AMOR SOUBE ESPERAR

Um conto erótico de DIRETOR
Categoria: Homossexual
Contém 1562 palavras
Data: 29/02/2012 09:55:22

A Nanda foi estudar na minha escola. Desde o primeiro dia eu sabia que ela seria alguém muito especial para mim e me sentei ao seu lado. Logo ficamos amigas. Ela era muito tímida e eu nem tanto. A Nanda era linda, tinha um rosto rosado, uns olhos castanhos, um cabelo louro e um sorriso lindo. Me chamo Yanna, tenho o cabelo castanho, liso, olhos verdes, sou branca e tenho 1,62 m. Nanda era um pouco gordinha e às vezes ficava um pouco grilada com isso, mas eu a achava linda e falava isso com ela. Nossa amizade ficava mais intensa a cada dia e só andávamos juntas.

No segundo grau a mesma coisa. Fizemos os três anos juntas. Ela nunca arrumava namorado nem falava em garotos, e curiosamente nem eu. No último ano criamos uma mania: saíamos da escola e íamos para uma praça conversar. Sentávamos em um banco de madeira, lado a lado, mas depois a Nanda sempre deitava entre minhas pernas e eu ficava afagando seu cabelo e sempre ela segurava minhas mãos entre as dela e o tempo passava assim. Nunca maldamos nada, nunca aconteceu nada além disso. Só sei que era muito bom passar o meu tempo ao lado da Nanda e sentir o cheiro dela.

Quando acabou o segundo grau minha amizade com a Nanda continuou e nos víamos sempre, com menos intensidade, mas nos víamos. Até que com passar do tempo eu me distanciei dela, pois meu pai alugou para mim um apartamento próximo a minha faculdade. De certa forma eu preferi assim porque eu, no fundo sabia do meu sentimento pela Nanda e do dela por mim. Mas eu não queria admitir. Sentia vergonha do meu sentimento; eu não admitia pra mim a possibilidade de ser lésbica e ter qualquer relacionamento amoroso com a Nanda. Deixei de vê-la de propósito, até que um dia (já estava no fim da faculdade) ela apareceu em meu apartamento; meu pai lhe deu o endereço. Ela estava irada com o meu sumiço e brigamos feio; feio mesmo. Eu chorei muito, até que em certo momento nos abraçamos e nos beijamos. Nossa, foi um beijo longo, gostoso e acabamos fazendo amor. Foi lindo, mas eu estava tão confusa...Acabei, na manhã seguinte pedindo a ela que não voltasse mais. Eu fui cruel com ela, e disse que estava com nojo do que tínhamos feito. Eu arrasei com a pessoa que eu mais amava no mundo e a Nanda foi embora.

Uns cinco meses depois eu soube que ela tinha ido para os Estados Unidos, participar de um programa de intercâmbio, pois ela sempre estudou idiomas. Fiquei péssima. Enfim, depois que me formei comecei a trabalhar lecionando Geografia por um ano e pouco, mas corri atrás e arrumei uma bolsa para fazer um mestrado em São Paulo. Fui, é claro; uma oportunidade dessas não se perde de jeito nenhum. Lá em São Paulo, depois de um tempo me envolvi com um cara, carioca, por sinal, mas depois de um ano e meio vi que não dava certo, e eu não conseguia tirar a Nanda da minha cabeça. Então comecei a aceitar o que eu realmente era e sou e também o que sentia pela Nanda. Só o que eu tinha dela era uma foto nossa na minha carteira. Eu passei a olhar para aquela foto todos os dias e depois, todas as horas. Eu queria a Nanda de volta, mas como? Ela devia estar com ódio mortal de mim, pensei. E se estivesse seria muito justo. Eu a humilhei demais.

Eu já não conseguia me relacionar com mais ninguém, desde que me separei do meu ex-namorado. Fiquei deprimida e só conseguia mesmo estudar para acabar com o mestrado. Acabei depois de quase de três anos e me arranquei de volta para o Rio. Não tive coragem para procurar a Nanda, embora eu morasse não muito longe dela. Eu passava sempre perto de sua casa, mas não a via. Tive medo de que ela estivesse namorando alguém, fosse homem ou mulher, ou mesmo que tivesse casado ou estivesse num relacionamento sério e comprometido com alguém. Então eu vi sua avó certa tarde, quando estava indo trabalhar na faculdade. A avó dela, que me conhecia desde pequena ficou feliz em me ver e disse que a Nanda estava trabalhando como coordenadora em um curso de idiomas e dava aulas em outros dois. Ela me disse que a Nanda às vezes falava em mim. Fiquei muito feliz e perguntei com jeitinho se ela tinha se casado e a avó disse que não e que nem sabia se ela tinha namorado. Fiquei radiante. Pensei que poderia ter ainda uma chance de ter minha amada para mim. Agora eu já sabia com certeza que amava a Nanda e não tinha mais medo de encarar a realidade de ser lésbica.

