Meu amigo me amava - Capítulo 72

Um conto erótico de Multiplosex
Categoria: Homossexual
Contém 3870 palavras
Data: 08/08/2010 15:01:27
Assuntos: Gay, Homossexual

Meu Amigo me Amava – Capítulo 72

Foram momentos de terror, que jamais passei em toda minha vida e que não desejo a ninguém. Numa estrada deserta, escura, em que só se via um matagal fechado de um lado, e um campo deserto de outro, sem nenhuma iluminação, nenhuma ajuda, três bandidos com tocas pretas, e um armado, nos ameaçando, nos pede para entrar na mata, nos apontando um revolver. O Kadu que até então era o mais calmo e que achou que dominaria a situação, conversando com os bandidos logo perde a calma quando o bandido que detinha a arma nos dá a ordem.

Bandido – (armado) Pro mato os três ou começo a distribuir tiros aqui mesmo.

Kadu se desespera, tenta conversar, amenizar a situação, porém é em vão, os 3 caras pareciam irredutíveis, e estavam dispostos a ir até o fim.

Kadu - Não precisa de nada disso gente, por favor, aqui estão as chaves do carro, vocês já estão com minha carteira, celular, só me devolvam os documentos, por favor, vamos conversar.

Bandido - (armado) Cala a boca caralho, você já está me irritando, ou quer que eu a cala com um tiro, ou fecha o bico ou vai levar chumbo nos cornos, não estou brincando.

Vinicius - Não temos dinheiro, não temos nada, pelo amor de Deus.

Empurram o Vinicius no chão, Kadu o levanta, e vamos os seis para dentro da mata fechada, um frio infernal que parecia congelar os ossos, o primeiro da fica era Jhonny, depois Kadu, Vinicius e por último eu que desta vez estava com a arma apontada nas minhas costas, eu termia muito de pavor, uma situação horrível, de impotência, medo, e o pior é que não podíamos fazer nada, eles estavam armados, e nos levando para dentro da mata, reagir seria o pior, estava tenso, pois não sabia o que de pior poderia nos acontecer, neste momento eu pensei muito na minha mãe, no Rick, em deixá-los sozinhos, em morrer, somente coisas negativas vinham a minha cabeça. Eles param depois de termos entrado bastante pela mata. Ficamos num local onde dava pra perceber através das pedras, e papelotes espalhados que ali era um local que se consumia drogas. Olho para céu e somente o brilho da lua se refletia entre nos, naquela noite fria de lua cheia.

Bandido – (armado) Tirem a roupa.

Breno - O que? Pra que isso gente?

Bandido - (armado) Tirem a roupa, ande, tire a roupa, só de cueca, só de cueca.

Vinicius - Está frio gente, mosquitos, isso não, aqui não.

O bandido armado se irrita e vai pra cima do Vinicius no meio da mata, dá um soco, Vinicius cai no chão e começa a chorar de tão nervoso que estava, o bandido começa a dar vários chutes em Vinicius, não agüentando mais seguro os baços do bandido e o peço para parar.

Breno - Pare com isso pelo amor de Deus.

Bandido – (armado) Quietinho comédia, quietinho ou vai ser o primeiro a levar chumbo nos cornos ta ligado. O bagulho aqui é sinistro, não estamos de brincadeira, ou ficam pianinhos, sejam obedientes, ou vai rolar muito sangue na parada.

Os outros dois bandidos começam a sorrir, estavam se divertindo com nosso pânico.

Desesperados resolvemos obedecer as estúpidas ordens do bandido armado, não podíamos reagir, correr, e se tratando de uma arca de fogo ser cauteloso é sempre bom. Ficamos num frio danado apenas de cueca dentro da mata, sendo mordido por mosquitos, algo horrível, os dois bandidos que estavam sorrindo, começam a sorrir ainda mais com o desespero do Vinicius que mesmo dentro do mato, apenas de cueca, num frio do cão, com uma arma a todo instante apontada em nossa direção, mesmo assim, diante dessa situação crítica, ele ainda consegue ser cômico, até desesperado.

