Meu Amigo me Amava - Capítulo 92

Um conto erótico de Multiplosex
Categoria: Homossexual
Contém 4546 palavras
Data: 25/09/2010 23:24:09

Meu Amigo me Amava – Capítulo 92

Fortes Emoções – Reta Final

As atitudes marcam mais do que palavras, isso é um fato. Quantas vezes já falamos coisas sem sentido, ofendemos e tal, mas com o tempo essas palavras que nos machucam passam, evapora com o tempo. Agora uma atitude diz muito, ensina muito, marcam muito. O Estevão disse palavras pesadas para o Jhonny, na verdade sempre, no intuito de ofender, de machucar mesmo, ferir, porém, num ato de loucura, de desespero o Jhonny aperta o gatilho da arma, não pensou, agiu por impulso. Na hora eu ouço o barulho do gatilho e tudo se escurece na minha frente, um horror, não acredito no que estava acontecendo ali, na minha frente. Eu fecho os olhos, na verdade tudo fica escuro na minha frente, me dá uma forte dor de cabeça, até que abro meus olhos e vejo o Jhonny trêmulo com a arma em cima da cama, nem olho pro Estevão, não o vejo, não tenho coragem.

Breno - O que você fez Jhonny, que loucura cara.

Me ajoelho e seguro as mãos do Jhonny sentado na cama, tremulo, com os olhos arregalados, suando muito de nervoso.

Breno - E agora, e agora Jhonny.

O Jhonny me mostra a arma, é uma pistola automática preta, calibre 32 talvez, até que vejo que embaixo está sem o pente com as balas.

Jhonny - Relaxa cara, por sorte minha ou azar o meu pai guardou a arma sem as balas.

Na hora me sinto aliviado, nem sei bem se esta é a palavra, a arma estava em munição, não tinha balas, mas não vejo o Estevão, até que me levanto e o vejo deitado no chão, talvez assim como eu ele pensasse que estivesse morto mesmo, não sei bem se foi a tensão do momento ou o barulho produzido pela arma que reproduziu um som tão impactante, que de verdade eu pensei que tivesse sido um tiro, e certeiro em direção ao Estevão. Me levantei e vou em sua direção, o vejo ali de olhos fechados como se realmente tivesse morto, até que não agüento e olho para sua calça, social toda mijada. Dou uns tapas na sua cara e ele desperta.

Estevão - Estou morto.

Breno - Não seu desgraçado, você infelizmente não está morto, não foi desta vez, você só está mijado, covarde, tão durão, tão forte e uma franguinha, e mijada ainda por cima.

Estevão - Eu...Eu estou vivo.

Jhonny - Pra sua sorte sim, agora sai daqui Estevão, sai ou não duvide eu desço até a cozinha, pego uma faca e por Deus desgraçado, eu te furo, te furo como se faz com porcos animal e te deixo na rua estrebuchando até a morte.

Breno - Jhonny cala a boca, merda.

Jhonny - Que isso cara!

Breno - Isso mesmo, cara tu tem noção da gravidade da coisa que você estava por fazer. Cara tu iria acabar com sua vida, e em vão. Matar não resolve nada cara, não iria resolver seu problema, pelo contrário, iria prejudicar. Jhonny cara o que está acontecendo com você, tu só vem fazendo cagadas cara, esse não é o Jhonny que eu conheço, não é.

Estevão - Começou o viadinho consciente a dar uma de psicólogo, terapeuta, analista, seu que diabos mais.

Me irrito, vou em direção ao Estevão, o pego pela camisa e saio puxando-o pelos corredores e casa do Jhonny.

Breno - Sai daqui infeliz, vaza daqui.

Estevão - Você está me machucando, solta minha camisa cara, está me machucando.

Breno - Eu nem comecei a te machucar cara, nem comecei. Agora saia daqui, saia.

Desço as escadas da casa do Jhonny com o Estevão sendo segurado pelo colarinho da camisa, todo mijado e o Jhonny atrás.

Breno - Não agüento mais você, suas piadinhas sem graça, esse seu jeitinho irritante de sempre querer ferir, machucar as pessoas. Tu deveria agradecer a vida que tem cara, até um filho, um presente de Deus você foi contemplado e mesmo assim não muda, não procura melhorar, deixa de ser burro animal.

