Terapia de Choque

Um conto erótico de Hella
Categoria: Heterossexual
Contém 2270 palavras
Data: 06/09/2010 16:07:32

Epilogo.

Estaciono na garagem de casa, madrugada. Vejo o carro de meu namorado, você, ali parado, também. “Droga”, eu penso. Esqueci o jantar, onde ia conhecer seus pais. Como policial federal, eu havia acabado após longas horas de trabalho, de encerrar um caso famoso, grande. Todo mundo queria falar comigo. Os políticos oportunistas, me cumprimentar, os repórteres me entrevistar, meus chefes, me dar mais trabalho. Admito, fiquei um pouco triste com esse esquecimento, mas não com peso na consciência. Afinal, há trabalho a ser feito.

Parte I

A jovem policial, do alto de seus 25 anos de idade, era uma workahollic, vivia dedicada ao trabalho, mal tinha tempo para as coisas normais, a sua vida intima. Sentiu uma certa tristeza por ter perdido o jantar, mas não arrependimento. Abandonou seu carro, entrou na casa, já tirando a botina e a jaqueta jeans, deixando em uma cadeira qualquer, ficando descalça, de calça jeans e camisa branca, soltando os longos cabelos ruivos do rabo de cavalo. Retirou o cinturão onde estava sua arma, distintivo e algemas, guardando em local adequado. Viu Andrei na cozinha, cabisbaixo, lendo algo.

- Andrei, ficou me esperando até essas horas?

- Claro que sim! Minha namorada metida até o pescoço com essas coisas, você acha que eu não me preocuparia?

Ela, um tanto com medo de perguntar...

- E o jantar...?

- Meio incompleto. Meus pais te conheceram, do jornal. Te acharam linda, mas acham que não vai durar....

- Me desculpe. Eu realmente sinto muito. Mas eu não podia perder este caso de maneira nenhuma. Fazia muito tempo que estávamos nele.

- Estávamos, né? Você e uma equipe. Equipe, Michelle! Você não precisa estar em todo lugar, resolver tudo sozinha. Não lembra do que o médico disse? Que se você não parasse um pouquinho, teria uma estafa, uma crise nervosa?

- Bobagem. Estou ótima.

- E nós? Eu te adoro, mas desse jeito, Mich, nem eu sei se podemos continuar juntos. A idéia de se ter uma namorada é passar um tempo com ela, não é mesmo?

Michelle fica pálida com a dúvida de Andrei. Será que ela estava exagerando? Seria que iria perder ele pelo seu jeito meio indomável? Não conseguia pensar, não queria. Queria dormir, pensar em tudo outra hora.

- Andrei...eu..sei que estou devendo. Olha, vamos conversar amanhã de manhã com calma, tudo bem? Eu preciso muito dormir agora.

- Tudo bem, tudo bem. Tome um chá, primeiro. – Andrei oferece uma xícara fumegante. Michelle a pega com gosto.

- Obrigada, querido.

- Disponha, meu doce.

De certa forma, ela até se sentiu aliviada. Odiava essas ocasiões formais, odiava vestidos e sapatos de salto, era uma moça atlética, um “moleca”, afinal de contas, uma policial. Achava pouco prático esses acessórios de mulher. Tomou o chá, Andrei a pegou pela mão, a acompanhou até o quarto acarpetado. Ajudou-a a tirar a camiseta, vendo seus seios bem formados fazendo volume no sutiã esportivo. Ela sorriu, mas notou uma coisa errada. Um perfume! Feminino, no ar. Não era dela. Sua mente policial começou a trabalhar, mas de repente, seus olhos pesaram tanto, que parecia impossível não dormir...e assim, entregou-se aos sonhos sem opções, de uma forma não natural, como se tivesse sido...drogada?

Entreatos

Vou despertando aos poucos...lentamente. A cabeça leve, uma tontura. Parece o efeito de alguma droga calmante. Andrei, será que ele me dopou, para eu dormir? Por que ele faria isso? Vou descobrir com ele agora...

De repente, percebo, estou sentada. Quero levantar, mas não consigo. Minhas mãos estão atrás da cadeira, sinto meus pulsos algemados! Meus pés estão unidos, como que amarrados também, estão forçadas para um pouco abaixo da cadeira...Quando tento mexer as mãos acabo arrastando meus pés, juntos...droga. E ainda por cima, algo me aperta nos pés...parece uma sandália, ou sapato apertado....o que está acontecendo? Onde está Andrei? Será que fomos vítimas de algum criminoso vingativo? Tudo está escuro, mas agora sinto, há uma venda de veludo em meus olhos. E de novo, o perfume de mulher.

- Olá, querida, está confortável? – Uma voz feminina irrompe no quarto.

Parte II

Michelle estava sentada em uma grossa cadeira de madeira, com as mãos algemadas atrás, uma grossa corrente unidos seus elos aos pés, também presos. Um lenço roxo lhe cobria os olhos. Quando pensou em gritar sentiu uma mão a lhe tapar a boca. Era uma mão de mulher.

