O primeiro atrás (parte 2)

Um conto erótico de Cercei
Categoria: Heterossexual
Contém 1619 palavras
Data: 09/11/2011 00:29:56

O dia seguinte à festa foi um momento estranha para a minha relação com o Hugo. Não bebera o suficiente para esquecer a minha proposta e a aposta feita entre nós. E quando o encontrei, à tarde na aula, algo na forma com que ele me olhou assim que me viu me fez ter certeza de que ambos tínhamos a memória da noite anterior intacta. Respirei fundo e tentei agir com naturalidade, no que ele foi extremamente melhor sucedido. A atitude do Hugo estava tão descontraída, tão costumeira, que com uma semana poderia jurar que nada ia mudar e que a promessa seria apenas mais uma história de bebedeira qualquer. A parte de mim que se arrependia da proposta se agarrou com toda força a essa crença.

Duas semanas depois, a maré de normalidade deu sua guinada definitiva. Estava sozinha em casa num fim de semana. As duas amigas que dividiam o apartamento comigo tinham ido visitar os pais, já que suas cidades natal eram consideravelmente mais próximas do que a minha. Não tinha grandes planos para aquele sábado. Sem nenhuma prova se aproximando, meu plano era apenas me divertir com filmes e séries e quem sabe algo mais interessante aparecesse para a noite.

Quando às 6 horas se aproximavam, veio o toque na campainha. Encontrei o Hugo na porta com uma mochila nas costas e sorri a perspectiva da companhia para a noite. Imaginei que, como muitas vezes acontecera antes, ele estava ali porque o tédio estava grande demais ou tinha uma proposta interessante para sairmos. Hugo me abraçou, entrou e foi direto para o meu quarto, para nós nada além do normal. Quando cheguei no quarto ele estava colocando a mochila na cama, e então virou para mim visivelmente apreensivo.

- Ok, conta logo e para de fazer essa cara- falei na lata, como era nosso hábito.

Quando ele não falou nada, comecei a me preocupar. Encarei-o enquanto ele várias vezes ensaiava abrir a boca, mas nada saia de lá. Finalmente ele me encarou também e falou:

-Acho que tenho uma aposta pra pagar.

Senti um arrepio me percorrer a espinha e num segundo a presença dele, tão comum e confortável, mudou completamente dentro do mim. Ele não era mais meu amigo Hugo, ele era o Hugo que me prometera um tipo muito específico de iniciação sexual. Uma promessa arrancada com uma aposta, da qual parte de mim se arrependia. Temia arruinar para sempre a nossa relação.

- Não, deixa isso pra lá – fui dizendo nervosa, consciente de cada movimento, cada olhar – A gente tava bêbado, foi uma ideia absurda, não se preocupa com isso...

-Não! – Ele me interrompeu firmemente, o que me paralisou por um momento – Eu... eu... aceitei a aposta, e você ganhou...

-Mas...

- Eu pensei muito na proposta, esses dias todos. Não quero deixar você nunca de ser seu amigo, tar do seu lado... Mas tem uma curiosidade, uma coisa que eu não sei explicar nessa história toda. Você sabe que eu sempre fui muito seguro de que eu gosto de homens, decidi isso muito cedo. Mas depois da festa eu me vi pensando muito mesmo na ideia de transar com você... E de repente eu tava notando você, seu corpo, seus seios, sua boca, tava desejando pegar, pegar de jeito mesmo, a bunda que você mesma me ofereceu. Foi a primeira vez que bati umas pra uma mulher...

Sem palavras, senti a minha apreensão ir se dissolvendo, substituída por uma excitação, um tesão, tomando conta do meu corpo. Meus medos estavam indo embora com aquelas palavras. Quando encontrei as minhas pernas, fui até ele. Olhei fundo nos seus encantados olhos verdes, sinceros como sempre. E lá eu vi o reflexo das minhas sensações, tomando conta dele como de mim.

- Tem certeza? – eu tinha que perguntar.

A resposta se perdeu num beijo molhado que ele me deu, com uma mão na nuca outra na cintura. O calor do corpo dele ia invadindo o meu, tomando conta. Beijá-lo era algo um tanto novo, já que sabia de fonte segura que era a primeira mulher a chegar tão perto assim daquela boca. Com o tempo sua mão encontrou meus seios e os acariciou quase desajeitada. Coxa, bunda, cintura e nuca novamente, ele me sentia inteira. Eu por minha vez passeava as mãos pela extensão das costas, por baixo da camisa, arranhando aqui e ali.

Ele se sentou na cama e eu no colo dele, de frente, grudados. Interrompendo o beijo, nos encaramos olho no olho, sentindo toda a estranheza do momento. Ah, o tesão do novo. Pra quebrar um pouquinho a tensão, olhei para a mochila dele e perguntei o que tinha lá dentro, já que mochilas não eram geralmente carregadas por ele.

- Ah, você sabe... – respondeu ele e eu levantei a sobrancelha em desconfiança – É pra ajudar seu cuzinho virgem. – falou ele, dessa vez ao pé do ouvido. Estava começando a ver o atrevimento costumeiro de volta naquele tom de voz malicioso.