Vinicius - Gente os mosquitos estão picando minha bunda, ela vai ficar toda vermelha, e eu estou com frio, pare com isso pelo amor de Deus.

Bandido - (armado) Você gostaria de ser picado por algo diferente de mosquito não é fruta.

Vinicius - Até que sim querido, mas não nessas condições. Ate gosto de fetiches, até curto num matinho, é sempre bom variar, mas nessas condições, noite fria, mosquitos, sem carinho, sem beijos, sem pegada, não tem clima, passo mal.

Bandido - (armado) Viadinho escroto mesmo.

Breno - Ta maluco Vinicius, isso não brincadeira cara, quieto por favor.

Kadu - Pessoal na boa, eu sei que vocês não querem fazer nada disso, pra que sangue, pra que mortes, o carro está lá na estrada, levem o que quiser mais nos deixem aqui, por favor. Prometo que não vamos dar queixas, prometo, mas por favor, por favor.

Os dois rapazes com toucam começam numa risada que já estava começando a irritar, o que estava com a arma apontada era o mais sério, porém, do nada, começa a sorrir também e deixa a arma cair no chão. Nisso que ele tira a touca não acreditamos no que estávamos vendo, era o Mathias mais dois amigos dele, dois playboyzinhos que tinham armado toda aquela situação constrangedora para nos aterrorizar, nisso que ele tira a touca, o Kadu fica possesso.

Mathias - (sorrindo) Peguei vocês seus manés, peguei vocês, por favor... por favor. Que hilário cara.

Kadu - Que palhaçada Mathias, isso é brincadeira, que merda cara, idiota, porra.

Mathias - Desculpe Kadu de você também está nessa, mas tinha que dar uma lição nesses imbecis.

Eu começo a ficar tremulo de ódio, minha vontade foi de avançar em cima do Mathias e daqueles amigos dele, um frio que estavam já congelando os ossos, todo mordido de mosquitos, olhando para o Jhonny que até então não falou nada e levamos um susto ainda maior. Ele estava parado, frio, começo a balançar o Jhonny que não responde e cai no chão.

Vinicius - Jhonny, Jhonny fala comigo pelo amor de Deus, Jhonny.

Nisso também me bate um desespero, colocamos a bermuda e a camisa nele, nos vestimos rápido também, Mathias que até então estava se divertindo com nossa desgraça, com a situação criada também se preocupa, pega o Jhonny no colo e o leva para dentro do carro. Kadu pega as chaves das mãos do Mathias com ignorância, quase parte para uma briga ali mesmo na pista, mas o estado do Jhonny era mais importante.

Breno - Temos que leva-lo para o hospital, ele não fala nada, está em estado de choque não sei.

Vou atrás com o Jhonny no colo tentando reanima-lo e Vinicius e Kadu na frente. Mathias e seus amigos vêm atrás, cantando pneu pela pista.

Breno – Jhonny... Jhonny por favor fala alguma coisa. Fala comigo.

Vinicius - O coração dele está batendo, vê Breno está batendo. Atenção na pista Kadu pelo amor de Deus, você está dirigindo.

Kadu - Pega minha blusa de frio aí atrás e veste nele Breno.

Coloco a blusa do Kadu no Jhonny, neste momento já saímos da pista escura, estamos em Cabo Frio, mas não no centro. Olho para trás e vejo Mathias e seus amigos no carro nos acompanhado, acho que estavam preocupados com o resultado da brincadeira nada... Nada engraçada que fizeram com a gente, Kadu tenso vai correndo com o carro em direção ao hospital mais próximo. Até que chegamos a uma clinica em Cabo Frio chamada Santa Isabel já no centro da cidade, logo que estacionamos chega os seguranças, que pedem uma cadeira de rodas, vem enfermeiros que ajudam os seguranças a colocarem o Jhonny ainda em estado de choque, na verdade paralisado sentado a cadeira, e o levam para o setor de emergência da clinica, ficamos ansiosos, eu não consigo pensar em nada, só na doença que ele me disse ter lá no Rio, a tal das múltiplas falências cardíacas. Sabia que o resultado dos exames que ele fez só sairiam na segunda, mas como nesses momentos só pensamos em coisas ruins, nada tirava da minha cabeça que já eram os sintomas da doença que estavam começando a dar sinais no Jhonny. Rapidamente me bateu um medo sobrenatural, algo realmente sombrio. Perdi meu pai, mas não me lembro dele, tenho fotos, porem, era muito pequeno, não tenho uma lembrança de convivência mesmo, nunca perdi um amigo, uma pessoa que fosse tão próxima de mim, nunca tive essa situação graças a Deus e não saberia lhe dar com isso, só em pensar que o Jhonny poderia morrer, isso me causava um desespero horrível, não saberia contornar essa situação irremediável e inevitável da morte. Sabemos que todos nós um dia iremos passar por essa situação, mas não queremos, e muito menos perder uma pessoa querida.

