MEU AMANTE ERA UM PADRE - 1ª PARTE

Um conto erótico de Modamix
Categoria: Homossexual
Contém 3409 palavras
Data: 13/12/2010 16:43:58

Agora, caminhando pela avenida, não consigo deixar de pensar e refletir sobre tudo aquilo que passou. Tantas alegrias, tantas conversas, tantas coisas descobertas, muitas mágoas e para quê? Tenho a impressão de que, se eu tivesse agido diferente, evitado tudo isso, a viagem, as entradas na internet, os telefonemas, os e-mails, acho que o resultado teria sido outro.

A vida é muito estranha, e é uma pena que o vigor físico não seja acompanhado pelo raciocínio lógico da experiência; corpo e mente têm pontos de partida diferentes, pois infelizmente se trata de carne, e Deus não possui isso.

Garoto, onde é que você está?

Estou aqui.

Eu sei que você está ai. Estou falando para você prestar mais atenção, vou começar novamente, vou ler tudo de novo.

Estou aqui, tentando estudar para a prova de filosofia, mas não consigo prestar atenção na matéria. O que será que está errado? Será que tenho algum problema? Não é possível. Já sou um cara adulto, tenho vinte e cinco anos e sou normal. De qualquer forma, estes pensamentos são meus, gosto de tê-los e ninguém vai saber. Será?

É difícil prestar atenção com estes pensamentos. Eu acho o Padre um senhor de idade já, lógico. O que mais me atraía nele talvez seria o fato de ele ter menos pêlos do que eu. E sua bunda parecia de criança com 3 anos.

Outro dia no meu quarto, após chegar do colégio, fiquei sentado diante do meu computador descansando um pouco do percurso que fiz da escola até em casa. Fazia isso com freqüência, até que um dia percebi que não conseguia deixar de olhar o meu diário e ler o que escrevi no ano passado. Acho que foi aí que comecei a disfarçar uma série de coisas na vida, tudo parecia sonho.

01 De Janeiro de 2004.

O ano já começou. Percebi que minha vida estava meio virada, resolvi consertá-la ou pelo menos, tentar consertar. Voltei estudar graças à Deus, e a amiga de uma outra amiga minha que conheci na Internet. Esta me deu um empurrão que foi só Deus para me animar.

O meu Natal de 2003 foi bom. O melhor de todos os que já tive. O reveillon foi ótimo também, um dos melhores que ocorreu em meus 24 anos de sobrevivência aqui na terra, contudo, o que fiz, algo me incomoda a consciência, pois não sei se o acontecimento diante dos olhos de Deus foi correto. Estou apenas temeroso, mas confio em Deus, acredito nEle e na bíblia, embora o que sinto, não sei se é arrependimento pelo ocorrido ou culpa, no entanto, resolvi fazer as indagações sem esperanças e encontrar respostas convencedoras para meu questionário que veio ao longo desse período me atrapalhar algumas vezes.

Pensando a quem recorrer, com quem falar, estava me sentindo livre, então imaginei que uma pessoa poderia me ajudar com algumas explicações, foi quando decidi procurar um amigo, para tirar algumas dúvidas.

Tenho aqui um amigo Padre, que me explicou sobre o arrependimento, e pelo que pude entender, o arrependimento significa afastar-me do mal e dispor-me decididamente a um novo começo. “Quando busquei entender sobre o sacramento da penitência, insisti no fato daquele pecado, não totalmente um pecado mas, uma culpa que havia dentro de mim”. O meu amigo, disse que, para isso eu teria que obter a firme vontade de reparar a minha culpa diante do Senhor. Falamos sobre confissão, ele explicou que nesse caso, era quando se tratava de algo pessoal dos pecados, falamos também novamente de sacramento, reconciliação e penitência. Tudo foi explicado.