Sem sair do colo dele, alcancei a mochila e comecei a tirar o conteúdo. Havia géis e loções de muitos tipos, de eu já ouvira muito falar nas aventuras dele. Agora, ser o objeto desses produtos era imensamente excitante. Havia também três objetos fálicos de larguras diferentes feitos de borracha. Embora não tivessem formato exato do membro masculino, seu propósito era claro.

- Desses eu ainda não tinha ouvido falar – comentei risonha.

- É porque são novos- respondeu ele com naturalidade.

- Você comprou pra mim?

-É.

Ele respondeu com simplicidade, mas eu mordi o lábio me sentindo lisonjeada. Deixando os apetrechos de lado por hora, voltamos a nos beijar, abraçar a apalpar. Logo, as primeiras peças de roupa começaram a sair. Comecei pela camiseta dele, exibindo o belo abdômen. Ele não se fez de rogado e puxou a minha para fora também, mas lidar com sutiein ainda era novo para ele. Livrei-o da briga com o fecho e aproveitei para tirar a peça com calma, observando a reação de Hugo. Com a novidade estampada na cara, ele começou a acariciar meus seios.

- Beija eles, pode beijar a vontade. – eu ia pedindo. O tesão foi crescendo e eu já emitia pequenos suspiros de prazer quando Hugo decidiu espalhar seus beijos para toda a extensão do meu corpo, tirando a minha calça no processo.

Então ele me deitou de bruços e percebi que ele puxou o primeiro frasquinho da mochila. Com um loção deliciosa massageou toda a extensão do meu corpo. Ele foi descobrindo, com alguma ajuda minha, a sensibilidade do meu corpo. Quando terminou, eu estava excitada e relaxada ao mesmo tempo, numa deliciosíssima combinação.

Foi então que ele tirou a minha calcinha e fui agradavelmente surpreendida pela sua língua procurando meu anelzinho. Ele pode ter ficado um pouco perdido no resto do corpo, mas nesse pedaço sua experiência era sensível. Ele lambia, chupava gostoso, me fazendo começar a gemer. Quando ele afastou a boca, senti que ele colocava um gelzinho no meu cu virgem. A sensação era fria, gostosa, e ele começou a massagear com os dedos.

O Hugo me dissera, num dos nossos muitos papos sobre sexo, que o negócio pra dar uma experiência anal excelente pra alguém era a paciência. Mas eu já estava pegando fogo, fiquei de quatro pra pedir:

- Coloca o dedinho, vai. Fode meu cuzinho primeiro com o seu dedo!

Olhei pra trás a tempo de ver aqueles olhos maliciosos, sorrindo com a boca safada. Ele colocou mais um pouquinho do gel e começou a abrir caminho pra dentro de mim, devagar conquistando cada centímetro. E pra cada movimento eu respondia com um gemido cheio de tesão.

Quando o dedo inteiro já tinha liberdade de passear lá dentro, me dando muito prazer, Hugo avisou no meu ouvido, com uma voz muito sexy:

- Vou colocar em você o primeiro brinquedinho. Te preparei direitinho, não vai doer nadinha.

Foi maravilhoso. Quanto mais ele bombava com o brinquedinho dentro de mim, mais eu urrava de prazer. E pedia mais, mais. Tive certeza de que estava superando as expectativas quando ouvi surpresa nele ao dizer que eu já podia levar o segundo. Mas eu não queria outro brinquedo de borracha. Eu queria ele, quente, pulsando, bombando e gozando no meu cuzinho. E foi o que eu disse com a minha voz gemida.

E lá estava eu surpreendendo-o de novo. Mas quando olhei pra ele soube que era o tipo de surpresa boa. Me virei e ajudei-o a tirar o resto da roupa. E felicidade pura e simples foi o que eu senti ao ver que o membro dele estava rijo e pronto pra fazer exatamente o que eu pedira. Ele me agarrou, me beijou, me virou e começou a passar a pica gostosa na entrada do meu anelzinho, enquanto espalhava mais gel em mim e em si mesmo.

Então ele começou a forçar a entrada com a cabecinha. E eu gemendo. Dava pra sentir bem a diferença do brinquedinho pro verdadeiro, principalmente porque eu havia pedido pra pular etapas. Mas eu não sentia dor. Tinha sido bem preparada e agora só restava a estranheza do meu corpo com aquele membro me invadindo, me preenchendo. Hugo foi muito cuidadoso, avançando aos poucos. Quando tinha me penetrado completamente, começou a mexer, devagar e aumentando o ritmo. Maravilhoso. Mas quando eu pedi por mais, ele tirou todo e colocou de volta tão rápido que eu fui ao céu. E como ele continuou fazendo isso, mais rápido, mais rápido, gozei maravilhosamente e ele fez o mesmo.

Quando ele saiu de dentro de mim virei para olhá-lo, meio boba e sem palavras. Foi uma experiência nova, incrível e que se ele quisesse repetiria muitas vezes. E se ele quisesse eu também teria uma ou duas coisas novas pra mostrar pra ele.

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Comentários

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Excelente, bem narrado, com bastante erotismo, sem erros de português e sem palavras rebuscadas

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