Assédio no Cinema

Um conto erótico de Spartacus
Categoria: Homossexual
Contém 2165 palavras
Data: 15/01/2011 21:43:24

ASSÉDIO NO CINEMA

Todas as vezes que vou à casa de meus compadres no interior paulista, costumo frequentar um cinema que só exibe filmes antigos. Certa tarde calorenta saí sozinho, vestindo short elástico e camiseta e fui assistir “Hipnose” um filme de suspense de Alfred Hitchcock, mas não consegui ver o filme. Quando entrei o cinema estava cheio, o filme já havia começado e eu acabei ficando de pé, curvado sobre a mureta atrás das últimas poltronas, no canto direito, ao lado de uma coluna e das grossas cortinas que impediam a entrada da luz exterior. Estava assim, quando senti alguém se aproximar e ficar do meu lado. Apesar do escuro, percebi que era um rapaz alto de cabelos compridos. Estranhei o fato de ele chegar e ficar quase colado a mim. Mas não dei muita importância e continuei tentando ver o filme. Não demorou muito senti uma mão acariciando minha perna, era o meu vizinho. Meu primeiro impulso foi dar um chega pra lá no atrevido, mas me contive. O filho da puta estava pensando que eu era gay, fiquei quieto e decidi ver até onde ele pretendia chegar. Mas a mão do safado foi subindo, entrando pela perna do short e chegando ao relevo de minha bunda. Eu estava indignado com a ousadia do sacana, apesar da carícia agradável que sua mão atrevida me proporcionava. E ele foi subindo, começou a me alisar a popa esquerda da bunda e aos poucos seus dedos foram invadindo meu reguinho, procurando a entradinha. A esta altura, confesso, eu estava excitado e minha ereção era algo palpável. Instintivamente empinei um pouco a bunda e o meu invasor, num gesto rápido, puxou meu short pra baixo e enfiou a rola dura na direção do meu cu, mas não conseguiu introduzir e acabou gozando entre minhas coxas. Eu lhe dei um safanão e saí correndo para o banheiro, lavar a porra do safado que melou meu short e me descia pernas abaixo.

Quando saí do cinema, disposto a ir para a casa trocar o short, eu vi um rapaz parecido com ele, parado no outro lado da rua. Fui em sua direção e quando me aproximei ele se adiantou:

- Ô cara, me desculpa aí, eu pensei que era um conhecido...

- Tudo bem, deixa pra lá...

- Topa tomar um café comigo? - me perguntou com um sorriso simpático.

Relutei a princípio, mas aceitei e fomos para o Country Coffee, uma espécie de barzinho que serve café e bebidas, com mesas para casais numa espécie de biombos separados por divisórias, bem discretos. Sentamo-nos juntos, ele pediu um café e eu uma cerveja pra relaxar, porque era quase evidente que eu estava nervoso e agitado. Comecei a observar o garotão: tinha a pele clara e os lábios carnudos, os dentes perfeitos e um rosto que, não sendo bonito, era simpaticamente agradável. Os cabelos bem cuidados quase caindo sobre os ombros. Notei que não era mais alto do que eu. Vestia uma camiseta amarela folgada por fora da bermuda de jeans azul escuro. Ele também me observava em silêncio e depois de certo tempo, pousou sua mão sobre a minha, me olhou nos olhos e disse:

- Você não parece gay, mas gostou de minha encoxada...

- Por que você acha que eu gostei?

- Porque você me deixou passar a mão na sua bunda e suspirou quando eu enfiei o pau nas suas coxas...

- Não gostei porque você se esporrou nas minhas coxas e me fez sair correndo pro banheiro. Ainda estou com o short molhado, quer ver, olha: Peguei a mão dele e passei no short colado à minha coxa esquerda, por cima do pau que já estava duro. Queria ver a reação dele quando tocasse meu pau... Mas ele não reagiu, ao contrário, deu uma apertadinha e comentou:

- Você ta de pau duro, ta com vontade?...

Sem responder, baixei minha mão e peguei no pau dele por cima da bermuda e apertei, estava duro.

- Você também está com vontade?

- Estou sim... Você topa transar comigo?

- Olha, eu não estou acostumado a esse tipo de relacionamento - menti. Você pra mim é um cara desconhecido, mas confesso que estou com vontade de experimentar, sim.

- Bom, - disse ele – vou falar a verdade eu sou ativo e gosto de transar com caras que são passivos, mas não são bichas. Não gosto de caras efeminados, que rebolam e falam feito mulher se desmunhecando... Entendeu?

- Entendi, perfeitamente... Mas qual é a sua idade?

- 24 anos...