Mesmo depois de tudo, fiquei a pensar se realmente o que cometi era um pecado, e porque estava me sentindo angustiado, agonizado, arrependido talvez, mas lembrei da santa Igreja católica, e de Deus. Pensei em confessar, pois a confissão individual é integral dos pecados graves, seguida da absolvição, permanece o único meio ordinário para a reconciliação com Deus e com a Igreja. Mesmo assim, pensei muito antes de levar isso ao confessionário, imaginar tudo isso sendo contado a um outro Padre, talvez até o Padre meu amigo, mas decidi não contar, acredito que ficaria um tanto horrorizado com a história, e no final das contas, ele iria apenas me mandar rezar tantos credos, pai-nossos e ave-marias dizendo por fim: “Eu, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, te absolvo dos teus pecados”.

Será que o pecado realmente seria absolvido? E eu estaria novamente liberto de tudo isso? Tentei imaginar algumas vezes o próprios Padres da minha diocese passando por tudo isso, como seria encarado ou como esconderia tão bem como foi feito comigo e com o Monsenhor. Procurei entender também como um pecador absorveria outro pecador de seus pecados se ele também erra e peca diante de Deus. Muitas coisas passaram em minha cabeça nos momentos que o impulso me dizia para confessar tudo aquilo, talvez eu não estaria desabafado ou liberto de tudo aquilo até porque me colocar diante da situação que já teria me imaginado várias vezes me constrangeria muito. Talvez, pode ser, quem sabe? Não sei, mesmo assim, resolvi desabafar para meu editor de textos, ele me ouve, não fofoca, não comenta com ninguém, ou melhor, falar para ele é como se fosse para eu mesmo, então foi quando sentado aqui comecei a imaginar tudo aquilo que passou, e os meus pensamentos começou a fazer com que todas as palavras descessem do meu cérebro e escorressem pelas pontas dos meus dedos sobre esse teclado, foi ai que resolvi confessar para o meu segundo cérebro o fim de um início.

Na verdade, foi em outubro de 2003 quando tudo começava, era logo no início do mês, dia 5, um Domingo parece, às 3 horas da manhã quando conheci um advogado na Internet de 52 anos, antes, ficávamos conversando altas horas da madrugada em uma sala de bate-papo do provedor UOL, esses chats de conversação. No início do ano, eu já tinha falado com ele antes, no mesmo lugar, e por ser eu um usuário bastante freqüente na rede e ter boa memória de fácil recordação, me lembrava de ter conversado com esse tal advogado na Internet. Isso foi percebido ao longo do nosso papo pelo chat, o momento em que ele me passou o e-mail, ao ler aquele endereço logo veio a lembrança em minha mente.

Pensei:

“Mas esse cara já falou comigo antes por aqui, e dizia ser professor”.

Bem, a coisa não parava por ai, embora eu não tenha dado muita importância ao fato, prestei mais atenção no seu papo que por sinal estava muito rico em termos teóricos porém, muito pobre em filosóficos. Então, conversa vai e vem, era hora de nos despedirmos daquele instante, momento em que trocaríamos nossos telefones e e-mails por aquele veículo de comunicação, o computador.

Eu não imaginava que um dia voltaríamos a nos ver na Internet, para não pensar como eu, resolvi dá a ele, aquele suposto professor, um e-mail diferente, recém-criado para meu uso. A partir daí, começamos a nos falar por telefone, conversávamos várias vezes nas noites quando eu chegava do trabalho, trocávamos sempre e-mails, ficamos papeando com muita freqüência via telefone e, ou e-mail, já que ele não possuía na época o programa MSN da HotMail.

Ótimo, após termos conversado muito, já chegava ao final de ano, e ele se preparando de qualquer jeito para vir até minha cidade me conhecer. Ficamos estudando locais, jeitos, mas depois de tudo, ele mesmo me disse que, se eu não fosse até lá ele viria atrás de mim, nem que fosse para dormir comigo uma noite apenas e voltar para a cidade dele no dia seguinte. Pois a carência por ter alguém e ser possuído por um outro homem era desejada mais do que tudo naqueles momentos de vida. Ele já não agüentava a solidão carnal e clamava para sua saída deste mundo dia e noite.

Logo aconteceu o imprevisto, pois tinha eu arranjado possibilidades de viajar, comuniquei o fato à ele, telefonei avisando que sairia da minha cidade determinado dia, e que chegaria até a cidade onde ele morava no dia seguinte, no horário previsto pela companhia de transporte existente em minha cidade. Ele ficou feliz ao saber da notícia ainda não confirmada por mim, mas informou que receberia minha visita sem nenhum problema. “Acabei indo conhecer o advogado que já não era professor”.