Estevão - Isso te incomoda não é, que eu tenho tudo, um bom emprego, uma família, um filho, dinheiro, tudo Breno e você, o que você tem, já parou pra pensar na sua vida Breno, na vida de vocês dois seus merdas. Filhos vocês nunca terão, olha que ironia, são gays, homem com homem não tem como nascer neném, homem com homem meu amor dá lobisomem, lobisomem. Ah desculpe, o Jhonny mudou de ideia, quer mostrar ao sei pra quem que é homem, logo agora que todos sabem que aí dentro dele existe uma mocinha, uma donzela do século XIX que no fundo deseja ser amado, só isso que ele quer, ser amado. Chega ser engraçado, um homem desse tamanho, com o corpo que tem, e olha que conheço bem esse corpinho, pedaço por pedaço, fui abençoado até nisso, peguei esse corpinho inocente, virgenzinho, puro feito um anjo.

Jhonny - Eu te odeio.

Estevão - Odeia nada, me ama isso sim. Vivia repetindo isso. Tu me ama cara e não suporta isso, é mais forte do que você. Tu não suporta a ideia de ter me largado por bobeiras.

Jhonny - Bobeiras Estevão, o que você acha cara, eu tinha 19 para 20 anos, e descubro que o cara que dizia que me amava era um corrupto, um advogado que desfalcava dinheiro publico, defendia bandidos, envolvido até em assassinato.

Breno - Que história é essa Jhonny?

Jhonny - Isso mesmo houve uma morte lá em Cabo Frio, de um rapaz de 18 anos nas dunas, morreu asfixiado lá, e até hoje não se sabe ao certo o que aconteceu, e meus amigos juravam que viu aquele rapaz saindo do Barril, aquele bar Breno que fomos.

Breno - Eu lembro bem Jhonny, até das dunas, aqueles montes de areia na frente do bar, você me levou lá.

Jhonny - Sim Breno, e dizem que foi você cara, que foi o Estevão quem matou esse rapaz, pois o viram saindo juntos.

Breno - Meu Deus, por que você nunca me contou essa história cara?

Jhonny - Por medo, medo cara.

Estevão - Fecha sua boca de merda muleke, não fale aquilo que você não sabe, cala a boca.

Jhonny - Eu mesmo com medo, mesmo não acreditando muito nessas coisas eu terminei, não quis, mas ele Breno começa a me ameaçar, ninguém sabia, ninguém, ele me dizia que iria contar a todo mundo, eu não tenho escolha a não ser.

Breno - Essa parte da história eu já sei. Agora Jhonny entendo aquele medo quando você viu o Estevão no hospital, eu vi pavor nos seus olhos, agora tudo faz sentindo.

Me viro para o Estevão.

Breno - Assassinato cara, assassinato.

Estevão - Isso é invenção daqueles amiguinhos do Jhonny de Cabo Frio, não foi provado nada, o inquérito arquivado, isso é invenção cara.

Breno - Claro que o processo seria arquivado cara, a justiça neste país funciona para quem tem dinheiro, você é um advogado, um homem de contatos de peso em Cabo Frio, sem sombra de duvidas esse jovem que você matou.

Estevão se irrita quando eu digo isso e tenta me enforcar, segura com força minha garganta.

Breno - Vai, aperta cara, mas mata beleza, incluiu em sua lista mais um assassinato, porém aqui você se complicará ainda mais, tem testemunha, teria que matar mais um, e aqui tem vizinhos, é um bairro movimentado, não tão escuro e isolado como as dunas. Sabia que tinha algo mais podre ainda em você seu psicopata, doente. Tire suas mãos de mim seu merda, seu nada, está me sujando com seu mijo.

Dou uma joelhada certeira nos ovos do Estevão, ele não agüenta e cai no chão. Aproveito e lhe dou um chute na boca do estomago.

Breno - Eu não tenho medo de você, acho que já sabe disso. Olha aqui Estevão basta, eu estou cansado de você, e tu pode ter certeza, nem que eu tenha que trancar minha faculdade agora que estou terminando, nem que eu tenha que sair do meu serviço, ir a Cabo Frio, cara irei atrás dos familiares deste jovem, farei de tudo, tudo mesmo e esse processo será reaberto, teu lugar é atrás das grades animal, atrás das grandes assassino nojento, assassino imundo!

