A história de nós três - Parte 18

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 2150 palavras
Data: 23/01/2012 01:45:23

Voltamos para mais um capítulo de A História de Nós Três. Agradeço a todos os amigos que mandam emails ou que eu teclo no msn. Eu realmente gosto muito de estar compartilhando momentos meus com vocês.

- Boa tarde, sou a assistente social... me chamo Larissa Barbosa.

- Olá. – Eu e o Mauricio falamos juntos.

Eu fiquei muito nervoso. Ela olhava para a nossa casa e anotava algumas coisas em sua caderneta. Ofereci suco e ela prontamente aceitou. Conversamos um pouco e ela nos tranquilizou. Disse que tudo correria bem já que nós éramos casados no civil e tínhamos uma vida estável. Ela contou que também foi adotada e que agradece aos pais até hoje em dia. Já que eles deram a ela uma boa educação nos melhores colégios da cidade.

- Pera aí... estou reconhecendo você... – falei.

- Mesmo?! – ela disse meio sem jeito.

- Você é a Larissa.... você estudou com a minha irmã... a Priscila você lembra?! Você sempre ia lá em casa?

- Pedro... Pedro Soares?! – ela perguntou assustada.

- Sim... nossa quanto tempo. – eu disse.

- Puxa se eu soubesse antes... olha Pedro.. Mauricio... vou confessar para vocês, a adoção para casais gays não é fácil. Mas eu prometo fazer o possível e o impossível para conseguir essa adoção. – ela disse se levantando.

- Obrigado... – falei abraçando ela.

- Não se preocupe... vocês já passaram na entrevista. Agora eu preciso que um de vocês vá no escritório do juizado da infância. – ela disse me entregando um cartão.

- Claro. – disse o Mauricio recebendo o cartão.

- Larissa, mais uma vez obrigado por tudo... não sabe como essa adoção é importante para nós. – eu disse a beijando na face.

- Eu já disse.. te ajudarei velho amigo. – ela disse se despedindo.

Sentamos no sofá e ficamos estáticos por alguns minutos. Eu levantei em silêncio e fui para cozinha. Comecei a lavar os pratos e alguns copos sujos. O Mauricio chegou por trás e me beijou a nuca. Fechei os olhos e dei um sorriso meio de lado. Eu virei e fiquei olhando aqueles olhos castanhos lindos. Ficamos nos olhando em silêncio e eu sorri. Eu não precisava de mais nada para me sentir seguro, sentir o corpo dele perto, me dava paz e tranquilidade. Nós nos falávamos apenas com o olhar. “Vai dar certo”.

Na empresa do meu pai as coisas aconteciam sem muitos problemas, eu participava de muitas reuniões e no final da tarde tinha que reportar para a Luciana. Sempre saiamos após o expediente e naquela noite haveria uma festa dos médicos no hospital onde o Mauricio trabalhava. Eu a convidei já que só teria gente que eu não conhecia e a minha irmã também não poderia ir pois estaria presa no hospital no plantão dela.

Chegamos cedo na festa haviam poucos convidados, era uma conversa chata. Percebi que o Mauricio era muito solicitado nas conversas, fiquei muito orgulhoso dele. Um homem de cabelos grisalhos nos chamou para a mesa dele. Nos parabenizou e pediu para eu cuidar bem do Mauricio, eu ri e falei que sempre cuido dele. Descobri depois que ele era o diretor do hospital, ainda bem que não cometi gafe.

Mauricio nos apresentou um amigo dele, lembrei dele do dia da recepção do nosso casamento. Ele era um homem bonito, negro e muito comunicativo. Fui ao banheiro e quando voltei ele estava conversando com a Luciana. Pedi disfarçadamente ao Mauricio para vir ao meu encontro.

- O que foi amor? Algum problema? – ele perguntou.

- Não, na verdade é uma solução. – eu disse apontando para a Luciana. – Eles não formam um casal lindo?