Logo entram Mathias sem aquela marra de antes, e seus dois amigos sérios, preocupados.

Mathias - O que ele teve Kadu?

Kadu transtornado, empurra Mathias no chão, cheio de ódio.

Mathias - Que palhaçada seu babaca, viu o que você fez, viu o resultado da sua brincadeirinha. O cara está em estado de choque, só Deus sabe o que está acontecendo ali dentro, mas você pode ter certeza de que se alguma coisa acontecer ao meu amigo você vai pagar, você vai acertar as contas comigo.

Mathias - Que isso cara, foi uma brincadeira, não fiz por mal.

Kadu - Você nunca faz nada por mal, nunca é por mal. Engraçado né, sempre com o papaizinho passando a mão na cabeça, vamos ver agora, se o Jhonny ficar mal, o que ele vai fazer. Olha reze pra tudo dar certo Mathias, reza muito cara, por que se alguma coisa acontecer você seus amigos vão pagar... e vão pagar caro.

Mathias neste momento parece ter acordado para a real e delicada situação em que nos encontrávamos, senta na recepção e fica ansioso aguardando noticias, as horas pareciam não passar, e nada de informações, Vinicius estava tenso, andava de um lado para o outro e eu no canto, pedindo a Deus intimamente que tudo desse certo, até que chega o médico de plantão.

Médico - Bom gente, podem ficar tranqüilo, não foi nada de mal, apenas uma hipotermia por conta do frio fez com que o amigo de vocês ficassem em estado de choque. Demos um tranqüilizante a ele, mas gostaria que vocês me dissessem o que foi que aconteceu para ele chegar aqui num estado de choque tão grande?

Vinicius - Pergunta aquele pivete ali doutor, ele que nos pregou uma brincadeirinha que deixou nosso amigo assim, ele, Mathias o filinho do secretário de turismo da cidade.

Medico - Bom, a pressão do Jhonny já é alta, ele ficará algumas horas em observação, até darmos alta, mas a situação não é grave, ele é jovem ainda, só precisa começar a controlar a alimentação, fazer exercícios mas isso o cardiologista irá informar melhor a ele.

Breno - E o coração dele doutor, ele tem algum problema de coração?

Médico - Bom meu jovem se o amigo de vocês tivesse um sério problema de coração vocês podem ter certeza absoluta que essa brincadeirinha que não quero saber qual foi seria o estopim para hoje ao invés de estar aqui falando a vocês que tudo está bem, que ele daqui a algumas horas estará recebendo alta, seria o motivo para estarmos agora entregando a família seu atestado de óbito.

Breno - O que o senhor quer dizer com isso doutor?

Medico - Ele tem apenas um problema de pressão, algo que pode ser controlado com uma alimentação saudável, exercícios físicos, e ele é ainda muito jovem, não terá problemas para controlar sua pressão. Agora problema de coração ele não tem, se não estaria morto. O estágio do estado de choque que ele chegou aqui, junto com a hipotermia, seria crucial para o seu falecimento, ou um estado mais grave como coma.

Fico meio pasmo com as palavras do doutor que sai, logo se aproximam o Kadu e o Vinicius.

Vinicius - Breno, por que essa preocupação toda com o coração do Jhonny, ele tem algum problema de saúde e isso e não quis me contar?