*(Sim, o professor que conheci na Internet em Janeiro, e que teria encontrado novamente na Internet em outubro do mesmo ano, momento este que me revelava ser advogado, não era nada disso, mas ficamos amigos.)*

Um dia antes da minha saída a cidade de destino, como sempre, pego o telefone, disco o número, o telefone toca, ele atende como sempre. Desta vez eu liguei para lhe informar que sairia de minha cidade amanhã as 8 da manhã e que chegaria na cidade dele no horário que a moça teria dito em que, o meu ônibus estaria lá. Conversamos muito e ele normalmente resolvera me surpreender antes que eu ficasse chocado com a história pessoalmente.

“Mas que história?”

Nos falamos bastante tempo ao telefone, parecia que já nos conhecíamos de outras épocas, e continuamos acertando minha ida até lá, conversamos muito e tudo para ele parecia normal, me receber, me apresentar para as pessoas, me apresentar para a cidade. Deu impressão que ele já tinha esse costume com outros porém, em meus pensamentos, ficava passando o tempo todo a preocupação de como agir diante de pessoas totalmente desconhecidas as quais eu seria apresentado de surpresa, por um outro desconhecido que nunca vi na vida, muito menos sabia da sua conduta diante da cidade a qual lhe enxergava de uma maneira a qual eu desconhecia totalmente algum ato seu por ali.

Até então não preocupei com o fato, já que não era conhecido naquela cidade para onde estaria migrando como visitante a convite dele, porém eu sabia que tudo aquilo não passaria de uma aventura.

Bem, isso para ele não importava, ele queria me conhecer, já que me vira através de fotografias enviadas à ele em determinados dias anteriores. No entanto, antes de finalizar a ligação, eu ainda questionei-o pela questão que me surpreenderia caso eu soubesse pessoalmente ao descer no terminal rodoviário onde me encontraria com ele. Em tempos, ele ficou mudo ao telefone uns 10 segundos, e por fim me disse com todas as letras e explicações, me informando que teria pensando muito antes de o fazer.

Olha, eu sei que você é um garoto inteligente, sei que tem um ótimo preparo psicológico, sei também que talvez o que eu tenha para te dizer possa te deixar frustrado ou constrangido mas, queria deixar bem claro que, eu gostaria apenas de ter sua amizade, ser seu amigo, te ver perto de mim, sentir sua presença, nada mais. E se realmente você quiser vir depois que eu te disser este segredo, eu ficaria muito feliz em receber você, será muito bem-vindo, acredito que não se arrependerá. Pensei muito, rezei demais antes de dizer isso à você e espero que nada mude depois que você ouvir o que eu irei falar contigo.

Novamente, eu curioso e nervoso, sem aparentar, indaguei-o o motivo de tanta surpresa, já que nada teria acontecido ainda.

Então ele disse:

Eu moro só, em uma comunidade com pouco menos de 50 mil habitantes onde sou muito respeitado pelas pessoas, todos me adoram e realmente sou muito querido, porém, sua visita aqui me deixaria muito mais alegre. O fato de vir me conhecer não implica no que venha acontecer entre nós, mas, queria que você soubesse antes de vir que não quero ser desonesto com você ou mentiroso mas, esse advogado que você conheceu na Internet, eu, o cara que vem falando com você à alguns dias, e que simpatizou muito com você, não é um advogado, esse é o segredo que eu tinha para te revelar.

Eu mais nervoso ainda, perguntei:

Mas se não és um advogado, que diabos é você então, para fazer tanto mistério?

Então ele respondeu de maneira fria e passional:

Eu sou um PADRE.