- Pedro... ai... ai... ai... o que essa tua mente está planejando? – ele perguntou segurando a minha mão.

- Nada... Vamos sentar no bar...

Virei e um homem esbarrou em mim e a bebida dele caiu no chão.

- Veado de merda!! Viu o que você fez?! – ele gritou chamando toda a atenção do salão para ele.

- Senhor... me desculpe. – falei segurando firme a mão do Mauricio que queria partir para cima do homem.

- Agora eu vi... esses veados querem dominar o mundo... isso é uma doença... – ele saiu falando.

- Não Mauricio... não arruma confusão... somos superiores.

- Mas esse filho...

- Mauricio... no dia em que dissemos sim sabíamos que enfrentaríamos esse tipo de situação... vamos ter que dar a cara a tapa daqui para frente. E isso não é medo... é bom senso.- falei arrumando o paletó dele.

- Meu Deus... – disse a Luciana vindo em nossa direção. – Que homem estupido. Você está bem?!

- Sim estamos. Estamos sim... amor vamos embora?! – perguntei.

- Nossa Mauricio cena lastimável. – disse o Carlos que estava acompanhando a Luciana.

- Sempre acontece, se não fosse o Paulo eu quebraria a cara dela para você arrumar depois. – ele disse rindo.

- Não se preocupa eu vi o Dr. Orlando conversar com ele. Espero que seja justa causa. – disse Carlos.

- Pedro, Mauricio... ainda é cedo... vamos sair para dançar?! – perguntou a Luciana.

- É amor... vamos. – falei fazendo beicinho. Sei que ele nunca resiste.

Fomos para uma boate considerada mista. Frequentam tanto hetero quando homo. O clima estava legal apesar do ocorrido a horas atrás. Dançamos muito é legal poder sair para um lugar onde você não vai ser julgado. Abraçava e beijava o meu esposo sem problema algum. A Luciana também estava ganhando a noite com o Dr. Carlos. Ela merecia depois de tudo o que passou.

No outro dia a ressaca. Acordei com dor de cabeça e havia um bilhete do Mauricio na mesa da cozinha.

“Amor... desculpa por ontem. Eu vou direto conversar com o Dr. Orlando para pedir uma posição. E não esquece de ir ao

Juizado de Crianças hoje a tarde para a visita com a Larissa. Te amo muito.”

Me arrumei é fui direto para o prédio do juizado, na recepção me direcionaram para a sala da Larissa. Percebi que ela era muito respeitada apesar de jovem. Entrei e ela estava vendo algumas fotos.

- Bons tempos né Pedro?! – ela disse enquanto me mostrava as fotos da nossa adolescência.

- Verdade. – falei me sentando.

- Eu lembro muito bem disso, vocês eram meus melhores amigos. – ela disse saudosista.

- Bons tempos mesmo. Nossa Larissa, você é tão jovem... e já é tipo chefe. – falei cruzando as pernas.

- Sim, quando estava na faculdade passe num concurso público. Então fui crescendo e passando de setor em setor, agora estou comandando alguns casos. – ela disse rindo.

- Que legal. Fico feliz.

- Você sabe de uma coisa? – ela disse ficando vermelha. – Eu sempre... gostei de você.

- Eu sei... a Priscila me contou. – falei rindo.

- Essa Pri... desculpe... é que eu te achava uma gracinha e..

- E hoje eu sou casado com um homem. – falei rindo.

- É basicamente isso. Meu Deus que vergonha. – ela disse.

- Não precisa ter. É natural eu gostei de várias pessoas sem contar. Acho que todos tem amor platônico. – falei.

- É mais eu acho que todos os meus amores foram platônicos. Eu pensei que com a minha realização profissional as coisas seguiriam o rumo certo sabe?!

- Hum rum... mas você é jovem, bonita..

- Bonita?! Obrigada por ser gentil, mas eu sou gordinha e ninguém olha para mim.

