Meu amigo me amava - Capítulo 87

Um conto erótico de Multiplosex
Categoria: Homossexual
Contém 2358 palavras
Data: 12/09/2010 16:47:30
Assuntos: Gay, Homossexual

Meu Amigo me Amava – Capítulo 87

Fortes Emoções – Reta Final

Existem coisas que escondemos de nós mesmos, principalmente as que machucam, as que nos deixam tristes, angustiados, são essas que escondemos em algum lugar do cérebro, tentamos esconder de todos e principalmente de nós mesmos. E foi isso que sempre fiz, sento atrações por homens, já fiz sexo com vários, mas sempre escondi, pensava que seria apenas uma vontade que dá e passa, um tesão, um sexo apenas, até que aparece o Pedro e depois o Jhonny e me colocam em duvida definitiva sobre minha opção sexual, apesar que não é bem assim uma opção, em que apertamos um botão e escolhemos, hoje serei hetero, hoje, bi, e amanha gay. Na verdade não temos escolha, nascemos assim, e isso que é complicado, algo que nem a ciência consegue explicar. Mas tenho a duvida por que também gosto de mulheres, já transei, gostei até, já namorei. Curto estar com homens, fazer sexo, realmente é muito bom e não vou negar, mas também fico com mulheres, apesar que ultimamente tenho ficado mais com homens, principalmente o Pedro que me enlouquece na cama, é uma mistura frenética de tesão, sentimento, um sexo muito bom, em que confesso que não consigo mais resisti.

Depois de ter enfrentado uma noite e um inicio de dia que não desejo ao meu pior inimigo descarrego tudo em cima do pobre do Robertinho, que nem conheço direito, falei algo que estava engasgado na minha garganta, e que me fazia me sentir a ultima pessoa do mundo. Disse com todas as letras do Robertinho que sou gay, que esse é meu problema, joguei literalmente uma bomba no seu colo, e ele ficou ali sem entender nada. Na hora em que falei confesso que senti um alívio, minha intenção ao dizer foi dele sair da minha vida, não que eu quisesse isso, mas tipo pensei que ele fosse preconceituoso, queria tirar da sua cabeça a ideia de cara perfeito que ele pensava que eu fosse, não sou e nunca quis ser perfeito, certa vez um colega da faculdade me disse a seguinte frase e que não esqueço “ é fácil ser bom, é fácil ser mau, o difícil é ser justo”, e sempre foi isso que procurei ser, mesmo errando muito, mesmo se machucando muito, tentei ser justo, tento ser, mesmo a vida não nos oferecendo justiça alguma, muito pelo contrario, são tantas coisas, tantas barbaridades que vemos todos os dias que posso hoje afirmar que a vida é tudo, menos justa.

Depois de ter brigado no serviço com o Mauricio, depois de ter tido uma tarde muito show de sexo com o Pedro e ter ido estudar, chego em casa me arrastando, isso quase onze horas da noite e encontro o Rick com o Jhonny na calçada, conversando, passo direto e nem falo com os dois, não estava mais afim de falar tão cedo com o Jhonny, estava saturado já, chego em casa tomo um banho, ligo o PC respondo a uns e-mails, até que entra correndo o Rick em casa dizendo que tinha um amigo meu me chamando, pensei que fosse o Pedro, sai até tranqüilo, nisso que abro o portão me surpreendo com a figura do Robertinho encostado no carro de braços cruzados. Na hora fico indefeso, tal atitude dele me desarma totalmente, ele até então era a primeira pessoa, sem ser o Pedro, o Jhonny e o Vinicius que sabia a respeito da minha sexualidade, sem tirar o Estevão também, ou seja, cada vez mais aumentava o numero de pessoas que sabia sobre mim e isso já estava me deixando assustado.

Robertinho - E aí leke tudo bem, será que podemos trocar uma ideia, agora? Está mais calmo show?