- Shhh. Não faça escândalo. Antes que qualquer coisa, pense melhor. – Sentiu uma mão delicada a subir por suas pernas, a acariciar suas coxas nuas. Um calafrio lhe percorreu a espinha.

- Vou tirar a venda agora. Fique calma que conversaremos.

Quando o lenço saiu, ela pode ver o quarto, a meia luz. Antes que seus olhos se acostumassem o suficiente para ver quem era a pessoa no quarto, ela percebeu que lhe haviam colocado um vestido preto, curto, de luxo, decotado. Em seus pés, desconfortáveis sandálias de salto fino, 15 cm, um número menor do que ela usava. Meias finas 7/8 lhe cobriam as pernas. Não podia ver, mas percebia que seus cabelos estavam bem arrumados, seus lábios com batom e seus olhos verdes, com leve maquiagem.

Quando se acostumou a penumbra do quarto, viu Andrei, encostado a porta, com a face tranqüila. Ao lado dele, uma mulher, que ela reconheceu. De cabelos negros, lisos e compridos com franja, olhos azuis, um rosto muito bonito e um corpo escultural, vestida com calcinha e sutiã negros de marca famosa, ela Desdémona, a psicóloga da policia, que já havia lhe ouvido. Ela se apoiava no ombro do namorado de Michelle, sorrindo matreira.

- O que significa isso? Você esta me traindo Andrei? O que pretende fazer...Está pensando em cometer um ato criminoso? É isso? – Falou Michelle, quase vertendo lagrimas, mas se contendo, para não demonstrar fraqueza.

- Não meu anjo, não é isso. Nem de perto. Justo ao contrário. – Ele respondeu, seguido da mulher.

- Ele não está traindo você. Por que na verdade... – a mulher parou.

- ...ela, Desdémona, é lésbica. – Andrei continuou a frase.

Michelle estava sem fôlego, ainda não entendia o que estava acontecendo. Desdémona foi até ela e se ajoelhou ao seu lado, agora apoiando seus braços nas pernas da moça. A policial não pode conter um gemido quando os cabelos longos e sedosos da psicóloga lhe roçaram a pele.

- Quando te atendeu, Desdémona descobriu que você estava à beira de um ataque. Tentou te falar isso, mas você, como sempre, não deu atenção. Então ela me procurou.

- Eu não podia deixar que uma mente tão afiada quanto a sua se perdesse. E além do mais... eu senti uma queda por você...- a mão dela roçou no queixo de Michelle, que nem percebeu o fato de não ter se esquivado.

- Isso é um absurdo! Soltem-me imediatamente! E por que essas roupas?

- Não! Bradou Desdémona, desta vez apertando o queixo de Michelle com as mãos. – Você não está em posição de dar ordens agora, Michelle. Agora, você vai obedecer apenas, se quiser descobrir o porque de tudo isso. – Desdémona então se levanta e senta no colo de Michelle, de frente para ela, lhe abraçando. Andrei, já com o pênis bem ereto pela cena das duas belas mulheres, se aproxima por trás da cadeira, acaricia os cabelos ruivos da namorada, sussurrando no ouvido dela...

- Linda, essas são as roupas que você deveria ter usado no jantar. Agora o encontro tem de ser um pouco diferente...

- Mas...

Antes que ela fale, ele lhe dá um forte beijo na boca. Suas línguas se entrelaçam, exploram a boca um do outro, seus lábios se acariciam, os dentes dele a mordiscam de leve. Desdémona assiste ao beijo extasiada. Esfrega com força suas mãos por sobre o vestido de Michelle, eriçando os mamilos da jovem policial, enquanto lambe as voltas dos seios que escapam do sensual decote, tudo isso lhe cavalgando o colo.

- Esse é o seu tratamento. – Diz.

- Não...não quero...não posso...

- Não é uma opção.

Agora, Desdémona novamente se ajoelha na frente da garota algemada, enquanto Andrei lhe tapa a boca com uma mão, com força, e a outra enfia por dentro do decote do vestido, lhe acariciando a pele quente de excitação. Desdémona coloca a mão por debaixo das pernas de Michelle, e lhe busca a vagina, com dois dedos lhe abrindo os grandes lábios, para em seguida os colocar dentro do órgão da jovem ruiva. Vai os movendo, esfregando, as vezes rápido, as vezes lento. Michelle geme, se debate, se excita. Andrei coloca-lhe um polegar a boca, ela o chupa com esmero, enquanto ele termina de lhe acariciar o seio.

Depois, o homem e a mulher soltam as pernas acorrentadas da moça, e lhe carregam até a cama. A policial apenas arfa, suspiro intenso. Atam-lhe as pernas abertas na cama, deixando as mãos algemadas, atrás. Desdémona puxa o decote da roupa da garota, expondo-lhe os seios. Michelle ameaça reclamar, nunca tinha tido relações com uma mulher antes, mas Andrpe se antecipa e lhe coloca o membro no boca, ajoelhado na cama ao seu lado.