- Também não á assim. Você pode se cuidar, olha todos os dias antes do trabalho eu corro 4 km e faço musculação na academia. Eu sei que é um sacrifício, mas no fim das contas compensa. Vamos fazer comigo? Vou ser o teu personal.

- Vou pensar... mas vamos voltar ao teu caso? Eu conversei com o Juiz e dei boas referencias a você e ao Mauricio...ele apenas ficou preocupado pelo fato da criança poder ter alguns problemas enquanto estiver se desenvolvendo. Mas eu comentei que podemos levar ele ao psicólogo para conversar... eu espero que você esteja entendendo? Essa criança merece bons pais e se for preciso fazer isso, vamos fazer. Prometo acompanhar o caso de vocês pessoalmente.

- Eu sabia que ia ser difícil, mas eu amo tanto esse menino. – Falei mostrando as fotos. – Ele é perfeito, e eu sinto que ele precisa de mim.

- Calma, até segunda-feira eu tenho uma resposta para te dar. Preciso apenas que você assine alguns papéis.

Passamos alguns minutos conversando sobre o processo de adoção, ela realmente estava disposta a nos ajudar. Ela disse que poucos casais homossexuais estavam na fila de adoção, alguns usavam a barriga de aluguel, pois, assim teriam filhos biológicos. Fiquei meio com o pé para trás quando ela falou das opções, não queria outra criança, eu queria o Paulo.

- Bem Pedro, acho que é isso. Segunda-feira eu te ligo. – ela disse se levantando e me abraçando.

- Claro. Mais uma vez obrigado. – falei saindo da sala.

- Pedro... obrigado a você. E a resposta é sim. Vamos começar na terça-feira. Pode ser?!

- Claro. Estarei te esperando minha amiga, independente do resultado.

Cheguei em casa e comecei a organização. Havia ainda muita coisa a ser feita. Comecei a colocar os quadros e porta retratos pela casa. Acho que eu havia comprado uns 30. Queria a casa bem retratada (risos) assim que eu falava para o Mauricio. Naquela tarde também resolvi cozinhar, preparei frango, arroz com brócolis e purê de batata. Obrigado Ana Maria Braga.

O Mauricio chegou em casa quando a noite estava caindo, ele tomou banho e desceu.

- Puxa janta caseira... tua mãe veio aqui denovo?! – ele perguntou com a toalha no pescoço e sentando a mesa.

- Não. Eu que fiz. – falei servindo o prato dele.

- Ahhh... hum...vamos pedir pizza?! – ele perguntou.

- Acho melhor.. falei rindo.

Confesso que não sou nenhum mestre cuca, mas iria me matricular numa aula a noite. O final de semana parecia não acabar, eu estava ansioso e não conseguia dormir. Minha mãe resolveu marcar um almoço no domingo para reunir família e amigos. Sempre é bom juntar a turma. Minha mãe falou que o Phelip havia ficado com meu antigo quarto. Subi para dar uma olhada e meio irmão ficou meio sem graça.

- Desculpa.... mexi em algumas coisas. – ele disse tirando algumas roupas da cama.

- Tudo bem, ele é seu agora. Você já olhou o closet principal?! – perguntei.

- Não.. – disse ele se aproximando do closet.

“Passei os melhores momentos da minha vida nesse quarto. Boa sorte. Pedro Soares”

Rimos juntos e eu joguei um pouco de game com ele, afinal sempre é bom relembrar. Ele me deu uma surra no futebol, corrida e na luta. Quando sai do quarto resolvi entrar no quarto do Paulo. E comecei a olhar o guarda roupa e as gavetas. Achei várias fitas. E resolvi levar para casa, pedi a máquina de editar de um amigo meu para ver as fitas mini DV. Eu não tinha mais a câmera e não tinha como eu olhar. Esperei o Mauricio ir para o plantão e liguei a máquina no meu computador.

