Bom Dia

Um conto erótico de comedor
Categoria: Heterossexual
Contém 776 palavras
Data: 01/11/2011 02:45:48
Assuntos: Heterossexual

A atmosfera era confusa, mas ela tinha certeza do que acontecia ali. Um som espalhava-se, difuso, pelo ambiente desconhecido, mas ela estava tranquila. Lá estava ele, guiando-a, dançando, tomando-a em seus braços. Seu abraço firme da dança mantinha os corpos colados, e lentamente, eles foram entrelaçando-se. Não havia mais roupas, nem pessoas, nem música. Somente os corpos e o prazer que tiravam deles. Bocas, mãos, braços e pernas, tudo se confundia, num ritmo único que só cabia aos dois. O coração batia mais forte, e as pernas bambeavam, e o ar faltava, e tudo era delícia. Com as sensações crescendo e tomando conta de seu corpo, sentia-se não caber em si mesma, e junto dele, não sentia mais os limites de entre um e outro.

Então ele não estava mais sobre ela. Uma fração de segundo antes, sentia-o dentro de si, mas ele não estava mais lá. Tomou consciência de sua presença ao seu lado. Respirava lentamente, num sono tranquilo. Como podia um sonho ser tão real? Ainda trazia os reflexos do gozo. Percebeu que estava molhada.

Com um suspiro, rolou para o lado e o abraço por trás. Aquele encaixe sempre a encantava. Respirou em seus cabelos, sentindo o cheiro já tão familiar, enquanto a mão por baixo da camiseta. Que mistério era esse, apenas a presença dele ali bastava para acordar os reflexos do seu corpo. Desceu a mão por sua barriga e procurou seu pescoço com a boca. Sentiu seus pelos se arrepiarem sob sua língua, mas ele não demonstrou acordar. Ela sabia o que fazer, sabia o que estava por vir, e isso a excitava ainda mais. Com um frio na barriga, passou a mão para dentro dos shorts de dormir. Surpreendeu-se ao encontra-lo pronto. Explorou com a boca cada parte ao seu alcance, enquanto sua mão se movia, lentamente. Acelerou o ritmo, e com isso, as respirações. Sabia que ele não se manteria quieto por muito mais tempo.

Ele segurou sua mão e se virou lentamente, puxando-a pra junto de si. Sorriu ao constatar que ela dormira apenas de calcinha e camiseta, e correu a mão por suas coxas. Ela suspirou. Abraçou-a e beijou-a, com uma ternura que quase não cabia no momento. Então eles se olharam, e ambos puderam entrever o que viria.

Ele livrou-se das cobertas e das camisetas, a sua e a dela. O contato da pele nua e morna era inebriante. Tocou-lhe os seios, de leve, e depois os beijou. Ela sorria. Continuou beijando cada parte de pele exposta, barriga, cintura, quadris. Ela bagunçava-lhe gentilmente os cabelos. Ele encontrou o algodão que limitava seu caminho. Tirou-lhe a calcinha e tocou-a de leve. Ela arrepiou. Deitou-se ao seu lado, observando cada fração das expressões que ela fazia, enquanto continuava tocando-a. Ela abriu os olhos e viu que ele a olhava. Sorriu envergonhada, e tampou-lhe os olhos com a mão. Riram, mas o riso dela foi cortado por um gemido, um estremecimento que corria por seu corpo. Ele a beijou na testa, e desceu para seu sexo. Ela mordeu o lábio e gemeu baixinho. Sabia que não aguentaria por muito tempo, não tinha ideia de como ele conseguia, mas sempre a levava às alturas desse jeito.

Ela estava certa. Sentindo o calor e a umidade de sua língua, e o leve roçar da sua barba contra a pele sensível, suspirou, gemeu e gozou, arranhando os lençóis e o ombro e as costas e qualquer parte dele que estivesse ao alcance.

Quando quase já não podia respirar, sentiu-o mordendo de leve suas coxas, sua barriga, seus seios, seu lábio. Beijou-o ávida e ofegante, mantendo-o junto de seu corpo o máximo que conseguia. Girou para cima dele, percorrendo toda a extensão do seu tronco com beijos e mordidas. Tirou-lhe os shorts e olhou-o nos olhos. Ele sorria, antecipando o prazer que viria. Ela sorriu, e deu-lhe o que ele queria.

Chupou-o devagar e intensamente, provocante, sorrindo e deliciando-se com o que fazia e com cada suspiro ou gemido que chegavam aos seus ouvidos. Conseguia senti-lo pulsando com o prazer, um prazer que também era dela, a excitava, e fazia aumentar o ritmo. Quando ele sentiu que estava chegando ao limite de seu prazer, puxou-a para si. Pegou uma camisinha que estava ao lado e colocou-a com habilidade. Queria-a com urgência, mas deitou-se sobre ela sem a tomar. Acariciou-lhe o rosto e beijou-a com carinho. O olhar que via dizia que também ela tinha urgência. E cada toque que ela recebia ou dava a fazia sentir-se mais plena. Tanto prazer a inundava. Pelo corpo, pelos sentidos, pelos sentimentos. Lentamente, então, ela sentiu-o penetrar, completamente entregue, quando ele lhe sussurrou ao ouvido: “bom-dia”.

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