Meu coração acelera, eu jurava que o Robertinho fosse desaparecer depois que eu contasse, essa eu acho que um dos maiores medos de quem ainda não se assume, principalmente pra si mesmo, de ser rejeitado, debochado, eu não esqueço a maneira em que o Vinicius era tratado pelos amigos, se é que posso chama-los assim de amigos, o chamando de bichinha, viado, de gay, ofendendo assim abertamente só por ele ser assumido. Tudo bem que o Vinny não ligava, não estava nem aí, mas que machuca machuca, eu sentia a dor em mim, imagine nele.

Robertinho - Que cara é essa Brow, tudo bem que prometi não ficar rondando a sua casa, não é nada disso, só fiquei preocupado com você hoje, vim saber como você está.

Breno - Não é isso... é que.../

Robertinho - Entra aí, se você puder é claro, ou posso entrar na sua casa, algum problema?

Breno - Cara na boa, olha você pode ir, desculpas por hoje é que estava mal aí falei coisas que não tem nada haver, que não fazem sentindo. Nem te conheço pow, foi mal.

Robertinho - Bom vou entrar então, mas deixar de conversar com você eu não vou show, se depois dessa conversa você não quiser mais falar comigo beleza.

Robertinho bate a porta do carro, aciona o alarme e ameaça entrar, eu sem ação de roupa de dormir e sandálias o seguro e entramos no carro, o Jhonny do outro lado da rua fica me olhando, Robertinho liga o carro e sai, não fala nada, eu fico gelado, minhas mãos estavam frias e mesmo assim transpirando. Aquele silencio no carro me incomoda.

Breno - Cara você vai me levar pra onde, o que você quer.

Robertinho - Maluco relaxa eu não sou nenhum assassino, não vou fazer nada de errado contigo não. Não é por que eu meto a cara na bebida, que fumo maconha e cheiro pó que eu sou um criminoso saca.

Breno - Não disse isso Robertinho.

Robertinho - Mas é isso que a maioria pensa, quando a gente fala que é usuário de drogas sempre prevalece o preconceito cara. Eu sei bem o que é isso.

Breno - Você está nervoso cara, eu não fiz nada.

Robertinho - A única pessoa que me deixa nervosa é meu pai.

Paramos num lugar lindo, que poucas vezes fui no Rio mesmo morando aqui a tanto tempo. O Robertinho estaciona o carro no alto da Pedra que dá para ver a praia de Copacabana e as fachadas dos prédios na orla da praia, ele estaciona e sai do carro me deixando lá, eu fico dentro do carro e o vejo sentando nas pedras e olhando pro mar, a vista é muito show estava super frio aquela noite, fico uns cinco minutos no carro, até que tomo coragem e saio. Me sento ao seu lado.

Robertinho - Por que?

Breno - Por que o que cara?

Robertinho - Por que você me disse aquilo?

Breno - Cara não sei, eu estava mal, a minha vida está uma doideira, sei lá. Mas não tem nada haver cara, sério, foi bobeira.

Robertinho - Mentira sua.

Breno - É sério. Olha nada haver você ficar preocupado, eu estou bem. Amanha a minha vida vai estar normal, e tudo dará certo.

Robertinho - Como é ser gay cara?

Breno - O que?

Robertinho - A barra sei lá. Deve ser foda ser e ficar se escondendo. Falo por que quando comecei a usar drogas vivia mentindo, me escondendo de todo mundo. Até que?

Breno - Cara eu não sou gay, eu falei sei lá de doideira.

Robertinho - Vai tomar no cú muleke, não sou babaca, você disse que é gay e eu acredito pow, mesmo você não tendo nada de viado, mas você é gay e pronto, pra que mentir, não é doença cara, você é assim e pronto, qual o problema?

Breno - Cara eu nem sei direito.

Robertinho - Sente mais tesão comendo um cú ou uma buceta?

Breno - Cara que pergunta?

Robertinho - Me responde porra, um cú ou uma buceta, ou dar a bunda?

Breno - Cara não quero ter esse tipo de conversa com você. Vou embora.

Robertinho - Senta aí parceiro, pow cara na boa. Já começamos vamos terminar.

Breno - Começamos o que cara?