Enquanto conversávamos ele me olhava nos olhos e eu senti certa firmeza nas suas palavras e em seus gestos. Para ver sua reação e satisfazer minha curiosidade, escorreguei a mão por suas coxas e lhe apertei o pau, enquanto ele sorria e me ajudava a abrir o zíper, libertando um verdadeiro obelisco fálico apontado para acima, sob nossa mesa. Lindo! Peguei naquela beleza de piroca já com o meu cuzinho piscando de vontade de agasalhá-lo em suas profundezas. Em troca, ele enfiou a mão por dentro de short, por trás, e se pôs a acariciar minha bunda. Eu me ergui um pouco do assento, apoiei os cotovelos na mesa e empinei o traseiro, permitindo que seus dedos tocassem meu cuzinho. Ele efetivamente era mestre em carícias, tinha os dedos leves e quentes. Seus toques suaves em meu reguinho produziram uma sensação deliciosa e a vontade de ser penetrado cresceu como há muito não acontecia. Segurando ainda seu pênis, no auge do tesão eu perguntei:

- Você, tem um lugar onde a gente possa transar?

Ele me disse que tinha a chave da casa de seu primo, que ficava numa chácara não muito longe dali, ele estava viajando e a gente poderia ir até lá. Perguntou se eu estava de carro, eu confirmei. Fomos e eu bem não entrei na casa, fui tirando o short e ele a bermuda e foi me agarrando por trás, encostando seu belo cacete em minha bunda sedenta. Pra minha surpresa ele me abraçou carinhosamente, beijou minha nuca, enlaçou meu tórax por trás, pôs-se a acariciar meus mamilos e aos poucos foi se baixando, beijando minhas costas e minha bunda. Levantou-se, enlaçou minha cintura e me conduziu até o banheiro onde um banho refrescante nos deixou prontos para iniciar a festa. Deitamo-nos na cama do casal, lado a lado, ambos de pau duro. Tomei a iniciativa, peguei o dele e comecei a lamber e a chupar. A certa altura do boquete, resolvemos fazer um 69. E enquanto sua bela piroca invadia minha boca ele enfiava dois dedos no meu cuzinho e chupava meu pau também. Depois de muitas chupadas e lambidas, ele gozou e encheu de porra a minha boca. Foi um orgasmo intenso que o fez urrar de gozo. Fomos depois ao banheiro, nos lavamos de novo e voltamos para a cama. Eu, por não ter gozado, tinha o meu tesão aceso. Deitado ao lado dele me pus a acariciar e apalpar sua piroca que logo se ergueu e em pouco tempo era um mastro de nervos, túrgido, apontando para o teto. Quando sentiu que estava no ponto, untou o pau e o meu cu com saliva e me perguntou em que posição eu gostaria de ser penetrado:

- Pelo tamanho e espessura de seu pau, eu disse, gostaria de ficar de lado com a bunda encostada no seu pau pra você meter devagar porque assim dói menos.

Ele concordou, eu levantei um pouco a perna e ele iniciou a penetração. O contato da cabeça do pau dele na entrada do meu cu foi altamente excitante. Aquele pau quentinho foi entrando aos poucos, produzindo alguma dor e muito prazer ao mesmo tempo. Quando ele estava todo dentro de mim, eu percebi que meu parceiro começou a fazer o vai e vem com dificuldade. A posição de lado não favorecia os movimentos que ele queria imprimir dentro do meu cu. Mudei de posição, fiquei de quatro, mas ele preferiu o “frango assado”, gostava de meter olhando no rosto do parceiro. Eu me virei, coloquei um travesseiro de baixo da bunda, ergui as pernas, ele entrou no meio delas, passou bastante saliva na minha entradinha, posicionou a cabeça e o pirocão deslizou cu adentro mais fácil do que antes, causando um prazer indizível, especialmente quando ele começou o vai e vem, bombando cada vez com mais rapidez, repetindo a cada estocada, olhando nos meus olhos:

- Ai, que cu delicioso que você tem, cara!... É o mais gostoso que eu já comi...

- E você, querido, tem o pau mais gostoso que já entrou no meu cuzinho... Ai, mete, querido, mete assim, gostoso!... Atola tudo, até o saco! - eu gritava no ardor do tesão.

