Mais do que paixão 12

Um conto erótico de Peter
Categoria: Homossexual
Contém 2260 palavras
Data: 23/11/2011 16:37:28

- Andrew? – Falei esperançoso, girando o corpo para ver se minha aposta estava correta.

- É... Acho que não, né? – Disse ela mostrando o efeito do álcool.

- Ah... É você, pensei que fosse ele. – A decepção em meu rosto estava clara.

- Por que você saiu da festa? – Disse ela cambaleando.

- Aaah, você estava com o Davi, não queria atrapalhar nada. – Levantei para segurá-la antes que caísse.

- Eu to bem, eu to bem, não se preocupe. Mas... O que eu ia dizer mesmo? Aé, lembrei. O Davi me beijou Peter...

- Mesmo?! – Mostrei um ar contente.

- Aha. – Falou Diana mostrando os dentes em um grande sorriso alegre. – Nossa, pedi tanto por isso, não estou acreditando ainda que aconteceu. Primeiro a gente tava só conversando e dançando, sabe? Daí ele me disse que nunca tinha conhecido uma garota tão legal e bacana como eu, ha! Disso eu já sabia, - Rimos juntos. – mas continuando, daí eu disse que também achava ele bacana e tal, enfim, no final ele pegou e sussurrou no meu ouvido, “Se eu te beijar você vai gostar?”, aí eu peguei, olhei nos olhos dele e sorri, ele fitou os meus olhos, sorriu também e a gente se beijou.

- Estou muito feliz por você Di, tomará que vocês dêem certo. – Abracei-a então rapidamente.

- Estou torcendo pra isso também. – Disse ela cruzando os dedos. – Mas me diga uma coisa, você não saiu realmente por causa do Andrew, não é? – Diana investigou os meus olhos, explorando a expressão que o meu rosto faria ao mexer a boca para responder.

- Não sei mais, parecia tão fácil...

- Peter, nem a vida é fácil, você achou que o amor seria?

- Não sei o que fazer, não sei o que pensar, só sei que quero ir pra casa Diana.

- Vamos então, a Melissa já está no carro, ela também está cansada. – Diana passou a mão em minha cabeça e fez um carinho com os seus dedos macios em meus cabelos, deixando-os mais bagunçados. – Peter...

- Sim?

- Levanta.

Ao levantar, Diana me abraça rapidamente, cobrindo minhas costas com os seus braços e afagando todo o meu medo e a minha angústia com aquele carinhoso abraço. Em resposta, abracei-a e beijei seu ombro.

- Você consegue adivinhar o que eu preciso, agradeço a Deus por isso...

- Às vezes ações valem mais que palavras... – Ela encarou os meus olhos e disse tirando as palavras do coração. – Vamos.

Diana segurou minha mão, me levando para fora da areia em direção a calçada. Apesar de ter estado meio confuso, aquele abraço amenizou meus pensamentos agitados por algum tempo, já estava vendo com mais clareza, tendo em vista que Diana estava ao meu lado para me ajudar.

Com o movimento que fazia naquela hora da madrugada, mesmo sendo tarde havia carros chegando, saindo e estacionando. A rua estava bem movimentada, então parei para amarrar o cadarço enquanto estava impossibilitado de passar. Ao terminar, vejo Diana do outro lado da rua, fazendo sinal para eu ir também, mas quando já estou atravessando, vejo um carro a toda velocidade se aproximando de mim velozmente. Com a luz dos faróis em meus olhos, não consigo enxergar muita coisa, minha visão fica indefinida e acabo sem saber para onde ir, sentindo calafrios pelo grande acidente que resultará se aquele veículo naquela velocidade, conseguir me atingir. Mas de repente, antes de vir o pior, alguém pula sobre mim, se jogando junto comigo na grama do outro lado da rua. Rolando pelo chão, assustado e preocupado, abro os olhos para visualizar a situação que me encontrava. Havia várias pessoas me olhando, para ver se eu estava bem, ao meu lado estava Diana e Melissa perguntando histericamente se eu não estava ferido.