“Oi... sou Paulo Soares... tenho 25 anos e vou fazer agora um vlog, não sei como fazer isso direito, mas meus amigos todos fazem e eu resolvi invejar... primeiro sou engenheiro e trabalho numa rede de telefonia. Não sei como deixar minha vida interessante. Tenho dois pais e dois irmãos que eu amo muito... Caraca... porque eu to fazendo esse vídeo?! Jesus... o Pedro vai me matar de tanto encher o saco... Mas eu não to nem aí... gente quem quiser me acompanhar entre na minha página da internet...”

Meu irmão criando um vlog haviam ainda três fitas. Reuni a minha família e a Luciana para vermos as fitas... Foi uma sessão de cinema com lágrimas. Riamos e chorávamos ao mesmo tempo com as peripécias do meu irmão. Fui dormir bem tarde e acordei com os beijos do Mauricio.

- Oi amor... – falei limpando os olhos.

- Pega... essa balinha de menta. – ele disse rindo.

- Ela ainda não ligou... acordei às 7 horas e ela não ligou.

- Amor ainda é cedo... vamos com calma. Estou a fim de tomar um banho... me leva no colo até o banheiro?!

- Você tá muito mal acostumado, vamos meu príncipe. – ele disse me carregando.

Para mim a melhor parte de fazer amor são os beijos e caricias ainda mais quando é debaixo do choveiros. Mauricio me pressionou contra a parede do box e foi me beijando e descendo até o meu pênis beijou e lambeu de todas as formas tive que me segurar para não gozar. Ele me virou e eu apoiei as mãos na parede e ele passou sabão na minha bunda. Ele me encoxou com força e me fez delirar de prazer, entrou de uma vez só e eu soltei um grito. Ele bombou com força e eu gozei sem tocar no meu pênis. Foi incrível.

- Foi a primeira vez que isso aconteceu com você – perguntou o Mauricio passando a esponja no meu corpo.

- Nossa amor... to com as pernas bambas. – falei passando shampoo na cabeça dele.

Nos arrumamos e descemos para esperar a ligação da Larissa. A campainha tocou e eu fui atender era a Larissa com uma cara séria.

“Meu Deus... Qual foi o resultado Larissa? Não fomos aprovados? Me diz? O juiz não quer o bebê com dois homossexuais?”

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Comentários

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Amo seu conto, parabéns.

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OLHA, TENHO QUE DIZER. NADA QUE EU TENHA LIDO NESSE SITE, OU EM OUTROS, PODE SER COMPARADO A ESTA SÉRIE! SIMPLESMENTE A MELHOR DAS MELHORES. CARAII, COMO VC PODE SER TAO ROMANTICO???? DEUS!!! ENFIM, 10 É POKO. 1000000000000000000000000 AINDA É POKO. ENTAO SINCERAMENTE, NAO TENHO NOTA PRA TE DAR!

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FANTÁSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSTICO..........................ESTOU MARAVILHOSAMENTE ADMIRADO COM A SUA HISTÓRIA PEDRO..................... ESTOU AMANDO SEUS TEXTOS, SÃO UMAS VERDADEIRAS OBRAS PRIMAS!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Cara não sei nem o que dizer . Tô sem palavras . Maravilhoso. 10000000000000000000...

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Que lindoooooooo! Realmente voce merece todos os comentarios... Parabens!!!!

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Como sempre vc me deixa sem palavras, pq elogios são poucos. Lindo e perfeito, aguardo a continuação. :)

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Maravilhoso! Sem mais, nota 10 sempre

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Nem sei oq fala, + ta perfeito!!!! Ansiosa pela continuação!!!

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Nossa Como sempre lindo amei espero a continuação e seu conto não vai cansar eu já te dei as dicas ponha em pratica seu conto é nota 100000000000

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aiiiiii como sempre linduuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu, continua logo

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Parabéns. Sua história não fica cansativa, eu divulgo para todos os meus amigos, sua história deveria ficar sempre nos destaques para as pessoas verem algo de qualidade, que tem amor, romance e sexo de forma linda.

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