Ele continuava metendo no meu cu com estocadas mais rápidas e vigorosas enquanto meu pau intumescido latejava encostado no estômago dele quando ele se debruçava sobre mim para lamber meus mamilos. De repente ele parou o vai e vem e eu senti seu pau pulsando dentro do meu cu. Seu rosto e suas mãos se crisparam; ele estava gozando dentro de mim e, no paroxismo do orgasmo, seus olhos se fecharam e sua boca se abriu num riso de pura satisfação, enquanto eu também gozava jorrando porra entre nossos corpos suados. Assim que ele retirou o cacete de dentro de mim, meu reto expulsou com força toda a porra que ele havia deixado lá dentro. Quando me levantei, meu cu ardia um pouco, mas a sensação de prazer ainda perdurava, gostosa e relaxante.

Quando estávamos nos enxugando, depois de novo banho, ela parou de repente e me perguntou espantado:

- Que horas são?

- 17 e 30, respondi...

- Caraca, já passou da hora, preciso pegar minha mulher e a filha no hospital, você me dá uma carona?... o hospital não é muito longe.

Durante a trajeto para o hospital, ele me contou que a filhinha dele estava hospitalizada com pneumonia, e já estava com alta marcada para as cinco da tarde. Eu perguntei a ele, se ele amava de fato a esposa e se não sentia remorso ou constrangimento de traí-la trepando com homens. Ele disse que às vezes sentia remorso, mas que o desejo de sexo anal era muito forte e a esposa jamais permitiu que ele a sodomizasse. Logo chegamos ao hospital e eu tive que estacionar longe da entrada. Antes de deixar o carro, ele pôs o número de seu celular num cartão, colocou no console do carro, deu-me um selinho demorado, acariciou meu rosto e disse:

- Cara, você é ótimo! Adorei! Quero mais... Se você topar me liga amanhã de manhã, ta?

Em seguida saiu do carro e correu ao encontro da esposa e da filha. No dia seguinte liguei e tivemos outro encontro à tarde, cheio de tesão, na mesma chácara. Conversamos muito e eu descobri que o meu parceiro era inteligente e tinha alguma cultura. Descobrimos que tínhamos afinidade em várias coisas, especialmente em literatura, culinária e música. Ele tocava flauta doce, seu sonho era tocar numa flauta transversal, mas a grana estava curta. No dia seguinte, tivemos nosso encontro de despedida. Minhas férias terminavam. Eu posso dizer que foi a mais completa das transas que eu pude ter com outro homem. Ele se comportou como se estivesse transando com quem realmente gosta. Prova disso, foi quando horas depois de nosso orgasmo, deitados lado a lado, novamente excitados, eu perguntei se ele deixaria que eu lhe comesse a bunda. Ele ficou algum tempo em silêncio depois respondeu:

- Olha, eu nunca dei meu cu a ninguém, te juro. Se tivesse dado eu diria, afinal isso não me deixaria menos homem do eu sou. Mas eu seu que você gosta e eu vou lhe dar esse gosto... Mas vai de vagar, ta?

Em seguida virou-se, ficou de quatro e me ofereceu a sua bunda. Eu ainda ponderei:

- Cara, você não é obrigado, se não quiser eu vou entender.

Ele disse:

- Não, eu quero lhe dar esse prazer, você merece.

Ele sofreu um pouco com a penetração, eu gozei, mas não me passou a impressão de que estivesse gostando. Logo depois fomos almoçar. Ele me presenteou com o livro de Milan Kundera “A Insustentável Leveza do Ser” e eu o presenteei com uma flauta transversal em metal dourado, num belo estojo de veludo, que adquiri em Ribeirão Preto, cidade vizinha. Quando ele abriu o estojo e viu a flauta me olhou com os olhos marejados, mas com indisfarçável alegria infantil:

- Cara, que legal!... Você não existe!... Não sei o que dizer, estou emocionado!...

- Não diga nada, seus olhos já me disseram. Sua alegria pra mim é um agradecimento. Aliás, nem precisa me agradecer, você me fez feliz esta semana inteira. Não vou te esquecer facilmente.

Quando entrei no carro, abri o livro e li a dedicatória simples, mas sincera: “Obrigado amigo pelos momentos de prazer que me proporcionou. Não sei se correspondi, mas juro que me esforcei”.

Juro, amigos leitores, que me empenharei ao máximo, para antecipar minhas próximas férias e vir matar a saudade que já começava a sentir antes mesmo de ganhar a estrada de volta pra casa.

Spartacus.

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Comentários

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Meu caro Galah, saudade de seus contos. O Anderógino é o hibridismo do binômio homem-mulher, ou mais simplesmente Bissexual. Adotei pra postar outro tipo de contos. NUNCA ME DESTE O PRAZER DE CONVERSAR COMIGO NO msn. EU GOSTARIA TANTO... O meu é toquerenus@hotmail.com. Me add, aí. Beijos.

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Estou contente de ler teus contos aqui neste site. Só não entendi o nome ANDERÓGINO.

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