- Peter! Como é que você está?! Tudo bem?! Quer que a gente chame uma ambulância?! – Falou Diana perturbada.

- To bem, to bem... – Disse tentando localizar as imagens, ainda deitado no chão.

- Tem certeza Peter? Você quase foi atropelado por aquele carro? Que por sinal, deu no pé.

- Se não fosse ele, você não estaria mais aqui entre nós... – Diana falou, deixando transparecer alívio em sua face.

- Ele quem? A pessoa que me empurrou da frente do carro?

- Sim, o... – Disse Diana tentando adivinhar o nome do garoto.

- Gregory. – Falou ele.

O garoto estranho que me salvou do carro, apareceu em minha frente dizendo o seu nome, estendeu a mão num gesto caridoso, ajudando a me levantar, o que me petrificou por alguns milésimos ao observá-lo rapidamente. Ele era alto, parecia ter uns 19 anos, tinha olhos castanhos claros, um cabelo bagunçado de cor castanho claro também, uma franja que passava pelo olho direito, mas não o cobrindo totalmente, o que o tornava sexy. Tinha lábios bonitos, uma barba ralinha e um olhar encantador. As pessoas já estavam voltando a fazer o que estavam fazendo antes, assim que eu levantei, demonstrando estar bem, o alvoroço se dissipou.

- Bom... Muitíssimo obrigado por ter pulado em cima de mim, me empurrando para fora da frente do carro, valeu mesmo, de verdade. – Disse já em pé, limpando a calça com as mãos.

- Da próxima vez tome mais cuidado, você escapou de um acidente por pouco. – Gregory disse rigidamente, mas não bravo.

- É que o carro veio tão rápido que eu nem vi ele. – Disse em defesa.

- Bom, mas você está bem, então está tudo certo, vou lá, até outra hora, tome cuidado por aí.

- Ah... E obrigado mais uma vez. – Ele foi embora.

- Vou me jogar na frente dos carros a partir de hoje... Vai que surge outro Brad Pitt desses. – Caímos na gargalhada com mais um comentário de Diana.

.

Na segunda-feira, a aula estava já quase acabando, não demorou muito e o sinal bateu. Diana e eu nos dirigimos para a saída.

- Então você não está mais indo de topique para a escola?

- Não, estou indo a pé. Falei com a minha mãe que não precisava mais gastar com isso, eu não me importo de caminhar um pouco, faz bem pra saúde e pro físico, hehe.

- É... O Andrew veio falar comigo hoje pra ver como você estava, depois do susto do atropelamento.

- Veio é? E o que você disse?

- Disse que um garoto salvou você e que você está bem agora, que não houve nada grave.

- E ele?

- Ele disse: “Que bom, fico feliz que não houve nada grave...”. – Diana repetiu à fala de Andrew, demonstrando a tentativa que ele fez de disfarçar a sua preocupação.

- Hum... – Disse avaliando o jeito que ele reagiu, interpretado por Diana.

- Vocês em... Bem, meu pai chegou, depois a gente se fala no MSN, ok?

- Claro, até.

Já havia me despedido, então assim segui em frente para chegar em casa e, descansar um pouco daquela tarde exaustiva e entediante de aula. Quando já estava na frente do portão, vejo o carro de meu irmão estacionado na garagem. Ao entrar em casa, vejo que ele estava com um amigo, sentados a mesa com o notebook em ativa, discutindo sobre um trabalho de faculdade. De costas então, ele se vira para mim e fala:

- Eaí Peter, tudo certo? – Falou declarando alegria em um sorriso.

- Oi Alan, tudo sim... O que faz aqui em plena segunda-feira? – Desconfiei.

- Minhas cadeiras são de manhã, se esqueceu? Eu até tinha curso de inglês hoje, mas mudei o dia por que tive que vir aqui buscar o meu note, esqueci ele no sábado...

