

- E aí aconteceu – disse Adrien ansioso.

- Sim, não sei como mas no momento em que ele se ia desculpar acabamos por nos beijar aconteceu ali mesmo na minha sala. Depois ele foi tomar banho e telefone dele tocou. Era a irmã dele e eu pensei que fosse a amante, por causa de uma mensagem que se seguiu, vi que uma relação com um homem hétero nunca ia dar certo.

- Porque não Stive? Talvez ele gostasse mesmo de ti. Senão não te procurava. Acho que foste precipitado.

- Não sei se aguentaria viver uma relação incerta sem saber qual seria o nosso futuro.

- Se não arriscas não vais saber.

- Não Ady. Eu não posso viver com a desconfiança de que amanhã posso acordar sozinho. Porque ele simplesmente se foi embora com uma mulher. Ele é um homem de negócios e precisa de uma mulher ao seu lado para o bem dos seus negócios e da sua imagem.

- Desculpa, mas não concordo contigo. Se ele gosta de ti é ele que deve decidir isso e não tu. E quantos homens de negócio não têm uma mulher ao seu lado só para fazer figura.

Stive ia responder quando chegou o garçon com as bebidas.

- Um safari para si. E um martini para o meu futuro patrão – disse ele a brincar.

- Obrigado, Mike aqui tens o meu cartão caso queiras mudar de ramo.

- Trabalha com moda? É o dono do novo estúdio que abriu na rua detrás?

- Sim sou. Passe por lá um dia desses para conversarmos, se estiveres interessado.

- Passo sim. Obrigado. Vão querer mais alguma coisa?

- Bem, está quase na hora do jantar…

- Nós servimos jantares também num salão ao lado se quiserem posso reservar-vos uma mesa.

- Por mim, tudo bem – disse Adrien.

- Ok, não tenho nenhum compromisso mesmo.

- Então vou fazer isso agora – disse Mike afastando-se.

- Onde íamos mesmo? – perguntou Stive.

- Eu acho que devias dar uma chance a ele.

- Não, ele teve um mês para me procurar e não o fez. Por isso acho que já me esqueceu.

- Pode ser que não. Afinal tu é que lhe pediste que se afastasse de ti. Talvez esteja a fazer a tua vontade esperando que caias em ti e vais a procura dele.

- Eu nunca faria isso. Por mais que me doa estar longe dele. Mas não vou procurá-lo.

- Estás a dizer que ainda gostas dele?

- Não sei, faz tempo que não o vejo.

- Se o visses agora o que farias?

- Não sei…se teria coragem de olhá-lo nos olhos nos olhos novamente.

- Porque não, se tu gostas dele, acho que devias dá-lo outra chance. E a ti também. Tu mereces ser feliz.

- Mas eu não posso viver com a incerteza de que ele pode vir a apaixonar-se por alguém e me deixar.

- Eu sei que não é fácil. Mas, tu só vais saber de lhe deres uma chance. Não olhes apenas para o lado dele, olha para o teu também. Quem é que te garante que não vais te apaixonar também por outra pessoa?

- Pois, mas eu não sei. Se calhar ele já deve ter encontrado alguém e me tenha esquecido.

- Achas? Ele é tão rápido a gostar e desgostar?

- Eu não sei, nem sequer tive a chance de conhecê-lo direito. Só sei aquilo que a comunicação social diz dele.

- Estás a ver. Isto é preconceito nem sequer lhe deste a oportunidade de se dar a conhecer como é na verdade.

- Além do mais ele pode estar magoado comigo e não queira saber de mim.

Enquanto aguardavam pela mesa continuaram a conversar tranquilamente sobre outros assuntos. Stive contou como tinha dado início ao novo projecto e qual seria alinha de estética que ia seguir. Adrien acabou por gostar muito das ideias e ofereceu-se para publicitar o evento na agência de viagens aproveitando este facto para promover o turismo a Londres.

Durante a conversa Stive pôde verificar que Mike não tirava os olhos de Ady e comentou:

- Mike interessou-se mesmo por ti! Ele não para de te olhar.

- Não exageres, ele está apenas a ser atencioso no seu trabalho – disse Mike com certo interesse embora não o demonstrasse.

- Não sei mas, não é o que parece. Em todo o caso devias convidá-lo para tomar alguma coisa depois do expediente.

- Achas mesmo que devo fazer isso? – Perguntou Ady com receio.

- Não acho, tenho a certeza. Só precisas de saber a que hora é que ele sai.

- Pois. E como é que vou saber. Eu não tenho coragem para perguntá-lo.