Como os pais da Nanda foram separados, ela ficava durante a semana toda na casa do pai, em Vargem Grande e vinha para a casa da avó nos finais de semana (sua mãe tinha morrido há dois anos, foi o que a avó me disse). Aquela era uma quinta-feira. Sábado eu finalmente veria o amor da minha vida. Passei a sexta-feira toda ansiosa, nem comi quase nada, pensando só na Nanda, pois já tinham se passado mais de cinco anos desde que nos separamos. Nem dormi direito de sexta para sábado. Sabia que ela chegava cansada já no final da tarde. Fui fazer plantão na calçada de sua casa desde as quatro e meia da tarde. Passou um bom tempo quando um carro parou bem ao meu lado; eu nem dei bola, pois a lembrança que tinha de Nanda era de uma mocinha estudante um pouco cheinha ainda, embora menos gordinha do que na época da adolescência. Saiu do carro uma mulher alta (ela sempre foi mais alta que eu), um corpo com curvas, vestindo um vestido bonito, com umas flores discretas. Ela me olhou e ficou parada me olhando por um tempo longo. Pensei: ela vai me dar um tapa na cara agora, mas isso não aconteceu. Nanda veio pra perto de mim, sim, mas pra me dar aquele abraço gostoso. Ah, que bom. Era mais que um sonho, nós ali nos abraçando, sem palavras, um tempão, só nos abraçando. Depois fui eu quem lhe deu um beijo, ali mesmo na rua. Nem quis saber da vizinhança nem nada. Dei um beijo na Nanda. Ela me chamou pra entrar quando já estávamos sem fôlego. Fomos para o quarto dela, daí choramos pra caramba. Ficamos um tempão conversando e chorando. Contamos muito do que tinha acontecido no tempo em que ficamos longe uma da outra. Nanda ainda era tímida e não se envolveu sério com ninguém. Eu contei tudo para ela também. Por fim já era tarde. Ela pediu para eu dormir lá. Era tudo o que eu mais queria, a minha amada ali em minha frente, me chamando para dormir com ela. Detalhe: a Nanda continuava com o mesmo sorriso de sempre, o mesmo rosto rosado e as mãos macias. Eu não aguentei, pulei da cama e fiquei de joelhos e pedi perdão para ela pelo que eu fiz, por ter dito que tinha ficado com nojo do que tínhamos feito, mas ela falou que entendia, que realmente ficou com muita raiva de mim por um tempo, mas que pôde entender. Ela segurou o meu queixo e disse: eu te amo. Eu fiquei louca de desejo, ali mesmo. Estava praticamente entre as pernas da Nanda e sentia o seu cheiro mais do que gostoso. Fui levantando seu vestido e fui tirando sua roupa. Caramba, de novo eu sentia aquele corpo macio. Fui beijando todas as suas partes e sentindo seu gosto bom. Nisso ela foi tirando a minha roupa e eu passei a chupá-la, a sugar-lhe o seu mel gostoso. Fiquei fazendo isso, ainda que sem tanta experiência assim, pois Nanda tinha sido minha única mulher. Aí percebi que ela iria gozar quando puxou meu cabelo e apertou minha cabeça contra si. Ela gozou muito. Eu gozei só de sentir que ela gozou. Eu estava muito, muito molhada. Daí foi melhor do que jamais imaginei. Nanda se refez e falou que agora ela me daria prazer. Ela me abraçou, me beijou por todo o corpo e me chupou de uma forma que eu mais achava que iria desmaiar. Só de pensar nisso já fico louquíssima de desejo. Gozamos demais naquela noite. Nossa, ficamos a noite toda fazendo amor e depois ficamos conversando e nos acariciando.

Bom, nem preciso dizer que estamos juntas, já tem dois anos e seis meses. Depois daquela noite resolvemos ir morar juntas, num cantinho só nosso. Todas as manhãs acordamos abraçadinhas. Isso me faz muito feliz e ela diz que é a mulher mais feliz do mundo ao meu lado. Sei que isso é verdade, pois agora mesmo revisando nossa história ela está aqui ao meu lado, me beijando, acariciando o meu cabelo e tal. Valeu a pena esperar, embora eu pense que perdi muito tempo longe dela. Mas aí ela está me dizendo: coloca aí que assim foi mais gostoso porque fortaleceu nosso sentimento e que você me ama. Tá bom, meu amor, eu te amo muitooo e você é tudo pra mim. Faço tudo o que ela manda. Sou escrava dela. Essa loura tímida não é fácil não!

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Comentários

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Maravilhosa história de amor... só mostra como não devemos virar costas aos sentimentos. :) Nota 10

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