VICIOS

Um conto erótico de DIRETOR
Categoria: Homossexual
Contém 1235 palavras
Data: 29/02/2012 10:00:39

Me chamo Nathalia B.M., tenho 21 anos e esta história aconteceu comigo no início do ano passado.

Há 2 anos estava em outra cidade, morando sozinha e cursando direito noturno em uma faculdade federal. Durante a tarde, dava aulas de inglês em um renomado curso da cidade. O que me possibilitou conhecer muitas pessoas, e também, bares da cidade.

Fiz város amigos gays (como eu) e através deles, passei a ser presença pontual em vários bares GLS pelo menos uma vez por semana.Sou muito feminia, apesar de meu cabelo "repicado e bagunçado" que como dizem os meus amigos: "significa" (fans da @fadacaminhão).Era sexta-feira, que marcava o fim de uma semana de provas e estressantes trabalhos em grupo. Eu precisava sair. Então, depois de recusar vários convites anteriores para sair, (devido a provas e suas consequências) um grupo de amigas me intimou a ir em uma festa que estava sendo divulgada há semanas. É claro que fui.

Mulheres nunca foram um problema para mim, não mesmo.Deve ser consequência de meu estilo "cara-de-pau" e brincalhão. (Só assim mesmo pra ter "pau" nessa história). Nossas relaçoes sempre eram muito intensas, mas não sérias. Sempre fui muito clara:"- não estou disposta a namorar". Algumas não conseguiam lidar com isso, o que não é nada de errado, mas acabávamos nos afastando.

Enfim, eu iria sair com D, P, A, M, e Gábi, eramos todas boas amigas. Mas o engraçado é que mantiamos a naturalidade, indiferentes ao fato de eu ter "ficado" com todas, exceto Gábi, pois ela nunca me pareceu interessada.

Logo que cheguei, encontrei C, uma garota com quem fiquei por um tempo. Ela é linda, muito interessante e feminina, que sabe exatamente o que fazer para ficarmos outras vezes.

- Sabia que você viria.- Disse C.

- É, esse lugar está reamlente lotado. Eu é que não sabia que tanta gente viria. - Brinquei.

Ela estava sozinha e acabou nos acompanhando ao bar. Papo vai, papo vem. Bebida entra, xixi sai. Estávamos juntas outra vez. C e eu pensamos de maneiras muito parecidas quando o assunto é relacionamento. Buscamos outras "companhias" mas ao final da noite nos reencontramos e combinamos de passar a noite em meu apartamento.Restava apenas um problema: ela havia perdido um familiar bem proximo, recentemente, vítima de câncer de pulmão e passou a detestar o meu hábito de fumar, que antes só a incomodava um pouco pelo cheiro/gosto. Eu estava há uma hora com ela e precisava fumar sem que ela visse. Arquitetei um plano.

- C, vou ao banheiro.

- Você volta mesmo ou melhor eu passar a noite em outro lugar? - Perguntou ela, irônica.

- Volto, sim e já estamos indo. Tudo bem? Fica com a minha bolsa.

- Tá - Disse ela rindo da "garantia" de volta que eu havia deixado.

"Perfeito, ela não viu a carteira de cigarros no meu bolço de trás, vou fumar sem culpa alguma." - Pensei.

Mas, quando abro a carteira, estava vazia. Lembrei, então, que tinha dado meu último cigarro para uma loirinha maravilhosa que havia conhecido.

"Por essa eu não esperava"- lamentei.

Encontro um conhecido, ele puxa papo como fazem em todo final de noite.

"Achei o meu cigarro" - pensei.

Não prestei muita atenção no que ele dizia. Então perguntei:

- Por acaso, você tem um cigarro?

- Claro, aproveita porque com a lei anti-fumo não vai ter área para fumantes com essa vista para o palco.

- Sério?

"Injusto"

Entro no banheiro, perdida em meus pensamentos e divagações. Mal prestei atenção nas pessoas que ali estavam, só pude ver uma placa de "Não fume" e alguma explicação colada abaixo que mencionava um exaustor. Eu já estava com o cigarro aceso, era conhecida no lugar, esse era meu último cigarro.

"Foda-se"- pensei.