Estevão - Eu não matei ninguém, eu já disse desgraçado.

Breno - Sai daqui, sai!

Puxo o Estevão e o coloco na rua, puxo pelo quintal até o portão e o bato com força. Exata tremendo de raiva e medo também, Estevão um assassino, isso seria demais.

Jhonny - Desculpas Breno, perdão por nunca ter tido coragem de te contar essa parte da história.

Breno - Tudo bem, calma cara.

Abraço o Jhonny, ele tremia muito ainda, nos tremíamos na verdade, entro na casa do Jhonny e vamos arrumando toda a bagunça que a confusão causou. Nisso vamos até o quarto dos pais do Jhonny arrumamos tudo, até que já cansados vamos para o quarto do Jhonny que decide ir tomar um banho, fico ali na cama sentado e olhando seu quarto, todos os seus brinquedos ainda guardados, tinha uma estante com eles, seus jogos not book, até que observo um quadro que até então nunca tinha observado, vejo um quadro do Jhonny, devia ter uns 4 para 5 anos, sorrindo, numa moldura bem bonita no quarto, fico ali vendo aquele quadro, aqueles olhos, aquela carinha de criança que pouco mudou, até que vejo saindo entrando pelo quarto enrolado na toalha o Jhonny, com o corpo ainda molhado, aquele peitoral peludo, cabelos molhados, aquelas pernas, ele mexe o cabelo, o vendo daquele jeito mil coisas passam pela minha cabeça.

Jhonny - O que foi?

Breno - Não... Nada.

Jhonny - Obrigado mais uma vez, se não fosse você iria ouvir todas da minha mãe ou ter que arrumar sozinho.

Breno - Jhonny vou nessa, amanha tenho trabalho, faculdade, você sabe. E D. Nuancy foi pra onde?

Jhonny - Minha mãe saiu com meu pai e minha irmã, foram visitar um colega do meu pai, acabou de sair de uma operação, não sei bem.

Breno - Se cuida, eu vou tomar um banho, dormir.

Jhonny se senta ao meu lado, decido levantar para sair, ele me puxa, praticamente caio em cima dele e fico ali cara a cara com aquele corpo molhado, apenas coberto por uma toalha, com minha barriga sinto seu pau , no meio das suas pernas já endurecendo.

Breno - Para com isso cara.

Jhonny - Por que estamos fazendo isso com a gente cara, por que.

Breno - Por que tem que ser assim.

Jhonny - Estamos nos afastando cara, éramos tão próximos, por que?

Breno - A vida é feita de escolhas, fizemos as nossas cara, agora cabe cada um seguir o seu rumo e agüentar as conseqüências das suas escolhas.

Jhonny - Beleza então.

Mesmo contra a minha vontade, pois meu corpo queria mesmo fazer um louco sexo com o Jhonny ali, cheirando a sabonete, todo molhadinho, me levanto e saio ainda meio atordoado com tudo o que aconteceu. Chego em casa e vejo minha mãe na sala vendo televisão e o Rick quase dormindo no sofá.

Zilda - Meu filho você nem vai querer jantar né? Se quiser tem macarrão com carne moída só por no forno você quer meu filho.

Breno - Não mãe, estou cheio. Vou tomar um banho e dormir.

Zilda - Filho gostei muito desse seu novo amigo, mas me conta uma coisa aqui, a mãe dele está mesmo com câncer.

Breno - Sim mãe, ela está muito doente, não sei bem, parece que a mãe do Robertinho precisa de um transplante de sangue.

Zilda - Transplante de sangue não existe meu filho, talvez de medula não sei.

Breno - Não sei bem mãe, deve ser. Fui no hospital, a vi num estado deprimente, é muito triste mãe.

Zilda - Há muitas coisas nessa vida meu filho que nós as mães talvez de uma forma equivocada, agindo como uma leoa proibimos nosso filhos de saber, mas não adianta por que não devemos criar nossos filhos pra gente, e sim pra vida.

Breno - Mãe eu vou tomar um banho, boa noite.

Zilda - Boa noite.

Vou pro quarto separo a roupa e vou pro banheiro, tomo um banho e debaixo do chuveiro fico pensando nas palavras do Jhonny, Estevão um assassino, um jovem morreu por estrangulamento, asfixiado e o Estevão é um principal suspeito. Saio do banheiro e vejo uma mensagem no celular do Pedro, escrito “Saudades meu gostoso P.” Dou uma risada e decido ligar pra ele.