Kadu - Então foi por isso que ele chegou aqui tão mal Breno? Por isso quando te perguntei hoje lá em casa qual era o problema do Jhonny e você me diz que era algo delicado e não grave, é isso cara, ele tem problema de coração?

Breno - Ele me disse no Rio que o médico havia dito que ele tem uma doença séria no coração, múltiplas falências cardíacas.

Kadu - O que?

Vinicius - Fala português filho, sou do povão.

Breno - Uma doença que vai deixando o coração fraco... fraco, que não tem outra saída a não ser um transplante ou a morte é inevitável.

Vinicius - Mentira meu Deus.

Kadu - Agora tudo se encaixa, está tudo explicado.

Breno - Não está nada explicado Kadu, pelo contrario. O medico aqui acabou de dizer que o Jhonny não tem nenhum problema de coração. Isso está estranho demais, alguma coisa não está batendo aí.

Vinicius - Realmente se o Jhonny tivesse algum problema Breno não agüentaria o susto que passamos hoje, eu que sou saudável assim eu espero né, quase morri.

Mathias e seus amigos vêem todos preocupados. Nesse momento em que os ânimos já estavam todos acalmados, e vimos que dentro daquele playboyzinho marrento existe um ser humano, pois rapidamente aquela pose, aquela marra foi se embora e vimos um cara realmente preocupado ali, pude ver que existia alguma fagulha de ser humano sensível habitando naquele monte de músculos e tatuagens.

Breno - Foi só uma hipotermia Mathias, causada pelo frio dessa noite e o susto, mas está tudo bem, e ele daqui algumas horas receberá alta.

Mathias - Pow foi só uma brincadeira, não queria que acontecesse isso tudo, apenas quis dar um susto em vocês.

Vinicius - E deu meu querido, sinta-se vitorioso, pois você conseguiu. Agora quando eu te levar pro mato a coisa vai ser diferente, quando eu der as ordens e te levar pro mato você vai levar um susto, mas um susto, que jamais você vai conseguir esquecer.

Mathias não diz nada, apenas fica me olhando, Kadu pro sua vez nem com ele fala, os dois rapazes saem ainda no choque do susto que toda essa situação causou, e o Mathias depois sai, aparentemente abatido com tudo o que houve. Logo chega a enfermeira dizendo que o Jhonny queria me ver, vou até o quarto onde ele se encontrava.

Entrando no quarto vejo o Jhonny deitado na cama, tomando soro na veia, mas acordado, já estava consciente, totalmente diferente do estado que estava quando entramos no carro ou quando chegamos ao hospital.

Breno – Que susto você nos deu cara. Quase morri de medo.

Jhonny - Não sei o que foi, aquele frio, o susto. Nossa nem lembro como cheguei aqui.

Breno - Você parece que ficou desacordado com os olhos abertos, não sei bem, mas não nos respondia, estava gelado. Que bom que tudo se resolveu, fiquei com um medo de que tivesse acontecido alguma coisa grave.

Jhonny - Já posso sair, a enfermeira disse que terei que ficar mais uns instantes aqui em observação, deitado nesta cama, mas estou me sentindo bem, quero sair daqui, não gosto de hopital.

Breno - Ninguém gosta, mas melhor seguir as orientações do médico.

Jhonny - Te chamei aqui por que preciso ter uma conversa com você Breno.

Breno - Jhonny desculpe por hoje na lancha, mas no meio de um monte de gente, você querer me abraçar, desculpe mas não quero isso, você sabe.

Jhonny - Respeito, mas não entendo cara. Dois caras que se gostam, o que tem de mal nisso?

Breno - Tudo cara, tudo de mal, tudo de errado.

Jhonny - Você pensa assim Breno?

Breno - Eu não penso assim cara, mas a sociedade impõe que isso é errado e não serei eu, não será você que irá mudar isso. As pessoas condenam, não aceitam, julgam cara e eu não tenho coragem de enfrentar tudo isso, não tenho e não quero, e por favor você está num hospital, acabou de sair de um estado de choque, não quero te aborrecer com isso, não aqui por favor.

