Meu amigo me amava - Capítulo 73

Um conto erótico de Multiplosex
Categoria: Homossexual
Contém 2061 palavras
Data: 13/08/2010 23:21:21
Assuntos: Gay, Homossexual

Meu Amigo me Amava – Capítulo 73

Os dias em Cabo Frio foram intensos, do primeiro ao último dia, muitas emoções como o encontro com o Jhonny na praia, até a situação constrangedora vivida com o Mathias, ter conhecidos pessoas especiais como Vinicius, o Kadu com seu namoro complicado com a Camila, ter descoberto que seu grande amigo de infância o ama não como amigo, mas como um homem mesmo, todos esses dilemas eu presenciei e para mim foram muitos significantes.

A delicada conversa que tive com o Jhonny em Cabo Frio ainda me angustiava por inteiro, até então nunca tínhamos conversado tão seriamente. Ele me exigia uma postura e eu nunca a tomava. O que mais me intrigou de toda aquela conversa foi a seguinte frase, essa ficou na minha mente martelando, eu tentando achar os caminhos para encontrá-la, porém não conseguia achar. A frase foi a seguinte: “Breno te amo, independente dos rumos que as coisas tomarem.” Isso ficou fixado em meus pensamentos, parecia que ao falar isso o Jhonny já tinha algo planejado, ou estava planejando, não sei. A viagem por sua vez foi tranqüila, apesar de muito cansativa, ficaram as boas lembranças, dessas talvez jamais esqueça. Chegando ao Rio de Janeiro, atravessando a ponte Rio-Niteroi, avistando o Cristo Redentor da janela do ônibus, bate um certo peso em meu peito, faculdade, trabalho, os problemas que aqui deixei, as coisas boas era claro voltar pra casa, ver minha mãe, meu mano pentelho que confesso deixa saudades mesmo sendo um chato. Desço na rodoviária do Rio disposto a embarcar num táxi pois não tinha mais força, tão pouco coragem para ir num buzão lotado, com mochila pesada nas costas e tudo mais. Descendo e me dirigindo ao táxi me espanto com o que vejo. É o Pedro arrumado, todo social, de óculos, barba, reconheço mais pelos olhos castanhos e expressivos, e pelo carro é claro, me aproximo ainda meio desacreditado do que estava vendo.

Pedro - E aí leke, beleza?

O olho de cima a baixo, não pelo fato dele estar bonito e tal, mas pelas roupas, pela diferença, os óculos, a barba, a roupa que estava vestindo, pareciam revelar um novo Pedro, um novo homem que até então desconhecia, porém o sorriso, e aquele jeito dele permaneceram os mesmos.

Breno - Como você soube que viria neste horário?

Pedro - Liguei pra sua casa, disse que era seu colega de serviço, perguntei quando você chegaria aí o Rick bateu tudo.

Breno - Tinha que ser ele mesmo.

Pedro - Tudo bem leke?

Breno - Sim e com você?

Pedro - Comigo tudo indo, na medida do possível. Vamos?

O Pedro vai entrando no carro e abrindo a porta. De inicio confesso que fiquei mal, ele tanto me ajudou quando estava doente com dengue, me levou ao hospital, se preocupou comigo, e eu fui pra Cabo Frio atrás do Jhonny sem ao menos ligar, mandar um torpedo nada, eu simplesmente fui.

Breno - Pow cara desculpe de eu ter viajado sem lhe dizer nada, nem uma mensagem mandei.

Pedro - Relaxa leke, depois falamos sobre isso.

Breno - Não cara foi vacilo meu, você sempre me ajudando, se preocupando comigo e eu sempre agindo mal contigo, desculpas.

Pedro - Já falei cara relaxa, depois falamos sobre isso. E aí como foi lá, resolveu o problema com o Jhonny?

Breno - Como você sabe que era um problema cara, eu nem te contei nada.

Pedro - E precisa falar cara, se tratando do Jhonny são sempre problemas, problemas que você toma pra si, é impressionante.

Breno - Pedro você não sabe o que aconteceu, por favor não quero brigar.

Pedro - Mas eu não estou brigando cara, estou apenas falando a verdade, mas na boa eu acho muito digno isso, muito nobre mesmo de coração você se preocupar com o próximo. Mas cara você nem parou pra pensar, tu estava doente, dengue não é brincadeira, eu já achei o cúmulo do absurdo você naquele dia que ficou direto no hospital, tomando soro, fazendo exames, ter ido pra faculdade fazer um prova, depois trabalhos e tudo mais. E pra completar, fechar com chave de ouro tu doente vai pra Cabo Frio atrás do seu amigo. Realmente inacreditável.