- Então a tia insistiu muito para você tomar um café com ela e você acabou ficando um pouco mais, acertei?

- Hehe, isso mesmo. Só por curiosidade, onde os primos estão?

- Aaaah, eles nunca estão em casa, a Clara estuda de manhã e está sempre saindo com as amigas. O Flávio fica trancado no quarto estudando em quase todas as manhãs e fins de semanas, de tarde então, ele sai para ir ao cursinho de pré-vestibular.

- Tá explicado então. – Falou rindo levemente. – Ah, quase me esqueci, Peter, esse é o meu colega de faculdade, ele veio junto comigo para cá pegar o notebook.

O amigo de meu irmão se levantou da cadeira, deixando visível seu rosto aos meus olhos. Ao virar para mim, reconheci sua face instantaneamente, era Gregory, o garoto que havia me salvado do acidente de carro naquela noite. A me ver, ele reconheceu-me também, então disse ele surpreso:

- Você não é o garoto que quase foi atropelado lá no Le Café?

- Sim sou e, eu sou o garoto que você empurrou pulando em cima pra não morrer, oi também.

- Vocês já se conhecem? – Meu irmão falou confuso.

- Sim, só não sabia que esse garoto era seu irmão. – Disse Gregory de um jeito irônico, que não foi muito aceito por mim.

- E que história é essa de acidente?!

- A gente se conheceu lá no Le café, um carro veio a uma velocidade bem alta na minha direção, tipo, ele pulou por cima de mim, - apontei para Gregory. - rolamos no chão, caí a salvo e assim concluo que de certo modo ele me... Salvou. – Falei com dificuldade a última palavra.

- Por que você não me contou isso Peter?! – Alan falou preocupado com um leve tom de irritação.

- Não achei importante comentar e também não queria que você contasse pro pai e pra mãe, eles nunca mais deixariam me sair na rua, nem pra buscar a correspondência na caixa do correio. – Ironizei.

- Você podia ter confiado em mim né, eu não ia contar pra eles, já passei pela adolescência também, sei como é. E outra coisa, como você atravessa a rua sem olhar pros lados? Já pensou se o Gregory não tivesse lá? Onde você estaria a essa hora? Num hospital talvez? – Ele estava decepcionado.

- Desculpa aí. – Tentei concertar.

Alan me olhou com uma cara de indignação, fitou meus olhos, encarando-os seriamente. Gregory, atrás de Alan, observava a situação de longe, sem demonstrar muitas reações. Então com um ar de suspiro, ele fala estampando um olhar bravo:

- Espero que você tenha aprendido alguma coisa com esse quase acidente... – Falou ele virando o rosto.

- Sim eu aprendi, eu vou tomar mais cuidado agora, se bem que a culpa não foi minha né, por que o carro...

- Peter. – Ele me encarou de novo.

- Tá, tudo bem, a culpa foi toda minha mesmo de não ter olhado melhor pros lados. – Falei bufando por ter admitido a culpa.

- E o carro? Descobriram quem foi que quase atropelou você?

- Não, ele continuou correndo mesmo, nem parou pra ver se eu tava bem.

- Que barbaridade. – Alan falou agora zangado em relação à pessoa que dirigia o carro a tal velocidade. – E muito obrigado Gregory, por ter SALVADO o Peter. – Alan olhou pra mim, pronunciando bem alto a palavra “salvado”, cutucando o meu orgulho.

- Sem problema. – Disse Gregory.

Depois de ter esclarecido toda a história para o meu irmão, fui para a sala de estar, onde ficava o computador, para entrar no MSN. Diana estava online, logo então ela disse:

- Oi, pensei que não fosse entrar no PC hoje.

- Oi, é que eu tava esclarecendo a história do acidente pro meu irmão. Você acredita que o tal Gregory é colega de faculdade dele?