Jhonny - Tudo bem, mas quero conversar com você sobre isso, e tem que ser hoje.

Breno - Mudando de assunto cara, algo estranho aconteceu hoje.

Jhonny - Muitas coisas estranhas aconteceram hoje, o que era para ser um churrasco com amigos, um sábado legal, divertido, se tornou num dia cheio de brigas, discussões, e teve um encerramento com chave de ouro com a estúpida brincadeira do Mathias.

Breno - Cara eu me diverti, foi legal sim. Toda festa sempre tem uma confusão, um barraco, isso é normal. Nos divertimos, comemos bem, andamos de lancha cara, conheci Búzios, mesmo pouca coisa mas conheci, um lugar lindo, nossa, pra mim foi legal, independente de tudo de ruim que houve.

Jhonny - Me fala, o que de estranho aconteceu?

Breno - O médico disse pra mim que você não tem nenhum problema de coração Jhonny, que se tivesse realmente algum problema você não teria resistido. Ele disse sim que você tem um problema de pressão, agora coração não.

Jhonny - Como assim Breno, o médico do Rio me disse para procurar um cardiologista, que tinha uma grave doença, múltiplas falências cardíacas, fiquei desesperado, procurei na internet e tudo.

Breno - Eu sei cara, eu vi seu desespero quando me contou, mas não sei, o médico daqui foi bem categórico, disse que não tem doença grave nenhuma. Bom... Jhonny vamos esperar o resultado do exame na segunda, eu já estarei no Rio, mas por favor me liga, me conta tudo beleza?

Jhonny - Sim, claro.

Entra o médico já dando alta ao Jhonny que se levanta logo se veste e sai do hospital. Na recepção estavam quase dormindo Kadu e o Vinicius encostado em seu ombro.

Breno - Acordem, olha o paciente aqui já recuperado.

Vinicius - Graças a Deus.

Kadu - Vinny isso quer dizer que já fizeram as pazes.

Jhonny - Desculpas Vinny não fiz por mal.

Vinicius - Isso quer dizer que tenho coração, que me preocupo com meus amigos.

Breno - Bom vamos embora, já está tarde e sua mãe já pode estar preocupada com você Vinny.

Kadu - Vamos sim.

Saímos do hospital, como o Jhonny tem plano mas estava sem o cartão ele preencheu uma ficha com seus dados, e como sabia seu numero de identidade e CPF de cabeça, logo procuraram no cadastro, confirmaram seu plano e saímos.

Vinicius - Tem a língua solta mas é inteligente, nunca consigo decorar números de documento.

Jhonny - Tenho a língua solta mais te amo meu amigo.

Kadu - Nossa que forte isso.

Vinicius - Olha, fiquei todo arrepiado. Passo mal.

Chegamos a casa do Vinicius, sua mãe não estava, ainda estava fora, Vinicius pega as chaves com a vizinha e entramos. Vou direto par a o quarto e vejo varias chamadas perdidas e torpedos do Rick. Ligo pra ele dizendo tudo o que fiz neste sábado, o passeio e churrasco a Búzios ele morre de inveja. Separo minhas roupas e vou tomar um banho assim que sai o Vinicius. Jhonny ficou na sala, estava sério, cara amarrada, fingi que não estava vendo, na verdade nem estava querendo ter aquela conversa que se iniciou no hospital. Já havíamos conversado sobre isso tantas vezes e eu não iria mudar, na verdade eu nem sei o que mudar, pois não sei o que eu quero o Jhonny, Vinicius já tem suas orientações sexuais definidas, são esclarecidos, assim como o Kadu que é heterossexual, mas eu não, e falar sobre isso pra mim é complicado.

Tomo uma chuveirada e todo o dia vem a minha cabeça, o susto que o Mathias me deu no mato, a forma como tudo transcorreu, tocando meu corpo lembro-me de tudo o que rolou no mato, os beijos, ele roçando aquele corpo definido, moreno e quente no meu corpo. Lembro das brigas, das vezes em que o Vinicius foi chamado de gay, viado, algo que eu não agüentaria, não levaria na esportiva nunca como o Vinicius leva. Lembro do passeio de lancha e da forma grosseira de como me afastei do Jhonny, que só queria me abraçar, um carinho, e eu com meu medo, com meu preconceito me afastei e o deixei lá sozinho, chateado e com toda razão.