Breno - Cara era sério, eu precisava ir. Tinha que conversar com ele.

Pedro - E está tudo bem agora?

Breno - Tomara a Deus que sim.

Pedro - Amém.

Irrito-me com o amém do Pedro, soou como algo cínico, falso, mesmo ele não tendo demonstrado. No fundo não queria brigar, mas aquilo me incomoda.

Breno - Pedro para o carro.

Pedro - O que?

Breno - Por favor pare o carro, quero descer, vou a pé pra casa.

Pedro - Breno para de bobeira, o que eu fiz agora?

Breno - Pedro você não sabe o que houve cara, se eu fui até lá, se eu fiz o que fiz foi por que o assunto é sério. Tudo bem talvez você tenha até razão, eu te agradeço por ter vindo me buscar mas esse seu deboche é demais.

O Pedro vai e para o carro, entra numa estrada menos movimentada e estaciona, penso em abrir a porta e descer, esperar um taxi sei lá. Tudo menos na minha volta de viagem brigar com o Pedro, isso já seria muito azar.

Pedro - Com essa cara que você vai chegar em casa, com essa cara que você vai chegar pra sua família leke?

Breno - A única que eu tenho. Pedro por favor não quero brigas, sério.

Pedro - Desculpas, não queria de coração mesmo, não quero magoar você.

Breno - Desculpas também. Estou cansado, a viagem, tudo. E pensar que amanha volto a trabalhar, tenho que ir renovar a matricula, ver o horário de aulas na faculdade, em pensar que minhas férias da facul estão terminando.

Pedro - A vida cara, a vida ele sempre nos dá um safanão para acordarmos.

Breno - Por que você está dizendo isso?

Pedro - Por nada.

Breno - Ficou bonito de óculos, barba, essa roupa. Ficaram bem em você.

Pedro - Obrigado.

Breno - Vai sair, se encontrar com alguém hoje.

Pedro - Vim na rodoviária, buscar um amigo mal agradecido, que mal chega já começa a brigar comigo, mas tudo bem, estou acostumado a ser maltratado mesmo.

Breno - Foi mal cara, na boa desculpas.

Pedro - Melhora essa cara.

Breno - Me fala de você, da empresa, te visto a Luana?

Pedro - Passei o dia com minha filha, fomos no cinema, acabei de deixá-la em casa.

Breno - E você cara, não me disse nada da separação, cheio de mistérios. O que houve, a Luciana saiu mesmo de casa?

Pedro - Sim, está morando com uma amiga de trabalho de aluguel, não queria mas ela quis sair.

Breno - Mas por que cara, o que houve?

Pedro - Deixa esse assunto pra lá leke, melhor na boa.

Breno - Não entendo você sabia, sempre quer saber de mim, da minha vida, mas quando é a sua você age assim. Cheio de segredos, mistérios, só quer falar o que te convém, estranho isso cara sabia.

Pedro - Estranho por que cara, me separei, acabou um casamento de 8 anos e aí, por que mexer mais, remoer isso, acabou e pronto.

Breno - Um casamento como você mesmo disse de oito anos não acaba assim cara, são oito anos de convivência, ali diários, vocês tem uma filha, não é tão simples assim, como uma foda com um loirinho no banheiro de uma boate entende?

Pedro - Porra cara tu é chato sabia?

Breno - Obrigado pow, sabia sim.

Pedro - Não queria isso, putzz, você é foda as vezes.

Breno - Sou foda sempre na verdade.

Pedro - Ta satisfeito agora, brigamos, só falta agora cairmos na porrada como já aconteceu duas vezes e pronto, fechamos com chave de ouro.

Breno - Ta chato com essa chave de ouro sabia?

Pedro - Estamos chatos isso sim.

Breno - Deixa que eu desço e resolvemos isso, estou cansado, amanha no trabalho conversamos certo?

Pedro - Te levo em casa já falei.

Breno - Não precisa pow.

Pedro vai me puxa e me beija, me dá um beijo demorado, logo começamos a dar beijos de língua, não demora muito e já me excito, uma droga na verdade que já havia desistido de resistir, só sem sentir seu cheiro, tocar sua pele morena, algo acontece com meu corpo que logo fico excitado, meu pau fica duro feito pedra, ele começa a passar as mãos entre minhas pernas, o beijando percebo seu sorriso sacana.