Breno - (celular) Fala aí.

Pedro - (celular) Nossa só isso, fala aí.

Breno - (celular) Como você está cara, curtindo muito as férias?

Pedro - (celular) Dormindo pra muito leke, muito bem. Hoje passei o dia com minha filha, fomos a praia, lanchamos no shopping.

Breno - (celular) Que legal, deu até uma inveja agora sabia?

Pedro - (celular) Sentindo sua falta, mas está sempre ocupado, facul, trabalho. E no fim de semana, vai vir me visitar, estou com saudades desse seu corpinho sabia, estou carente agora?

Breno - (celular) Pedro precisamos ter uma conversa séria cara.

Pedro - (celular) O que foi agora leke?

Breno - (celular) Cara a Luciana me procurou, tivemos uma conversa.../

Pedro - (celular) O que? Pra que ela te procurou cara?

Breno - (celular) Isso não é conversa pra ser tida por telefone, boa noite.

Pedro - (celular) Calma aí leke, o que ela disse.

Percebo uma mudança de humor no Pedro, decido desligar o telefone.

Breno - (celular) Depois conversamos.

Desligo o celular, deito na cama e as palavras da Luciana não saem da minha cabeça “quero salvar meu casamento, eu amo o Pedro”. Acabo dormindo, acordo com uma forte dor de cabeça, tomo um banho café e saio para trabalhar, lembro-me no ônibus que não tinha aulas, não tendo mais como voltar para casa levo a mochila assim mesmo. Chegando ao serviço vejo a Alessandra animadíssima.

Alessandra - Gentem olha aqui, quero todos vocês vai ser no próximo sábado na casa dos meus pais, a festinha do meu noivado com meu gatinho.

Kátia - Alessandra fazer convite para festa de noivado, para que isso?

Alessandra - Meu amor, é por que não chegou sábado ainda. Kátia minha amiga eu e meu irmão preparamos uma fetança daquela, meu pai está com os cabelinhos coitado todos brancos. Meu noivado nem, não admitiria ter menos do que o melhor nesta noite.

Kátia - Alessandra e da onde você arrumou tanto dinheiro?

Alessandra - Querida pobre quando quer consegue até ir a Paris e de primeira classe. Nem, fiz vaquinha, pedi dinheiro ao meu pai, meu irmão, parentes, me endividei ainda mais no cartão de crédito,fiz pagamentos com cheques pra ser depositados daqui há 60 dias, essas coisas meu amor, não importa, nem que fique devendo até o final de 2015 mas quero uma festa de noivado de princesa, de princesa.

Kátia - Você é louca.

Alessandra - Breninho meu padrinho mais amado, sua presença é fundamental, afinal de contas eu não me canso de dizer, você que levou aquele presente para mim e serei eternamente grata.

Alessandra não tem ideia do quanto ela me irritava todas as vezes que me dizia isso, o quanto a minha decisão de ter levado o Jhonny àquela festa me tremia os nervos.

Breno - Claro Alessandra eu irei sem falta.

Alessandra - Chamei todos os meus amigos, os do Jhonny, até os colegas dele de Cabo Frio virão. Vai ser lindo, lindo demais, tudo gente, tudo.

Chega o Mauricio com o Alan, abrem o escritório e começamos a trabalhar, o Alan sempre muito profissional e calado do jeito dele, já estava me acostumando com a maneira como ele trabalhava e agia, sentia que era mesmo a personalidade dele, totalmente diferente do jeito do Pedro mesmo assim aprendia tudo facilmente.

Alan - Breno depois você dá uma revisão nessa planilha do escritório dos advogados S.A, não sei mais as contas não andam batendo, já tentei duas vezes e o valor final é sempre inferior aos outros meses, não sei onde estou errando.

Breno - Manda o link com os balanços mensais pro meu e-mail Allan e me dá sua planilha aqui, estranho por que esses balanços mensais sempre seguiam um mesmo faturamento, quando havia os aumentos eles enviavam a parte, e são nossos clientes há anos, desde que comecei a trabalhar aqui.

Alan - Talvez eu deva ter calculado errado mesmo não sei.

Breno - Estranho Alan, mas nesses dias que você está aqui não errou uma planilha, vai errar logo nesta.