Monsenhor, sou Chanceler do Bispado e Juiz Auditor da Câmara Eclesiástica da Diocese aqui. Já exerci outras importantes atividades na Diocese. Já fui Vigário Geral, a primeira pessoa depois do Bispo, Coordenador de Pastoral, Diretor Espiritual de Casais no Movimento Encontro de Casais com Cristo. Já trabalhei na Pastoral de Juventude, na Pastoral Vocacional. Coordenei o Ensino Religioso Escolar na Diocese, fiz parte integrante da Comissão Regional em Belo Horizonte. Já fui Secretário Municipal de Educação daqui onde moro, como também lá na cidade onde eu nasci. Fui Secretário particular de 3 bispos que passaram por aqui. Sempre residi na Residência Episcopal. Já fiz parte do Conselho Presbiteral e do Colégio dos Consultores da Diocese. Já fui Reitor do Seminário Menor e do Seminário Maior. Por isso sou uma pessoa muito respeitada na cidade e na diocese. Procuro manter uma íntegra reputação. Sou muito discreto, reservado, amigo e companheiro. Hoje estou só na Cúria como Chanceler do Bispado e Juiz Auditor da Câmara Eclesiástica. Resido na Casa do Bispo. Como estamos sem Bispo desde agosto de 2002, estou morando sozinho. Espero que esta revelação não venha te decepcionar, te escandalizar e atrapalhar a nossa amizade, o nosso relacionamento. Não sei qual a sua religião, mas se não tem uma, isso para mim também não importa, todos nós temos nossos gostos e este é o meu.

A princípio a notícia me abalou temporariamente, eu meio gago ao telefone, questionei os motivos de tudo para tanto, e novamente ele veio com respostas não justas mas, convencedoras, já que aquelas sempre foram as desculpas dadas por todos eles que juram não quebrar o voto de castidade se fazem sexo com o mesmo gênero.

Bom, por ser um Padre, isso não me faz de santo, ou que devo agir como um anjo. Pois infelizmente tenho carne, tenho minhas fantasias e desejos. Portanto a carne é fraca e os seus desejos são muitos, e isso me incomoda muito, a ponto de usar estes métodos para conhecer as pessoas, o computador, a Internet, as salas de bate-papo onde tenho minhas oportunidades mais discretas, longe dos olhos alheios e bisbilhoteiro da sociedade. Depois, eu fiz voto de não me casar e fazer sexo com mulher, lá não dizia que eu não podia fazer sexo ou gostar de um outro homem.

Quando foi questionado novamente por mim, qual o motivo desse desacato ao celibato, já que era uma obrigação, ele disse que não se tratava de desrespeito, pois como já havia me dito, a carne era fraca e infelizmente ele possuía 80 quilos. Portanto, o seu comportamento diante de Deus ou da igreja era para com a igreja, o que ele fazia da sua vida pessoal era uma coisa íntima, e que ele não devia satisfação desses acontecimentos para a igreja católica, muito menos para a sociedade.

Fiquei horrorizado ao saber e ouvir essas explicações contudo, menos transtornado ao tentar entender porque um ser humano teria coragem de trair seu próprio Deus. O nosso Deus. Lembrei-me do Judas.

Explicava-me que, com muita freqüência ele pedia à Deus perdão pelos seus pecados, no entanto estava sempre voltando a praticar o mesmo ato diante da presença do Senhor. Mas tinha fé que ele se converteria. Então labiavelmente fui incentivado a tomar coragem e ir de encontro com, digamos: *O PECADO*, que me esperava a 8 horas da minha cidade.

Dentro de mim, a sensação e o pensamento de como seria, esse ato de experimentar um ser proibido, mas depois, tomei conhecimentos de vários acontecimentos semelhantes, e que não se julgavam tão proibidos já que isso sempre ocorria como hoje nos estados do RJ, GO, DF, SP, MG, ES, BA e SC.

Segundo pesquisas que fiz na grande rede, um autor desconhecido, foi impedido de publicar seu livro o qual portava o título de: *Os Anjos da Batina Negra*. No livro havia capítulos em que abordavam pedofilias cometidas por Padres nos estados unidos, casos gays e homossexuais que aconteceram e acontecem com bastante freqüência.

Julga-se o autor que, na igreja católica, dentro da sociedade sacerdotal e, ou mesmo até nos próprios seminários, isso ocorre, porém essas atitudes são camufladas, escondidas as vezes pelos próprios bispos para que a imagem católica da igreja não seja sujada ou passada para segundo planto diante dos olhos de bilhões dos fiéis. No livro também o autor comentava com muita convicção que, de 100%, 92% dos Padres eram homossexuais gays, 5% Padres héteros praticantes de sexo e somente 3% dessa raça viviam de acordo com a bíblia, como manda a palavra de Deus nas determinações vindas da Igreja constituídas por suas ordens e obrigações. O que não se entende por OPÇÃO e sim, por seguimentos que deveriam ser exercidos com muito rigor.