Pedro - Estava com saudades dessa sua boquinha sabia.

Breno - Por favor cara, aqui não, estou cansado.

Pedro - Relaxa leke.

O Pedro vai tira a mochila que estava no meu colo e joga no banco de trás do carro, levanta minha camisa e começa a morder minhas barriga, a passar a língua no meu umbigo, tudo aquilo vai me deixando ainda mais excitado, até que ele abri minha bermuda, tira meu pau duro de dentro da cueca e começa a me chupar, passa a língua em volta a cabeça do meu baú, desce, sinto sua garganta, abro as pernas de tanto tesão, sinto sua garganta.

Pedro - Nossa cara como sua rola é gostosa.

Breno - Pedro não cara... não.

Consigo resistir, levanto a cabeça do Pedro que se assusta com minha reação.

Breno - Pedro não cara, Pedro na boa. Meu Deus desculpas mas por favor não estou legal.

Pedro - O que houve?

Pedro vai me dá um abraço, começo a chorar, na verdade tudo começou a passar pela minha cabeça e o prazer que estava sentindo, o tesão, todos esses sentimentos intensos dão lugar a um vazio, uma dor existencial. Não estava mais afim de sexo por sexo, não estava mais disposto a agir daquela forma feito um animal com o Pedro. Estava triste pela conversa com o Jhonny, pela forma como agi com ele na lancha, do meu medo, do meu preconceito, de não querer me aceitar, de não saber o que sou na verdade. Fico triste, estava triste.

Pedro - Calma cara, você não pode chegar em casa assim, tão pra baixo, tão triste.

Breno - Estou cansado de querer bancar o forte cara, a rocha, eu não agüento mais, não agüento mais.

Pedro - Ninguém cara, ninguém é forte o tempo todo, as vezes até me assusto com você, com suas atitudes, seu comportamento. Ninguém consegue ser assim cara, ninguém é perfeito.

Breno - Não quero ser perfeito Pedro, nunca quis. Só ajo do jeito que penso que é o certo. Cara eu tenho que estudar, tenho que trabalhar, ajudar em casa, pagar minhas contas, tudo isso.

Pedro - Por que você esta falando isso cara, não estou entendendo aonde você quer chegar na boa.

Breno - Tive uma conversa séria com o Jhonny em Cabo Frio, ele vive me pedindo pra me aceitar, pra parar d fugir, de me esconder. Cara no fundo ele tem razão, até quando eu vou viver assim fazendo sexo em carros, escondido, agindo feito um bandido, não quero mais isso, mas também não tenho coragem de chegar pra minha mãe, pro meu mano, pros meus amigos e dizer que curto homens, que sei lah..../

Pedro - Que você é gay?

Breno - E você também cara, na verdade não quero ser como você que casou, que teve uma filha mas que viveu um casamento apenas de aparência, você nunca amou a Luciana de verdade cara, eu sinto isso. A única coisa boa do relacionamento de vocês foi sua filha, um filho sempre vale a pena.

Pedro - Cara cala a boca, não fala o que você ao sabe.

Breno - Então me diz cara, me diz o que eu não sei, por que sinceramente eu não sei quem é Pedro Duarte Lima, eu não sei.

Pedro - Vou te levar pra casa.

Pedro vai liga o carro, não falamos mais nada, vou ajeitando minha roupa e logo chegamos a duas ruas da minha casa, desço e ao percorrer o trajeto até o portão da minha casa várias lembranças vem a minha cabeça. O sábado em que vejo o Jhonny pela primeira vez, a ajuda que eu e o Rick demos na mudança, o surgimento da nossa amizade, o dia na praia em que ele me confessa ser gay, me aproximo do exato local na rua em que ele disse que me amava. As lagrimas começam a descerem de meu rosto. Abro a porta e entro, minha mãe na cozinha distraída, o Rick que estava na sala vendo TV pula do sofá e corre, inesperadamente me dá um forte abraço que chegamos a cair no chão.

Rick - O Breno chegou mãe... o Breno chegou.

Na chegada...

Continua...

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Comentários

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cara, quase choro aki com a recepção do seu irmão.... show!

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como sempre muito bom

espero a continuaçao

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otmo! adorei. senti q no proximo capitulo vem com muita coisa boa... vai ser imperdivel.... continua publicando kra...

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