Fantasias proibidas

Um conto erótico de Paulin Etero
Categoria: Grupal
Contém 693 palavras
Data: 23/04/2011 02:15:45

Tenho várias fantasias com minha namorada, mas nunca realizei nenhuma delas...

Tudo começou – como é tão comum entre os casais que escrevem seus relatos – com filminhos pornô. Notava ela vidrada na tela na hora do orgasmo masculino, principalmente quando a atriz sorvia gostoso o leite do ator, ou fazia dele uma máscara facial, ou sentia o jorro nos seios. Durante nossas transas, já estávamos ficando viciados em começar as preliminares conversando sacanagem do tipo “gostaria de estar no lugar dela?”, “qual ator você prefere?”, etc. E quando a cena era de dupla penetração ou gang-bang (vários homens contra uma só mulher) tinha de esperar acabar para começarmos nossa própria cena. Quase ejaculava quando ela me dizia que essa deveria ser a melhor profissão do mundo, e que se não fosse pela família até se aventuraria no ramo.

Chegou a confessar que adoraria uma DP por não poder ter jeito de uma mulher ser mais vagabunda!

O mais excitante era perceber o diamante bruto que tinha nas mãos. Antes, fruto da classe média cristã, com pouca experiência (dois homens, ela contava), que sequer havia visto um pornô, e agora me dizia abertamente – estimulada por mim – que queria experimentar uma praia de nudismo (após colocar silicone), e até mesmo uma casa de swing (- “Como voyer?” - “Vamos ver, depende do que rolar...”, ela provocava).

E começou a alçar vôo próprio. Passou a vasculhar a internet atrás de sites de filmes eróticos, contos, etc. Será que já estaria fazendo sexo virtual? Comecei a ficar preocupado...teria criado um monstro? Nas reportagens da Playboy, o(a) repórter constatou que é visível que há tempos a mulher deixou de ser moeda de troca e passou a controlar a escolha dos parceiros. No final da matéria, dizia-se serem vários os casais em que o homem tentava disfarçar seu desconsolo em ver a mulher feliz e desenvolta nos braços de outro(s), se apropriando descaradamente de uma fantasia que inicialmente era dele. A mulher virou o jogo e hoje dá as cartas no swing.

E esse passou a ser meu temor. Concretizar uma mera fantasia – que sempre deixei no campo da fantasia – com uma mulher que amava, mas perdê-la para a volúpia de vários (e põe vários nisso, se dependesse dela) outros homens. Ela certamente faria um sucesso incrível e seria das mais disputadas num local assim. Morena clara, bunda e corpo perfeitos, seios médios túrgidos e rosados. Ao mesmo tempo que me dá ciúmes me deixa extremamente excitado imaginá-la tão cobiçada. E quando ela diz que se pudesse mudaria seu passado de mulher pudica, que foi alvo de chacota das amigas de trabalho, chego a pensar que nosso romance seria arrasado pela mudança ou alçado à estratosfera de tantos orgasmos que teríamos juntos.

Queria introduzi-la (e eu próprio) nesse caminho sem volta do swing devagarzinho, chamando alguma profissional para satisfazer a ambos. Ela já admite ser chupada nos seios e buceta, mas nem pensar em me deixar transar com a nossa Bruna Surfistinha. E como troca, ela diz, queria outro homem na transa seguinte.

Já li um conto da revista Nova em que a própria mulher relatava várias experiências de wife sharing, e fiquei impressionado com os detalhes que revelam a veracidade do caso. E ao mandar para o e-mail dela, a resposta foi “ô mulher de sorte em ter um marido assim”.

Mais recentemente, durante uma transa, ela começou a fantasiar me contando como iria me trair em sua viagem ao exterior, para estudar línguas. E ao retornar, me contaria tudinho, como se fosse verdade, para depois me dizer que fantasiara tudo aquilo. Ou seja, eu jamais saberia no que acreditar...

Acabei de receber uma mensagem dela dizendo “Baby, acabei de ter um orgasmo maravilhoso!!!!!!!!”. Sim, com todas essas exclamações. Um misto de insegurança, ciúme e tesão me invadiu, e resolvi escrever nossa história, antes de saber os detalhes.

Mas antes de eu terminar, a safadinha complementou dizendo que tinha tanto prazer era porque tinha comido um crepe de morango e chocolate. Mas que estava na companhia de outra brasileira e um holandês. “Opa, será meu primeiro ménage?”, ela riu no finalzinho. Será que nossa história apenas começou?

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Comentários

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Cara, cuidado e muita cabeça. O mundo liberal não é para fracos e/ou inseguros. Vc tem todo o direito de reclamar fidelidade dentro das regras do casal. Se sua esposa vai além dessas regras é traição igual às do "mundo mais convencional". As coisas não podem ser feitas unilateralmente e deixar o parceiro na dúvida. Isso mina a confiança na relação. Será que sua esposa não percebe? Ou um aparte, será este o detalhe que revela que o que escreveu é apenas ainda uma fantasia, tratando-se de um "plot device" para captar o leitor? Não sei, darei benefício da dúvida.

Amigo, o que vc disse é verdade. Mulher controla os parceiros no swing hoje em dia. Claro que às vezes dá um doce ao marido, mas como disse, neste meio não pode haver inseguranças. Um parceiro que intimide algum membro do casal mina o prazer. Sua esposa ainda parece insegura e/ou possessiva consigo e logo não está pronta para ter e dar prazer no mundo liberal. Não conheço nenhum elemento neste meio (tirando os voyeurs) que aceitem partilhar o parceiro com outras pessoas e não ser agraciado com o mesmo presente. Mais, não conheço ninguém que não queira retribuir essa dádiva. Se sua esposa quer outro mas não o deixa transar com outra algo está errado e vcs precisam de conversar. Desculpe estar a entrar na vossa vida privada, mas algo está mal, existirá alguma insegurança e sua esposa parece que está a tentar exercer algum tipo de controlo estúpido. Quase que parece a regra do "não beijo" que muitos casais têm (nós tb tivemos): em pouco tempo é desrespeitada sem se perceber. Ela tem de deixar vc ter prazer se o o quer ter também. Se não o deixar a meu ver isso é traição e ela não quer um parceiro liberal mas sim um corno manso. Cuidado cara com aquilo que quer e não se resigne a nada. Sua felicidade vale tanto como a dela. Não seja estúpido.

Quanto ao conto...não tem grande erotismo, é nota introdutória. Teria de dar zero ou perto disso. Embora um 4 seria um incentivo (dsc não dou grandes notas). Mas resolvi mudar de política. Não darei nota nenhuma pois já vi que mts autores gostam mais da nota do que do acto de escrever seu texto (não quer dizer que seja seu caso, não o conheço).

Espero continuação!

Abraços, Martim.

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