Entro pro quarto já vestido, quando estava penteando o cabelo e arrumando minha mochila, entra o Jhonny, sério, tranca a porta e me pede pra sentar, eu prontamente obedeço já sabendo que a conversa não seria nada... nada agradável.

Jhonny - Não dá mais Breno, te respeito, mas chega.

Breno - Chega o que cara?

Jhonny - Não quero ficar gostando de um cara que não sabe o que quer, indeciso, viver fingindo, fugindo, se escondendo, não quero isso.

Breno - Jhonny se for a respeito de hoje na lancha que gostaria de dizer que.../

Jhonny - Cara gosto demais de você, demais mesmo. E o que você fez por mim eu jamais vou esquecer, um dos maiores presentes que ganhei na vida nos últimos tempo sem sombra de duvida foi a sua entrada na minha vida, e isso eu sei e agradeço a Deus demais.

Breno - Você então não quer ser mais meu amigo é isso?

Jhonny - Nunca vou deixar de ser seu amigo, acho que nem depois de morto. Vou querer sempre estar a seu lado, te protegendo, seu lah, retribuindo tudo o que você fez por mim.

Breno - Para com esse negócio de morte, esquece isso.

Jhonny - Serei seu amigo, não mais que isso.

Breno - O que você quer dizer?

Jhonny - Não quero amar um cara que tem medo, tem vergonha de me abraçar, não quero isso pra mim. Respeito seu tempo, todo mundo tem o seu, já te falei isso uma vez, mas meu tempo é outro. Ao seu lado as vezes me sinto como se tivesse uma doença grave, hoje na lancha nossa me senti um lixo, um leproso.

Breno - Desculpas Jhonny mas no meio de todo mundo.

Jhonny - Cara pensei muito, meu coração está aqui todo espedaçado, sério mesmo, mas não quero mais nutri o sentimento que tenho aqui por um cara que não sabe o que quer. Não que nossa amizade não valha nada, mais te amo mais que amigo. Quando escrevi naquele bilhete de quando sai da sua casa que você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, meu melhor amigo, meu maior amor, isso é a mais pura verdade. Eu sei que na vida nem todos conseguem encontrar seu verdadeiro amor, não consegue sentir a força desse sentimento que eu tenho por você, e felizmente eu sinto isso, mas sofro a desilusão disso talvez nunca se realizar.

Breno - Não faz isso Jhonny, por favor.

Jhonny - Breno agora é sério. Acho melhor cada um seguir sua vida, juntos vamos sempre terminarmos assim com brigas, com desentendimentos, um não aceitando as opiniões, as escolhas do outro, só causando sofrimentos, dor.

Breno - Jhonny cara.../

Jhonny - Sempre estarei aqui, sempre. Mas você tem que parar e refletir sobre o que realmente você quer da vida, você tem varias perguntas caras sem respostas, e isso eu não posso fazer por você, não posso por na sua cabeça, as respostas pra tudo isso só você vai encontrar, no seu tempo é claro, e eu só vou atrapalhar. Breno te amo, você sabe disso e sempre vou te amar, independente dos rumos que as coisas tomaram.

Breno - Do que você está falando cara.

Jhonny vai e sai, me deixa sozinho no quarto sem respostas, no silencio do quarto e na dor do meu coração.

Continua....

Multiplosex@hotmail.com

Aguardo os comentários e os e-mails, forte abço e até a próxima.

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Comentários

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Curti esse vinicius ele é muito comédia, mas a vida não e facil de ser levada, a maioria das pssoas e como o Breno poucas se assemelham ao vinicius em questão da forma como levam a vida

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isso é mais q uma novele é d mais nota10000000

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adoro vc escreve super bem faz um livro !!!!!!nota 1000

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minha novela preferida...

otmoo... nota 1000 se for possivel...

naum para de contar kra....

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