A chupada

Um conto erótico de João Pedro
Categoria: Homossexual
Contém 844 palavras
Data: 28/02/2011 02:44:57
Última revisão: 06/03/2011 01:20:11

- Tem moral de me chupar?

Tamanha foi a surpresa de sua pergunta que parei abruptamente de falar, quase deixei o copo de cerveja cair e olhei para ele, incrédulo.

- Que foi?- Sorriu meio sem jeito.- É sério, cara.

Nem em minhas fantasias imaginei aquela cena. Primeiro, ele jurava que nem mil veados o fariam ficar de pau duro; segundo, ele estava ficando com uma garota " super gostosa".

A música ali quebrava o silêncio que pairava sobre nós. Ele me olhava de um jeito que jamais me olhou, esboçando no rosto um sorriso safado. Eu, ainda atônito e nervoso, tentava manter o copo na minha mão. Estávamos só nós dois, todo o resto havia ido embora. Éramos só nós em seu quintal dos fundos. Eu, sentado no chão acimentado, escorado na parede branca e ele, sentado na cadeira de plástica, relaxado, com as coxas à mostra e pernas arreganhadas, nos olhávamos. Depois desviei meu olhar para a gota de cerveja que, acidentalmente, havia entornado do copo quando ele foi bebê-la. A gota deslizou pelo queixo, passando pelo pescoço, correndo tortuosa pelo peito, abdômen, até se perder entre a bermuda e o oculto. Havia aquele peixe tatuado em sua costela... Peixe sortudo!

- Sério?- Disse por fim, dando um gole. Ele sorriu, assentindo lentamente com a cabeça. Aquilo tudo parecia sonho. Como ele sabia que eu também curtia homens? É verdade que algumas pessoas sabiam, pode ser que alguma delas tenha comentado ou... Ou ele também fazia parte do ciclo.

- Vem cá- Manhou-se,pousando o copo no chão, batendo de leve a mão nas coxas... Que coxas!

Não resisti. Quem resistiria? Então me pus de quatro e comecei a engatinhar em sua direção. Enquanto eu eu avançava, como o cão faminto em seu prato de ração, ele massageava suas coxas, mordendo os lábios, com os olhos flamejantes. Meus dedos tocaram primeiro o seu joelho e logo deslizaram para a sua coxa, adentrando a bermuda. Ele levou as mãos para trás e escorou a cabeça nelas, soltando um " ah" de prazer. Minhas mãos começaram a remexer em suas coxas, ora avançando em direção à cueca dele, ora voltando para os joelhos, onde eu já começava a beijar, dando leves mordidas.

Por fim ele ergueu minha cabeça com seu dedo indicador no meu queixo.

- Quero experimentar o seu beijo... - Silenciou-se ao toque de nossos lábios e entrosamento das nossas línguas. Ficamos ali naquele gesto por um bom tempo. Meu pau latejava, suas mãos deslizaram de meu cabelo para a minha bunda enquanto eu, àvido, buscava abrir o velcro de sua bermuda tactel. Causou-me extremo prazer ouvir o " craaash" que o velcro fez ao ser aberto, prestes a me revelar o seu firme e latejante pau.

Ouvi-o gemer e senti a sua vibração ao tocá-lo por cima da cueca. Dei uma apertada de leve e então enfiei a minha mão. Como pulsava! De repente ele parou de me beijar e pediu que o chupasse. Se eu pudesse descrever a forma doce e infantil que ele pediu...

- Isso. - Sussurrou.

Minha língua dava voltas na cabeça de seu pau. Enquanto ela circulava, olhava para ele, que também me olhava com um sorriso estampado no rosto. Quando enfiei minha boca inteira, ele se contraiu, fechou os olhos, cerrou os dentes e puxou o ar pela boca, produzindo um silvo de assopro. Suas mãos afagavam meus cabelos, dando leves puxões durante os espasmos de prazer. Por muitas vezes, ali agachado, chupando-o, pensei que fosse gozar só de ouvir os seus grunhidos e gemidos. Seu rosto assumia expressões de prazer, que depois veio a me render muitas masturbações, só de relembrar.

Quando sentia suas coxas tremerem, seus gemidos alterando, e suas mãos puxando o meu cabelo, diminuia a velocidade, evitando assim que ele gozasse. Queria que durasse mais, se possível, que fosse eterno. Queria ouvir mais e mais aqueles gemidos, ver mais aquele rostinho lindo convertendo-se em máscaras de prazer.

Agora suas mãos controlavam o ritmo da minha boca. Vez ou outra eu ia fundo, fazendo-o dar um leve salto, inclinando-se para a frente, seguido de um gemido longo.

- Que isso, hein?-Surrou uma vez.

Minhas mãos acariciavam meus mamilos, eu estava prestes a gozar e minha boca subia e descia ligeiramente. Então ele começou a tremer, sua garganta começou a emitir um som rouco até que então ele gozou. Ah,sua porra tinha um gosto doce. Tanto que fiz questão de prová-la toda. Mesmo ele tendo gozado, não parei. Ele começou a remexer-se na cadeira, agora quase gritando, quase arrancando os meus cabelos. Quando parei, também havia gozado. Sentei de frente para ele que, ainda de olhos fechados, arfava, tendo ainda leves espasmos. Abriu os olhos, olhou-me esboçando um sorriso.

- Nem Renata, nem nenhuma mulher me chupou desse jeito, cara. Puta que pariu, você chupa pra caralho! Quero essa sua bundinha, viu?

Ouvir aquelas palavras me excitou. Novamente estava de pau duro. Mas não rolou penetração, não naquele dia. Antes de ir embora, demos outro amasso. Ele sussurrou que queria me chupar.

- Agora?

- Agora não- Sorriu- Amanhã. Amanhã, no meu quarto.

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