Reuniões, 23: Luau

Um conto erótico de Anjo
Categoria: Heterossexual
Contém 4947 palavras
Data: 12/05/2010 19:38:04

REUNIÕES, SOB O LUAR DO SERTÃO - LuauContinuação da série REUNIÕES, para entender leia os anterioresFoi triste ver minha Lalá chorando a saudade que virá. Ela é forte e irá superar...

(Recordações de João)

Uma festa para despedir da festa

29º Noite - Sexta-feira

A mana chegou arrasada e chorou baixinho o tempo todo. Não pensei que Larissa fosse sentir tanto o final das férias, logo ela que encheu nossa cabeça com minhocas sobre como não conseguiríamos agüentar sequer uma semana “no mato” e no meio de caboclos sem educação que cheiravam mal.

Os tios e tias ficaram deitados e sentados na varanda escutando músicas de seus tempos, e fomos pro aconchego cabisbaixas entristecidas. Cíntia também estava apática e vi que chorava baixinho tentando esconder as lágrimas, se fazendo de forte.

A doutora Suelem ficou na varanda papeando, tentando elevar o moral dos tios. Acho que conseguiu, pois escutei algumas risadas e pilherias contada entre gargalhadas. Deve ter passado próximo de hora e meia quando tia Nadir entrou pela porta dos fundos procurando a filha.

- Minha filha, vê se encontra um lugarzinho pra Suelem dormir aqui – Cíntia que havia tirado a roupa assentiu com pequeno movimento de cabeça – Não fica assim filhinha – a tia abraçou a filha – Seja forte e ajuda tuas primas a aproveitarem esses últimos dias.

Cíntia voltou a balançar a cabeça e enxuga as lágrimas, eu apenas observo tentando pensar em algo que nos tire dessa fossa toda. Batem à porta da sala, que alguém havia trancado. Levanto da rede e vou atender, antes dou o sinal de alerta.

- Garotas, tem alguém entrando – escuto movimentos nos quartos, estão se cobrindo, tenho convicção.

Era a doutora ainda vestida em roupa de banho. Meio baixinha, morena jambo, corpo bem feito e cara de menina levada. Bonitinha, sarada.

- Oi! Sou Suelem e a Nadir falou que aqui tem um lugarzinho pra mim – deu um sorriso amável e estendeu a mão, que seguro.

- Pode entrar doutora – saio da frente e ela entra meio desconfiada.

- Deixa dessa besteira de doutora... – pára tentando lembrar do meu nome.

- Silvia. Me chamo Sílvia e sou filha de João e Carmem – falo olhando para ela.

- Desculpa Silvia, mas ainda não deu pra gravar o nome de todos – retira sua mão e olha em volta – É bem arrumadinho aqui.

- É sim. Essa é a casa da tia Maria e do primo Nat. Mas eles moram na casa grande, desde que o tio Augusto morreu – observo a doutora observar o ambiente – Vamos entrar para que conheças as outras.

Ela me segue e a apresento para todas, que se cobriram com toalhas e lençóis. Estamos meio desconfiadas em tê-la em nosso aconchego.

- Cíntia... Foi você que ficou chateada comigo lá na queda d’água, não foi – se aproxima da prima que a olha desconfiada – Acho que tenho que voltar a pedir perdão pela brincadeira sem propósito – estende a mão, a prima reluta segurar – deixa disso amiga, eu não quis ferir ninguém.

Cíntia aperta sua mão e a doutora lhe abraça.

- Pronto! Não brinco mais com coisas sérias – sorri e os ânimos se acalmam.

Cíntia é a única que não se cobriu e a doutora observa seu corpo com atenção, mas nada fala, está em campo estranho.

- Só falta o Nat! Onde ele está? – pergunta tentando esconder sua excitação.

Não tínhamos percebido a falta do primo, nossos pensamentos estavam fixos no final das férias e no sofrer antecipado.

- Sim Cíntia! – indago a prima – Cadê o primo?

- Não sei, vai ver ele ta no campo ajudando na lida – responde deitando na cama – aproveita e vê onde a doutora vai ficar.