- Sério? Tá brincando né? Aquele super gato? Do Le Café? É colega do seu irmão?

- É ¬¬, ele até é bonito e talz, mas ele é meio antipático...

- Té bonito? Ele é um Deus!!!!!!! E a beleza compensa né kkkkkk!

- Aushauhsuahu!

- Mas mudando de assunto, você viu a chuva que ta caindo lá fora? Parece que vai vir uma tempestade feia por aí. =S

-Pois é, eu vi sim, acho que vai ser daquelas... Aiii... O Andrew acabou de entrar. =\

- Eu vi... :S

- Você viu o que ele botou no subnick do MSN?

- Sim.

- “Estou muito feliz com você ao meu lado...”

- Excluí ele do MSN de uma vez, não fica se torturando com isso porra!

- Pois é... :(

- “Pois é”? Oooh my gosh. ¬¬ - Ouvi então minha tia chamando o meu nome.

- Peraí, minha tia tá me chamando, já volto.

- Ok.

- Oi tia, o que foi? Já está pronto o café?

- Sim, sim, os garotos estão tomando já, só queria lhe dizer para arrumar um colchão no seu quarto por que o Gregory vai dormir hoje lá e, o seu irmão na cama do Flávio. A tempestade ta piorando a cada segundo, não quero que o seu irmão e ele saiam de carro com esse tempo para Porto Alegre, vai que acontece algo com eles, vou me culpar pro resto da vida por não ter dito pra eles terem posado aqui.

- Tem certeza que é necessário tia? – Disse acostumado com o seu jeito coruja de ser. – Eles não têm aula amanhã de manhã?

- Sim eles têm. Está horrível lá fora, já até caiu um poste de luz em cima de um carro lá no centro. E também, amanhã eles acordam cedo e vão para a faculdade.

- Ok... E como você sabe que um poste caiu lá no centro tia?

- A Clara me falou por telefone, eu disse pra ela dormir na casa da amiga dela, por causa do tempo né.

- O Flávio vai dormir em casa?

- Não, ele também vai dormir fora, na casa de um amigo, é mais seguro do que vir para casa nesse momento.

- Sei...

- Você não quer comer nada agora? Não tia, brigado, depois eu como. Na janta.

- Tá bom então.

Voltando para o PC, volto a falar com Diana:

- Voltei.

- O que a sua tia queria? :P

- Ela veio falar comigo, pra me avisar que o Gregory vai dormir comigo no quarto... Por causa da tempestade, ela não quer que eles vão pra Porto Alegre com esse tempo. ¬¬

- Hmmmm... Será que vai rolar alguma coisa em Peter? HeheContinua...

MSN: will52@hotmail.com

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Comentários

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Cara, passei a madruga lendo todo esse conto, desde o 1º! quero lhe parabenizar pelo belo conto. Vc consegue prender os leitores! Sou so sul tbm, e boa parte do seu conto se encaixa com o meu histórico amoroso!

Quer uma dica R$, ache uma editora para lançar o seu livro!

Agora é aguardar pela continuação!

Outra coisa, te add no msn!

O meu msn é cacati...@hot.

Att

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Cara, passei a madruga lendo todo esse conto, desde o 1º! quero lhe parabenizar pelo belo conto. Vc consegue prender os leitores! Sou so sul tbm, e boa parte do seu conto se encaixa com o meu histórico amoroso!

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você deve ta estranhando o fato de eu ter comentado todos os seus contos hj né? eu ja li todos, venho te acompanhando desde o inicio da serie... Só que eu não tinha conta ainda! Fiz hoje e dei 10 em todos!

continua logo cara!!!

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Pelo amor de Deus, continue imediatamente! Muito bom!

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Muito bom, aguradando a continuação !

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agora sim , seus contos voltaram a ter mais drama , adorei

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Não vejo a hora de ler o resto!!!! Parabens!!!! Adoro você!!!!

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a meu.... pq parou.... queria ler tudo e tudo e tudo

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