Robertinho - A conversa. Agora fala, sente mais tesão em comer um cú ou uma buceta, ou dar a bunda. Nada demais cara, só dizer.

Breno - Só dei duas vezes.

Robertinho - Curtiu, sentiu tesão?

Breno - Não, dói muito.

Robertinho - Curte mais meter certo? Isso te dá mais tesão do que dar é isso?

Breno - Sim pow, mas e aí.

Robertinho - Então você é ativo. E com mulher?

Breno - Perdi minha virgindade com mulher, aos 14 anos. E depois tive algumas namoradas. Ah cara estranho falar sobre isso com você, só te vi duas vezes pow.

Robertinho - Faz bem falar pow. Beleza então, comeu bucetas, mas diz aí curtiu.

Breno - Sim curti.

Robertinho - O que te dá mais tesão, já que você esteve com mulheres e homens na cama, o que mais te dar prazer. Não vem me dizer que os dois por que isso não existe, tem sempre uma coisa que gostamos mais. Não adianta que na hora da salada de frutas está misturado lá varias frutas, mas sempre percebemos o gosto da fruta que mais gostamos, ou a banana, ou maça, a laranja.

Breno - Que comparação, bem original você. Cara eu curto meter, sinto mais tesão em enfiar sei lá, não no meu cú.

Robertinho - Você é ativo pow beleza. Mas um buraco apertadinho e quente do cú, ou uma buceta frouxa e melada.

Breno - Como que você sabe que um cú é apertadinho e uma buceta é frouxa cara, melada.

Robertinho - Não muda de assunto, quero saber de você depois falo de mim. E nem adianta mudar o rumo da conversa , sou centrado cara.

Breno - Robertinho que isso cara. Na boa nada haver essa conversa.

Robertinho - Beleza, curte mais um cú. Você é ativo, e curte um cú, uma bunda de macho.

Breno - Mas eu não disse isso.

Robertinho - Não precisa cara.

Breno - E se for?

Robertinho - Nada demais cara normal. Mas nada haver tu ficar mal, ter saído daquele jeito lah no quiosque, ter falado que sua vida é um inferno. Cara tu pode me achar meio sequelado assim mas sua vida não é um inferno, você que está complicando as coisas.

Breno - Quem é você cara para falar que estou complicando as cosias. Logo você que chegou no hospital quase morto de tanto usar drogas, de tanto beber, um cara que gasta 300 reais numa noitada só por que tem dinheiro, que moral você tem cara de querer me cobrar.

Robertinho - Você não sabe de nada cara. Não sabe dos meus problemas, da minha vida.

Breno - Nem você dos meus e nem por isso uso drogas, meto a cara no álcool, sei muito bem que eles não vou solucionar os meus problemas, só piorar.

Robertinho - Pelos menos eu não saio por aí reclamando da minha vida, chorando, agindo feito uma criança mimada dando ataques, gritando que é gay, como se isso fosse algum problema.

Breno - Cala a boca cara, você não sabe a barra que é, você não sabe o que está falando.

Robertinho - Quem não sabe é você. Tu não sabe o que é ter uma vida um inferno cara. Ao invés de reclamar você deveria agradecer a vida que tem.

Breno - Olha quem fala, é piada isso é. Vida boa tem você que não precisa trabalhar, anda por aí com maior carrão, roupas caras, não trabalha e gasta 300 reais numa noite. Mora na barra da Tijuca, zona sul, aposto que a casa é de luxo e tem tudo o que quer sem fazer esforço nenhum.

Robertinho - Dinheiro não é nada cara. Coloca uma coisa na sua cabeça.

Breno - Mas ajuda e muito, e só fala isso quem tem muito. Dinheiro não é nada pra quem tem muito, como é o seu caso.

Robertinho - Cala a boca.

Breno - Vai tomar no olho do seu cú seu babaca, quem é você pra me mandar calar a boca.

Robertinho - Isso mesmo. Não vai calar não.

Robertinho me puxa pelo carro, eu tento me soltar, mais ele segura minhas duas mãos e me coloca no carro, bate a porta, dá a volta e entra. Liga o carro e sai.