Suelem resolve não atiçar a onça com vara curta e deixa pra depois falar sobre esse “doutora”. Silvia volta pra sala, onde ainda está a rede do irmão.

- Suelem você dorme aqui na sala, pois os quartos estão lotados – arma a rede e continua mostrando a casa – Aqui é o banheiro, lá a copa e cozinha onde o primo ta dormindo. Se o banheiro estiver ocupado podes usar o do quarto grande. Tuas coisas ficam no quarto pequeno.

Suelem volta pra casa grande retornando com uma mochila que deixa no quarto.

- Meninas! – avisa – Vou estar na varanda com seus tios – sai, voltamos a ficar à vontade.

O primo só aparece no final da tarde com o semblante alegre. Noto que está armando alguma, mas não fala pra ninguém. Toma banho, troca de roupa e sai novamente.

Mamãe nos chama para o jantar, saímos todas já sem a tristeza de antes. A doutora chega pra banhar e retorna vestida em uma bermuda de malha branca colada ao corpo que lhe realça as curvas provocantes.

Ao entrar na copa, espanto e gozação dos tios.

- Cuidado sulistas que a gata do mato chegou para competir com beleza – papai brinca e é aplaudido por todos.

Suelem fica encabulada, imagina se não deveria ter vestido algo menos provocante.

- Liga presses marmanjos não, amiga – sorri tia Nadir – É que eles não estão acostumados com as beldades da roça...

- Como não! Como não? – replica João – Afinal de contas onde foi que busquei a minha gata? – abraça carinhosamente mamãe.

- Mas ela tava lá! – brinca tio Julio – Essa aqui é do mato mesmo – segura a cintura de Suelem que senta em sua perna.

- Opa! – tia Nadir puxa a amiga – Esse colo é meu, irmãzinha – todos riem gostoso.

Izidora coloca as travessas abarrotadas de iguarias que logo são atacadas, com avidez, por todos. O clima familiar é aconchegante, as pilherias e potocas anunciadas são saldadas com observações picantes ou gargalhadas soltas.

- Pai! Cadê o amorzinho – Cíntia pergunta.

- Ele foi rapidinho na cidade buscar alguma coisa – responde entre colheradas.

Cada vez mais algo me diz que Nat está aprontando alguma. Ele não aparece pra jantar e tia Nadir deve saber de algo, pois todas vezes que tocamos em seu nome ela desvia o assunto. Acho também que mamãe está envolvida, pelos cochichos que trocaram a noite toda.

Depois do café na varanda mamãe levanta e anuncia com pompa.

- Rapazes! Escutem rapazes! – os tios calam e olham para mamãe – Vocês já espiaram como a lua está bonita? – pausa dramática – Se não, é bom que vejam. Ou melhor, hoje é a noite do namoro e eu com Nadir preparamos um programa diferente. Vamos namorar na pracinha da cidade – apupos das meninas.

- Qual é mãe? Por acaso alguma de nos está namorando com alguém! – reclamo sem entender.

- E quem disse que vocês vão conosco? – sorri leve divertido – Hoje é a noite dos casados. Vocês que se virem, como fizeram o tempo todo.

Burburinhos indignados das garotas.

- É isso mesmo meus amores! Vamos dar uma volta pela pracinha de nossa infância e vocês que se virem... Inventem alguma coisa, botem essas cabecinhas férteis para funcionar.

Vimos que não adiantava reclamar, voltamos para o aconchego, a doutora ficou na varanda. Nat estava deitado no chão da sala, como que dormindo. Entramos devagarzinho para não acorda-lo e quando já havíamos passado por ele, ele pula gritando. Susto geral, reclamações indignadas. Larissa soltou os cachorros em cima do pobre que não replicou, pelo contrário, abraçou a mana que se debateu.

- Calma minha oncinha... Calma – acariciava sua cabeça, aos poucos ela se deixa domar.

Sorriso geral e todas querem saber onde ele passou o dia, o que fez.

- Ainda é segredo, gatas – se desvencilha e entra no banheiro, escutamos água jorrar.