- Pergunto eu – prontificou Stive querendo ajudar o amigo.

- Não faças isso por favor.

- Já fiz – Stive fez sinal par que Mike se aproximasse. Este veio todo sorridente olhando fixamente para Ady que tentou sustentar o olhar, mas depois baixou a cabeça com vergonha.

- Desejam mais alguma coisa? – Perguntou Mike com interesse.

- Não… -começou por dizer Ady

- Sim, sim – disse Stive enfático que Mike ficou confuso. E voltou a perguntar.

- Vão querer alguma coisa ou não – disse ele com humor ao ver que Ady se tinha corado e parecia ter falta de ar.

- O Ady gostaria de te convidar para tomar algo depois do expediente, e não tinha coragem de to dizer. Pronto já disse.

- Sério? – Perguntou Mike interessado olhando para Ady que ficou ainda mais vermelho.

- Si…sim – conseguiu Ady dizer sem olhar para os olhos de Mike que estava todo feliz.

- Ok. Saio a meia-noite este bem para ti? Hoje é fim-de-semana mas, não faço noites.

- Ok - conseguiu dizer Ady.

Mike afastou contente para servir outra mesa, mas antes voltou-se para traz e piscou o olho a Stive que sorriu humorado.

- Tu me pagas – disse Ady para Stive que não parava de rir.

- Eu não te disse que ele estava interessado e em ti!?

- Mas, tu me fizeste parecer desesperado.

- Não, eu só dei um empurrãozinho para algo que estava tão óbvio.

Momentos depois Mike aproximou-se com uma garrafa de champanhe. Stive e Ady estranharam, pois não tinha pedido nada. Ambos pensaram que Mike quisesse celebrar o facto de Ady lhe ter convidado para sair. Porém, quando chegou na mesa disse:

- Aquele casal da mesa seis enviou-lhe este champanhe – disse Mike apontando na direcção da mesa.

Quando Stive de quem se tratava ficou desnorteado. Engasgou-se com a bebida que tinha sorvido e pareceu-lhe que o mundo tinha começado a girar a uma grande velocidade. Seu coração disparou e começou a respirar afogante. Pensou que tinha esquecido de Stuard mas, não. Teve a mesma sensação quando o tinha visto pela primeira vez, só que agora era diferente depois do que se passou entre eles.

Stuard olhou para ele e levantou o copo e a sua acompanhante fez a mesma coisa. Ady fez o mesmo e sorriu, mas notou que o homem da outra mesa fulminou-o com o olhar como se o estivesse a acusar de alguma coisa. Olhou para Stive e notou que este tinha mudado de cor. Passava-se qualquer coisa que ele não estava a aperceber.

- O que se passa contigo, Stive? De repente ficaste sem cor.

- É ele… É ele. Aí meu Deus o que é que eu faço? – Disse Stive aflito.

- Ele quem? - Perguntou Ady preocupado.

- O homem de quem te falei. – Conseguiu dizer.

- Meu Deus. Ele é mesmo lindo? – Disse Ady admirado.

- Ele está acompanhado! – Disse Stive com certo ciúme.

Stive Não esperava encontrar Stuard tão cedo e ainda por cima num sitio tão proximo do seu local de Trabalho. Ele estava acompanhado, que seria a aquela mulher?

Para saberes tens que continuar lendo...espera pelo proximo Capitulo.

obrigado pelos votos e comentarios amo vocês....

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive santos sousa a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Por acaso achei sua história.. Tenho por habito seguir alguns contos cujos altores me tornei fã. Sem sombra de dúvida agora tenho mais um autor para seguir .. Adoro a qualidade de uma boa bescrita. Saber fazer uso da palvra escrita pra mim é uma arte e vê-la bem utlizada por veias tão criativas é melhor ainda.Li todos os seu contos de única vez.

Todos sabem que este site é de contos eróticos mas como amante de uma boa leitura, ao navegar por aqui encontrei, como já disse, autores, assim com você que sabem fazer a união perfeita entre bom enredo, a sensualidade, e o erotismo sem a vulgaridade característica existente, na maioria das vezes. neste tipo de site.

Por tudo que já falei acho 10 pouco mas...não há nota maior.rsrsrss

LAMENTO QUE TEUS ESCRITOS NÃO ESTEJAM AINDA ENTRE OS MAIS LIDOS.

0 0
Foto de perfil genérica

So to acompanhando agora, mas nao consegui parar de ler, o conto ta d

0 0
Foto de perfil genérica

Realmente muito bom. Absolutamente perfeito! Continua logo *-*

0 0