Breno - Você é louco.

Robertinho não diz nada, anda em alta velocidade com o carro, fico tenso, coloco o cinto.

Breno - Coloca o cinto cara.

Ele me olha e põe o cinto. Para o carro num estacionamento de uma clinica da zona sul, aqui no Rio que eu nunca fui, clinica cara, de bacana.

Breno - Pra que você me trouxe aqui maluco.

Robertinho - Pra te provar que sua vida não é um inferno coisa nenhuma, pra te provar que você não sabe nada do que disse sobre mim, pra te provar cara que dinheiro não é nada.

Breno - Como assim, o que você quer me mostrar no hospital.

Robertinho - Cala sua boca e entra.

Robertinho desce do carro e sai, fico no carro não entendendo bem o que estava acontecendo isso quase meia noite já, e eu com roupa de dormir, de sandálias, fico meio indeciso de entrar naqueles trajes no hospital ou não, até que entro. Robertinho vai e da recepção do hospital aponta e aperta o botão do alarme do carro.

Entramos na recepção, parecia que a recepcionista já o conhecia, pois ele as cumprimenta dá boa noite e entramos, nisso entramos no quarto 214, estava na cama cheia de aparelhos, e respirando através de um balão de oxigênio uma senhora branquinha, magra já, muito frágil, num estado de quase vegetação, coisa que nunca vi antes. O Roberto segura a mão as senhora e se senta ao lado dela na cama.

Breno - Quem é essa mulher Roberto?

Robertinho - Minha mãe cara, essa mulher é minha mãe.

No baque do momento,

Continua...

Até que enfim o Anjin respondeu, não adianta cara eu gosto muito de você, acho mais do que justo essa homenagem ao cara que sempre está aqui firme e forte não desmerecendo aos demais, principalmente o Alef, isso mesmo, eu tenho um leitor aqui, que adora se tornou meu amigo de MSN que disse que me investiga, me analisa, isso mesmo, pergunta sobre tudo, quer saber de tudo. Cara como vc é curioso mas gosto muito de você, forte abço a todos vcs queridos e até a próxima, meu e-mail é multiplosex@hotmail.com

Qualquer coisa entre em contatos. Abços.

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Comentários

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s o Brasil naum fosse taum preconceituoso, teriamos uma novela das oito q bateria recordes de audiencia.... e mais um escritor famoso.. Maravilhoso Breno, mesmo! Adro vc e a sua historia...

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É mesmo, minha imaginação faz meu computador virar um TV com a história do Breno pow, cara sem brincadeira, essa história dava um série ou filme espetacular.

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Anjim é sempre bom saber que a pessoas que dedicamos horas de atenção tem um reconhecimento parecido com o que temos por elas...

Tem uma coisa muito boa nesse conto você imagina os personagens as cenas vixii parece que ta assistindo kk imaginação é foda...

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oiiiiiiii ta vendo Alef como agente e importante nao desmerecendo os outros e claro, mais receber uma homenagem dessas e muito bom...

como sempre cara seu conto esta otimo, quando leio fico imaginando tudo como seria bem na minha frente, cada detalhe, cada novidade que quase sempre e bombastica e sempre e muito importante, cara tudo e bom no seu conto e claro q nao posso em nenhum momento deixar de comentar pq vc e seus contos ja fazem parte de minha vida...

PARABENS! so NAO aceito uma coisa, q o MELHOR desse site ja esteja em reta final.

Forte abraço

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Cara esse negocio de aparecer nosso nome ai da um susto, nem sei o que falar...

Sou curioso mesmo porque você é um cara intrigante e nos os leitores se questionamos sobre quem esta por trás do “Meu amigo me Amava” quando comecei a te acompanhar você já estava no capitulo 19, li todos de umas vez e nunca mais parei, nem sei porque gosto tanto ainda não descobri o que me atrai, acabamos nos identificando com o personagem é uma pena que o conto ta acabando mas sei que ele vai deixar grandes mensagens de vida aqui pra quem acompanha...

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