Em observação, notava-se mais de 347 Padres americanos que desistiam de suas batinas após as publicações de jornais locais, os quais traziam em suas matérias casos reais de pedofilias e assassinatos. Tiveram medo de como seriam vistos pela sociedade, abandonando assim um mal visto por todos.

Lendo tudo enviado por um amigo, achei muito difícil o fato não ser verdade devido o relato do autor e ao passado em que, cada leitor poderia ver estampado na frente do livro a vida que ele, após perceber toda a sujeira que havia por trás da grande igreja católica, abandonou a sua batina e foi viver em um mundo livre onde poderia se casar com uma mulher e ter sua vida longe de mentiras que simulam a verdade.

Este ficou indignado com a vida e carrega em mente que a igreja católica, deve-se limpar primeiro, antes de tentar limpar as sujeiras da sociedade. Vale o ditado: “Um sujo não limpa outro sujo! Somente os Limpos fazem os sujos serem puros de coração”.

Com tudo isso, eu comentava com o Padre e ele abertamente dizia que era a maneira de pensar das outras pessoas, mas que absurdamente as pessoas tentavam denegrir a imagem de uma nação dominante. Bem, já um outro Padre me revelou também que, isso sempre ocorreu dentro das igrejas e seminários mas que hoje a coisa estava tão perturbante que nem a própria igreja estaria conseguindo esconder da sociedade a verdadeira face dos Padres Brasileiros.

Ele não era um advogado, nem professor, mas sim um Padre.

Fiquei pensando nisso, meu silêncio o fez imaginar que eu estaria escandalizado, após tantos estudos e comentários feitos em meus telefonemas durante um só dia. Mas não, fui de encontro com ele! Comprei minha passagem, arrumei as minhas bolsas. Na noite antes do dia seguinte, meu melhor amigo me liga, me convida para sair, ir à uma festa de 15 anos, era a sobrinha dele. Expliquei-o que no outro dia eu viajaria e não poderia me alcoolizar, ele concordou mas, eu acabei bebendo. Pouco mas bebi.

O telefone toca, era ele, o meu amigo:

Olá, vamos sair hoje?

Não sei, amanhã preciso viajar cedo, não posso beber.

Besteira, é aniversário de minha sobrinha, eu disse que iria com você, acho que a Kiki não gostaria de lhe ver ausente, hum?.

Mas se eu for, acabarei bebendo e preciso viajar amanhã cedo.

Vamos, não beba, eu o deixo na rodoviária pela amanhã, viramos a noite na festa! Vai ter muitas pessoas, estará lotada, vamos?.

Ok! Iremos, mas não vou beber, viajo as 8.

Certo, me aguarde, já te apanho ai.

Combinado.

Até mais.

Até.

Ficamos nessa festa até as 6 da manhã, apesar da nossa pretensão que seria virar a noite, não agüentávamos mais e fomos para casa. Quando chegamos, ele deitou-se um pouco enquanto eu usava o computador para navegar na Internet. Dando a hora, ele levantou e prontificou-se a me levar até a rodoviária. Eu meio tonto mas de pé, e ele quase morrendo de sono, dirigiu 3 km até o terminal onde eu embarcaria às 8 da manhã e seguiria destino a cidade onde me esperava o Padre. O ônibus chega, antes de entrar, disperso do meu melhor amigo lhe desejando Feliz Natal e Ano Novo, já que voltaria só no ano seguinte, em 2004. Apesar de estar viajando praticamente no início do mês de dezembro, cheguei a ligar para todas as pessoas que conhecia em minha cidade, telefonei nas respectivas datas desejando todos pela passagem do Natal e do Ano novo.

O ônibus sai, pelo lado de dentro me despeço da cidade como se não fosse voltar nunca mais. Essa foi minha vontade.

CONTINUA....

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