Alan envia o link pro meu e-mail e vou refazendo as contas, que realmente não batiam, até que entrando no site do escritório de advocacia vejo que um dos associados é o Estevão Barreto Miranda, o mesmo Estevão da briga de ontem, quase não acredito no que estava vendo, entro na sala do Mauricio.

Breno - Mauricio o balanço final do Escritório de Advocacia S.A do centro do Rio não está batendo cara, o engraçado é que as planilhas nunca fugiam, seguiam um orçamento final quase sempre fixo com poucas oscilações, e agora está bem abaixo do normal, acho que tem algum problema.

Mauricio - Quem mandou vocês mexerem no balanço mensal desse escritório.

Breno - Não fui eu e sim o Alan que estava calculando a planilha deste mês, mas Mauricio esse é nosso trabalho, temos que fazer isso afinal esse escritório é nosso cliente, nos pagam para isso certo?

Mauricio - Eu avisei a incompetente da Kátia que o esse escritório não, que esse deve ser feito por mim, deve vir pra minha mesa.

Mauricio sai furioso da sala, vou atrás dele.

Mauricio - Kátia sua imbecil, por que as planilhas do escritório de Advocacia S.A está sendo faturado pelo estagiário, eu não te falei que tudo que correspondesse a esse escritório que fosse diretamente encaminhado para a minha sala, que seria analisado por mim.

Kátia - Desculpe Mauricio, talvez na hora eu confundi, deixei a pasta por aqui, eu sei bem que esse cliente você faz questão de resolver todas as pendências mas.

Mauricio - Mas o que Kátia, e mas o que? Se você parasse de ficar tão antenada nas fofoquinhas deste escritório, se focasse mais no seu serviço talvez isso não tivesse acontecido, talvez tantas e tantas coisas erradas que você anda fazendo aqui sua incompetente não acontecesse, depois você vem aqui solicitar junto a matriz, ao seu Nestor um aumento de salário, aumento pra que se nem fazer bem o seu serviço você é capaz de fazer.

Breno - Também não precisa falar assim Mauricio, ofender a Kátia desse jeito.

Mauricio - E você não se mete Breno, não se mete por que não é com você. Agora acabou o show e todos ao trabalho, tem morcegos demais aqui já.

Mauricio entra em sua sala e bate a porta furioso, não agüento calado e entro.

Breno - Estevão Barreto Miranda.

Mauricio - Do que você está falando?

Breno - Estevão Barreto Miranda, um dos sócios desse escritório, seu amiguinho do chopp na Lapa. Não pense que esqueci. Qual a tramóia Mauricio, qual a falcatrua dessa vez, que você é um expert em desviar verbas, emitir notas frias, fazer cálculos fraudulentos eu já sei, agora que tu participa de uma quadrilha junto com esse bandido já é demais você não acha?

Mauricio - Olha o que fala Breno, quer levar mais uma advertência.

Breno - Vamos ver o que seu Nestor vai achar de receber essa planilha lá na Matriz, você pode me dar mais uma advertência por desrespeito ao meu chefe, mas você sairá perdendo, sairá daqui com uma justa causa seu ladrão, justa causa.

Mauricio me olha furioso, saio da sala e me sento ao computador.

Alan - O que foi isso Breno?

Breno - Sujeirada Alan, sujeirada.

Alan me olha, fico furioso, logo dá a hora do almoço, vamos para o restaurante, almoçamos, volto para o escritório e vejo o Alan ao telefone, ao me ver ele disfarça o assunto, desliga, nem dou muita importância e vou dormir. Durante a tarde o Mauricio depois da discussão nem aparece. Dá cinco horas decido pegar um buzão e ir pra casa, ainda mais levando a mochila, material da faculdade que nem precisava, andava tão louco que esqueci até que as sextas feiras não tenho aula. Até que recebo um torpedo do Robertinho no ponto. “Estou te esperando aqui em casa”. Aproveito e ligo pra ele.

Breno - (celular) Cara já estava indo pra casa.

Robertinho -(celular) Estou te esperando show.

Breno - (celular) Cara como vou até aí.

Robertinho - (celular) De ônibus animal.

Breno -(celular) Eu sei, mas.

Robertinho - (celular) Anota aí o endereço.

