MEMÓRIAS DE UMA MENINA MULHER - CAPÍTULO 8

Um conto erótico de Gisela
Categoria: Homossexual
Contém 885 palavras
Data: 30/03/2012 22:10:14

Boquiaberta, estava eu com tais palavras. Eu pensei que Paula, havia ouvido os "conselhos" de seus pais e sumido de vez. Havia até me arrependido de terminar com o Bruno - espera aí, eu iria voltar para um cara que me agrediu? Fiz a Shakira nesse momento né #lokalokaloka - mas não iria voltar para ele, apenas gostaria que acabasse de uma forma mais pacífica. Enquanto eu pensava essas babaquisses, a Paa me olhava intrigada.

PAULA: Hello! I'm here.

GISELA: Pelo amor de Deus, não fale em inglês, porque estou traumatizada já.

Paula riu sem graça, e novamente me interrogou.

PAULA: Tá tudo certo entre nós né?! Você me perdoou pelo que disse mais cedo? Pensou a respeito?

GISELA: Pensei. Não, não está tudo certo, está tudo ERRADO. Não tenh ...

PAULA: (interrompendo-me) O que está errado Gisela Fernandez? Nos amamos e isso é o que importa.

O que está errado Paula Nogueira Prado? Como você é falsa, dissimulada e hipócrita e as barbaridades que me disse? Odeio esse seu jeito de ofender as pessoas com palavras e depois fingir que nada aconteceu, se fazendo de santinha e inocente, vê se cresce garota, o castelo de fantasias que você vive não existe na vida real, sua idiota. Era isso que gostaria de dizer a ela naquele momento, mas não disse por medo de magoá-la. A Paula sempre foi 'vidrinho', chorosa e mimada. Procurei me centrar e encontrar as palavras certas para responder e disse.

GISELA: Tudo que me disse mais cedo ainda está bem vivo dentro do peito, não devo lhe desculpar, pois eram verdades. Você tem um sonho que deve ser realizado e eu um propósito que deve ser seguido.

PAULA: Qual propósito Nega?

GISELA: O propósito de não me deixar levar pelas pessoas, chega estou cansada de abrir mão de minhas opiniões e pontos de vista por conta de argumento futil dos outros, só para evitar uma discussão. Eu não devo agradar a todos, eu sou humana, e mesmo assim cobram a perfeição de mim, sou proibida de errar, mas posso sofrer e chorar pelos erros dos outros. Eu não te quero aqui. Vai embora, atrás dos seus pais, são eles que te darão um futuro de verdade, eu não tenho nada para lhe oferecer, vai atrás do seu pai, aquele que te compra o mundo se você quiser - pausa para respirar, mas logo volto com a corda toda - eu sou só uma garota negra, pobre e sem herança nenhuma para receber, sou eu quem sustento meus pais porque eles já não tem mais condições para isso, eles etudaram apenas até o primário e nem uma aposentadoria digna eles conseguiram.

A Paula ficou chocada e eu também, não me reconheci, aquela garotinha conformada que nunca reclamava da vida virou gente e teve voz ativa, pelo menos uma vez na vida. Com os olhos baixos ela se levantou da minha cama e começou a juntar as coisas dela, eu senti um aperto no peito, mas não podia voltar a trás pois estaria sendo incoerente, deixei ela ir embora, movi apenas um passo para liberar passagem para ela ir de vez.

Me senti um lixo, um nada, senti falta da minha mãe, da Paula e de qualquer pessoa que pudesse me apoiar naquele momento. Completamente sozinha e meio desnorteada, larguei aquela bandeja que incrivelmente ainda segurava intacta em minhas mãos, em cima da poltrona e me joguei na cama. No meio do lençol embolado havia uma area umida, que certamente era das lágrimas de Paula, grudei o lençol e ali mesmo chorei, misturando minhas lágrimas com as dela. O cheiro de Kriska - perfume - no lençol era maravilhoso, tão embriagante que dormi pensando nela.

Dormi chorando, e nem preciso dizer como acordei né, com os olhos do tamanho do mundo, doloridos e vermelhos. Com preguiça exalando, me levantei toda torta. Me direcionei até o banheiro, tomei um banho demorado, depois fiquei tentando entender a burrada que tinha feito na noite anterior, em frente ao espelho.

Desci até a sala de estar para buscar minha bolsa, abri as cortinas e pela janela de vidro vi um vulto na calçada. Abri a janela assustada e vi o Bruno sentado na calçada, acho que ele esperava que saisse para a faculdade para me abordar e conversarmos. Bem já estava na hora né, então eu o abordei.

Ainda pela janela - GISELA: Hey, entra.

Bruno meio confuso e desnorteado abriu o portão com sua chave e quando me dei conta ele estava sentado em meu sofá, com inumeras perguntas direcionadas a mim.

BRUNO: Porque você fez isso comigo?

Caraca o que responder agora? Não posso dizer a ele que foi algo que nasceu inocentemente, ele não acreditaria. Afinal de contas eu o deixei sozinho na minha cama depois de um sexo maravilhoso, para dormir na casa da Paula, mas naquele dia não rolou nada. Mas eu não poderia perder a chance de explicar a ele os acontecimentos recentes, mas tinha que encontrar as palavras certas para que ele não me entendesse mal.

Pensei tudo isso em segundos e comecei a me explicar, sentei ao lado de Bruno, bem próxima, olhando em seus olhos.

GISELA: Bruno tente entender, eu e a ... Paula?

Paula entrou em minha casa com cara de que não tinha dormido nada, olhou para o Bruno que subitamente se levantou.

CONTINUA!

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Comentários

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Alexia Mir, estou super feliz que esteja gostando. Busco sempre me expressar sinceramente sigo o mais próximo possivel do que aconteceu, embora a minha memória seja fraquinha. Aguente firme pois ainda tem muitas coisas. Obrigada.

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Haley Quin, meu companheiro de sempre. Por Favor não pare de comentar, pois eu também pararei de escrever. Fico muito ansiosa para saber o que achou. Muito Obrigada Amigo !

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Assim o meu peito rebenta... não sei se iria gostar do regresso da Gisela e do Bruno mas a história é sua e a cada conto melhor. Que tal publicar o próximo já amanha. :P Adorei, estou adorando e por isso lhe peço um extra. lol Beijo da Aléxia.

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