- Shhhh. – Michelle quase como instinto recebe o pênis com sua língua. Grosso, grande, rígido. Desdémona dá risadas, brinca com os seios da garota. Os lambe, e começa a chupar no mesmo ritmo em que a jovem sorve o órgão de seu namorado. Desdémona arranha o pescoço de Michelle, deixando marcas, deixando todo se colo molhado de saliva.

- Muito bem Desdémona, muito bem mesmo. Boa menina...- diz ela.. – Andrei, ao ver os arranhões sobre o corpo da namorada, segura as mãos de Desdémona, as torce para trás, e usando outro par de algemas, prende a psicóloga.

- Não posso deixar você marcar minha garota desse jeito, sua depravada. – Ele ri, ela também, entrando na brincadeira. Apenas Michelle não sabe o que dizer, o que fazer, o que sentir. Novamente vai falar algo, mas antes que possa, de novo os dois agem. Andrei força a cabeça de Desdémona embaixo do vestido da namorada, e ela começa a chupar e estimular com a língua, o clitóris. Michelle indefesa geme alto. Vez em quando, Andrei força ainda mais a cabeça da outra, para aumentar o estímulo, até que a tira, deixa ao lado, e se deita sobre Michelle, rasgando seu vestido no processo, e, com o membro muito duro, lhe penetrando a vagina. Desdémona algemada e deitada ao lado da moça, a beija na boca, lambe seu rosto, esfrega seus seios nela. Andrei vai penetrando com sua força e virilidade, bem fundo, em Michelle. Vai aumentando sua velocidade, os seios da garota em suas mãos. Cada vez mais rápido, ele se segura, atinge fundo, até ela gozar com um grito desesperado. Ele consegue segurar a ejaculação, para a liberar no rosto da namorada. Desdémona termina o espetáculo limpando as gotas de gozo com sua boca e língua. Os dois captores terminam beijando Michelle na boca, ao mesmo tempo, e deitados um de cada lado seu na cama, pés e mãos sobre seu corpo preso, Andrei o único livre ali no momento.

Assim ficam por vários minutos. Até que Desdémona se levanta, e Andrei a liberta. Ela veste o vestido branco de verão que havia deixado a um canto, seus sapatos, e dá um beijo no rosto de Andrei, outro na boca de Michelle. Fica um pouco sentada acariciando a garota. Andrei se pronuncia enquanto se veste:

- Mich, eis a minha proposta. Você diminui um pouco a sua carga de trabalho, passa a se comportar mais como uma namorada que gosta do namorado, e eu me esforço em te apoiar sempre, e fazer de seus momento íntimos tão prazerosos como este. Se não, eu vou te deixar de vez.

Desdémona arremata:

- Michelle, você precisa disso, pois senão não vai durar muito mais. Precisa relaxar e soltar suas fantasias. E além disso, você deve isso ao Andrei, ele sempre te apoiou e suportou junto com você a pressão do seu trabalho.

Ela escuta, atenta e atônita.

- E deve se tratar melhor como a mulher bonita que é, linda. – Diz a morena. – Não precisa ser a policial 24 horas por dia.

- Eu gosto de ver suas pernas amoreco. – Diz Andrei.

- Viu só? Não custa nada fazer um sacrificiozinho, se acostumar com uma bela saia, um belo decote, uns saltos, para agradar quem se gosta, não é? A partir de hoje, seja mais feminina.

Conversas feitas, Andrei vai levar a psicóloga em casa, deixando Michelle ainda amarrada e algemada na cama para refletir sobre o que aconteceu. Ela é solta quando Andrei chega, e sem ouvir a resposta, de novo fazem amor, antes de dormir.

Pela manhã, Andrei não a encontra na cama. Se levanta, preocupado. Teria ela escolhido o deixar? Procura por um bilhete ou coisa assim. Acha a jovem na cozinha, trajando uma saia de couro preta, de comprimento comportado, mas com uma fenda sensual, scarpins de bico fino, uma camisa branca, com os primeiros botões meio abertos, quase como um decote sutil.

- Oi, Andrei. Bom Dia. Estou fazendo café para nós. A propósito, vou chegar mais cedo hoje, vai dar para jantar. Quer convidar os seus pais?

Ele sorri e a abraça, enquanto ela trabalha junto a pia.

- Eu devia preparar o café hoje, você não pode, por causa disso... – Ele diz, puxando as mãos dela para trás, algemando-as de novo.

- Hey!

- É cedo ainda, garota. Eu faço isso muito rápido. Dá até tempo de fazer outra coisa antes...

Ele a levanta sobre um balcão, com seus braços fortes, e começa a erguer sua saia, enquanto seu próprio membro vai endurecendo...

- É, acho que uma mudança de atitude vai ser boa para mim...- diz, molhando os lábios, a jovem policial....

(História adaptada de um pedido especial. Contos: silken_skin@gmail.com)

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Comentários

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Olá Hella! Como você está? Espero que bem. Você consegue nessa história simples envolver o leitor num clima de erotismo intenso com um toque leve de submissão e menage bi, Hella, você sempre nos brindando com ótimas narrativas.

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MARINA SILVA é MARINA SILVA DO PV. 43 vote

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