Anoto o endereço pego um buzão pra Barra da Tijuca, zona Sul do Rio de Janeiro e vou. Chegando lá fico meio boquiaberto com as casas, só carrões pelas ruas, totalmente diferente do bairro em que moro. Chego até o numero 113, aperto o interfone e quem abre o portão todo sorridente e bem a vontade de camiseta, descalço e bermudas? O Robertinho todo sorridente.

Robertinho - E aí, algum bichos de sete cabeças chegar a minha casa.

Breno - Não cara é que nunca andei pela Barra só por isso.

Robertinho - Pronto chegou, entra aí.

Quando entro pelo portão nem acredito no que meus olhos vêem, a casa mais linda que já vi na minha vida, coisa de novela mesmo, um jardim imenso, muitas planas, flores, grama verdinha, uma piscina enorme, a casa dos sonhos, o Robertinho deve até ter me achado um babaca, mas realmente de abrir a boca, a casa branca, imensa, devia ter uns três andares não são. Ele me leva até a piscina, estava o rádio ligado algumas latinhas de cerveja e queijo no pratinho.

Robertinho - Senta aí.

Breno - Nossa cara que casa linda, e você ontem lá em casa comendo bolo, bebendo café, fico até com vergonha.

Robertinho - Para de palhaçada mané. Quer cerveja. Ah esqueci que você não bebe. Vou lá dentro pegar um refri pra você.

Breno - Não cara não precisa na boa, estou bem aqui.

Robertinho - Comer você quer né? Come aí queijo muito bom.

Aceito nem por vontade, mas para não irritar o Robertinho, se não ele começaria a me encher.

Breno - Em plena sexta feira, todo mundo trabalhando e você aqui nessa vidinha de patrão.

Robertinho - Cara fazer o que? Bem que queria trabalhar sei lah, mas não sei fazer nada que preste.

Breno - Que casa bonita cara, que jardim.

Robertinho - Minha mãe que cuidava dele, ainda bem que tem seu Francisco que vem duas vezes pro semana aqui cuidar dele, já se aposentou mesmo assim trabalha, faz por que gosta. Bom vamos entrar vou tomar um banho.

Breno - Cara não posso demorar, só vim mesmo pra você não ficar me enchendo o saco.

Robertinho - Caralho! Deixa de ser chato porra, vem, entra aí.

Quando entro na casa, nossa, que casa, que moveis, tudo muito elegante, nada haver com a maneira como o Robertinho estava vestido, todo largado, descalço, camiseta, subimos as escadas até que entramos em seu quarto, fiquei até com vergonha do meu, todo humilde, vendo aquele com computador última geração, som, televisão de plasma, acho que umas 56 polegadas, home tiweter, até banheiro dentro do quarto ele tinha.

Breno - Nossa que isso.

Robertinho - Senta aí, tem uns CDs vê se gosta de algum ou fica aí no PC, vou tomar um banho.

Robertinho não sei se foi para me provocar ou por ser o jeito dele mesmo, tira a roupa na minha frente, tira a camiseta, a bermuda e a cueca abre o guarda roupas separa umas roupas, pega a toalha a entra, fico ali de pé vendo aquele corpinho magro mas bem gostosinho até, bundinha com marca de sunga, ele é magro mas tem um corpo maneiro, abdômen até que definido, e aquele fio de cabelinho que começa no peitoral e vai até lá nos pentelhos, aquele dos sacos e um pinto mole no meio.

Breno - Só por que disse que sou gay você agora vai querer me provocar, ficando pelado na minha frente, aí babaca não faz meu tipo valeu.

Robertinho - Vai tomar no olho do seu cú otário, estou na minha casa, sempre vou pro banheiro pelado. E mais curto buceta já te falei, não achei meu pau no lixo pra enfiar em cú fedido.

Breno - Beleza, vou nessa então.

Robertinho - Para de palhaçada. Já volto.

Ele sorri e entra no banheiro, fico observando seu quarto, vejo na mesa do computador a foto com sua mãe saudável, os dois abraçados, depois vejo o Robertinho com os irmãos, uma mulher muito bonita e sorridente e o irmao do Robertinho meio que parecido com ele mas barbudo e com cara de sério, todo arrumado. Me sento na cama e não mexo em nada, fico até sem graça, ele sai do banheiro vestido enxugando os cabelos e se senta.