- Ei, mocinha, não pode fumar aqui, não. - Disse Gábi. Com tom de deboche, pegando meu cigarro e levando à sua boca.

- Sinto muito, terei que detê-la devido ao flagrante. - Sussurrou em meu ouvido uma voz conhecida.

Era L, lembrando-me das tantas outras outras coisas que ela já avia sussurrado: suplícios, gemidos, tantas vontades. Ela, sem dúvidas, era a pessoa que mais me enlouquecia na cama. Nossa sintonia era perfeita. Boas lembranças vieram a minha mente.

- Vem - Disse Gábi, pegando em meus pulsos simulando algemas.

- Para, tenho aqui o meu pedido de habeas corpus, você nem vai ler minha petição? - Brinquei, fingi entregar uma folha.

- Não será necessário, petição negada.

Gábi estava me olhando como nunca havia feito antes. Notei o quanto era sedutora e deixei que seguisse a brincadeira.

- Leve, carcereira - disse Gábi para L.

Estavam com um sorriso na cara. Riam. Pareciam ser grandes amigas, cúmplices até. Eu estava curiosa para saber até onde iria tanta "atitude". L prendeu meus pulsos e assim andamos então, eu na frente com os punhos para trás como se estivesse realmente detida e L em minhas costas como se estivesse me vigiando. Chegamos ao banheiro especial, para caderantes. Ela abriu a porta e me empurrou para dentro. L nunca tinha sido tão decidida. Rapidamente, me agarrou como se todo esse tempo que ficamos afastadas só tivesse alimentado o grande desejo que sentiámos. Nos beijavamos muito, mas notei nela uma preocupação em me dominar, controlar meus movimentos. Conseguir vence-la, me aproveitar livremente daquele corpo que eu conhecia tão bem.

- Precisamos de ajuda aqui - Disse L - Reincidente. Mau comportamento. Preciso de reforço - Repitiu.

E destrancou a fechadura.

"Ela só pode estar bebada" - pensei - "Com quem está falando?"

Então, Gábi abre a porta. Entra, e L volta a se posicionar as minhas costas segurando meus pulsos.

- Terei que intervir, detenta.- Disse Gábi.

Eu estava entendendo o joguinho delas. Quando ela me beijou, eu estava um pouco surpresa, mas muito excitada. Meus pulsos continuavam presos, isso me incomodaria se L não estivesse, com a outra mão, livrando meus cabelos e beijando meu pescoço. Essa postura mais submissa era novidade para mim, mas havia outra novidade também: eu estava adorando.

Quando elas perceberam que eu iria "cooperar" e me deixar levar pela brincadeira, elas me deram mais liberdade. Nosso tesão nos fez experimentar várias posições. E apenas uma coisa me incomodava: o que nos restava de roupas.

- Nathalia? Você está ai?

Algo mais me encomodou de repente. Permaneci imóvel.

- Acho que nem sua bolsa serviu como garantia. - Era C, cansada de esperar. E então saiu.

"Que que eu faço?" - Questionei-me por um segundo. Minha "cara-de-pau" foi colocada em teste.

- Acho que você tem que ir - Disse Gábi, interrompendo meus pensamentos.

- Uma pena - Completou L.

- Preciso pegar minha bolsa.. que tal uma prisão domiciliar? - Brinquei. Achei que essa elas não iriam topar, mas fiz o desafio.

Elas se entreolharam, riram discretamente.

- Nos vemos lá fora.

Eu havia conseguido, só faltava achar minha bolsa com C. E me desculpar.

- Ah, ai está você - C estava impaciente.

- Desculpe, acho que bebi mais do que devia - Menti.

- Você passou mal?

- É - eu estava sem jeito de ser tão descarada - preciso encontrar Gábi ela disse que dirigiria na volta para casa.

- Eu posso dirigir - disse C

- Você também está bebada. E Gábi não pode beber por causa dos remédios - Menti outra vez - É mais prudente que ela dirija.

Ela sorriu, me beijou e devolveu a maldita bolsa.

- Até mais, então.

- Até - respondi.

Paguei a comanda. Sai. E lá estavam elas como o combinado. Que mais me esperava nesse fim de noite?

(Através das iniciais protegi os verdadeiros nomes das pessoas envolvidas pois trata-se de um relato real)

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