Robertinho - Relaxa cara fica a vontade.

Breno - Pow estranho a gente vir assim numa casa a primeira vez, e ficar a vontade, logo na sua casa cara completamente diferente da minha realidade.

Robertinho - Deixa de bobeira meu velho, Curte algum desses CDs?

Breno - Caraca eu só tenho CDs piratas ou baixados da internet.

Robertinho - Pode levar uns emprestados e copiar pow, depois você me entrega, e nem adianta roubar por que sei onde você mora beleza, está fudido.

Breno - Então acho melhor nem levar.

Ficamos ali ouvindo uns CDs, uns eu achava legais, outros não, até que levo um enorme susto, entra o pai do Robertinho no quarto aos berros.

Pai de Robertinho - Quem é o traficante desta vez seu animal.

Robertinho - Que isso pai, que jeito é esse de entrar no meu quarto.

Pai de Robertinho - Está comprado drogas é seu merda, seu bosta, vai voltar a usar aquelas porcarias, olha aqui o que eu faço com essas porcarias.

O pai do Robertinho pega a minha mochila que estava em cima da cama e a abre, o Robertinho vai para cima dele.

Robertinho - Para com isso pai, que porra é essa.

Pai do Robertinho - Me respeita seu merda, eu não vou admitir essas porcarias na minha casa.

O pai do Robertinho lhe dá um tapa forte na cara que o joga no chão, eu fico tremulo com tudo aquilo ali parado não acreditando num relacionamento de pai e filho tão devastador.

Pai do Robertinho - A droga está aqui seu traficante de merda, está aqui não é.

O pai do Robertinho abre minha mochila e despeja todo o meu material, estojo com caneta, lápis, apostilas, caderno e minha blusa que eu sempre levo para trocar, ele ao ver que não tinha nada daquilo que estava pensando abre os olhos e fica vermelho de vergonha, eu não tenho coragem de dizer nada, meus olhos se encheram d’água, de tão nervoso que eu fiquei, e o Robertinho se levanta com a boca machucada.

Robertinho - Sai daqui seu animal, vaza do meu quarto agora.

Pai do Robertinho - Me desculpe rapaz, eu pensei que.

Robertinho -Não tem drogas aqui não porra, não tem, ele é meu amigo, meu amigo, eu não preciso trazer traficante aqui, agora você vai pedir desculpas a ele, vai pedir desculpas agora, agora você está me ouvindo?

Na tesão dos berros do Robertinho com o próprio pai

Continua...

Galera obrigado pelo carinho, e por continuarem a acompanhar essa reta final, espero que curtam e obrigado pelos comentários, Ricardo foi pra você mesmo a minha homenagem cara, agora gostaria de homenagear uns dos primeiros que entrou em contato comigo e que nunca esqueci mesmo tendo sumido, hoje é para você Theyllo, muito obrigado pelo seu carinho, agora faltam oito capítulos para o fim, será que conseguiremos concluir até lá? Forte abço e até a próxima.

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Comentários

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Mto obg Breno disse akilo pq nunk achei q fosse ser homenageado.. Mto obgd msm... fikei mto feliz... mermaum fico at besta com sua vida.. eh problema em cima d problema, como tu guenta? agora ser confundido com traficante! eh por isso q amo seus contos.. e sou seu fã! otmo mais este cap. ih so faltam oito agora ja estou at com sds... nota dez..

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Nossa achei que o Jhonny fosse matar o Estevão! POAKOAPKAOPAOKPA

E esse pai do Robertinho, que mal educado em! OKAOPAKAOP

ÓTIMO CONTO COMO SEMPRE, ATÉ O PRÓXIMO!

Beijos e abraços :D

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final esta chegando :(

sempre BOM nota 10 :P

Anjin hilario seu comentario kk raxei de rir

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Coitado do Robertinho!!!!

Realmente dinheiro não tráz felicidade.... Mas é isso, fiko com o coração apertado em saber que os seus contos estão na reta final!!!! Tanks pela "homenagem" e como sempre 10

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continua escrevendo e veremos né?! Beijos e abraços N.

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nossa cara vc deve ter ficado com tanto tesao no Robertinho que ao inves de tensao escreveu tesao, mais tbm quem nao resiste a uma bundinha marcada pela sunga... eu adoooro.

continua e logo

muito bom mesmo

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