Foi o banho mais demorado que acontecera nesses quase trinta dias. Aos poucos nos reunimos no quarto grande tentando inventar algo para a noite. O primo sai do banheiro envolto na toalha, entra no quarto e senta na cama.

- Garotas! Preparei algo para essa noite – anuncia. – Mas tem uma condição!

- Que condição – perguntamos ao mesmo tempo.

Ele olha no rosto de cada uma, levanta e veste uma cueca com movimentos lerdos sem se importar conosco lhe olhando nu. Pede que Flávia o deixe sentar na rede, ela levanta.

- Deixa de frescura primo, diz logo o que tu preparou – reclama Isabelle impaciente.

- O negócio é o seguinte. O Ataliba encilhou o carroção em Sarita que será nosso transporte essa noite. Todas vocês deverão vestir bermudas e usarão essas camisas – levanta e retira da cômoda um pacote contendo sete camisas com estampa de flores em tinta forte e alegre – Agora, vão vestir as bermudas – pára de falar e se deita na rede.

Mesmo sem entender, saímos e retornamos vestidas com bermudas. Larissa e Isabelle com sutiã, eu e Cíntia com os seios à mostra.

- Sim! E agora? – pergunto.

- Esperem que está faltando a Suelem.

Pouco depois ela chega a mando da tia Nadir. Entra no quarto e estranha ver-nos sem camisa.

- Ué! É desfile de peitos? – pergunta sem entender.

O primo repete o que já havia falado. Ela tira a camisa, também não usa sutiã.

- Junto a cada camisa tem um lenço preto, que depois digo para que servem – abre o pacote e nos joga as camisa que vestimos sem reclamar, ele próprio veste uma bermuda estampada e uma camisa – Agora, em silêncio, vamos para nosso transporte – sai e o seguimos caladas.

Na varanda os tios se levantaram e ficaram calados assistindo nosso desfile improvisado. Em frente estava o carroção todo enfeitado com flores silvestres e lamparinas ladeando. Nat posiciona um banquinho para facilitar o nosso acesso aos bancos do carroção, subimos e sentamos caladas.

- Tia Nadir e tia Carmem! – chama e as duas se aproximam – Agora meninas entreguem os lenços pretos para as tias – em silêncio entregamos e nossos olhos são vendados.

- Não tô gostando nada disso – reclama Larissa.

- Calma filha, o teu primo preparou tudo – aconselha a mãe.

Todas vendadas as tias verificam se realmente não conseguimos enxergar, somente depois da constatação se dão por satisfeitas. Escutamos alerta o breve e solene discurso.

- Caros tios e tias aproveitem o passeio à pracinha da cidade. Namorem bastante! E a senhora minha mãe, cuide para que ocorra conforme combinamos. O Rob já deve ter preparado tudo e os aguarda. Vocês, minhas adoráveis primas e convidada Dra. Suelem segurem-se bem que vamos iniciar nossa viagem.

Sentimos o carroção se movimentar e ouvimos os aplausos e gritos dos tios. Nat conduz o carroção por bastante tempo, quase meia hora.

- Demora muito amorzinho? – pergunta Cíntia.

- Não meu amor, já está chegando.

O carroção pára, sentimos que o primo desce. Silêncio, apenas o farfalhar das folhas anima o ambiente.

- Agora garotas vou conduzir uma a uma, vocês não devem retirar as vendas, mas deixem os sapatos no carroção.

Ficamos descalças e, aos poucos descemos, sentimos que estamos em um local com bastante areia. Escutamos o som de violas bem baixinho.

- Agora, quando eu disser já, tirem a venda – pausa – Já!

Parecia um sonho. Estávamos na margem da lagoa totalmente ornamentada com folhagens e flores silvestres. Em varas enfiadas dentro da lagoa, dez lampiões iluminavam os balões coloridos que boiavam em toda sua extensão. Três mesas compridas, enfeitadas com frutos frescos estavam cheias de iguarias, sendo uma delas com uma infinidade de jarras contendo sucos e batidas além de vinhos e bebidas quentes. Um pouco distante crepitava uma fogueira que mantinha quente vários espetos com carnes e lingüiças e na ilha Neco tocava viola ladeado por Marluce e Das Virgem, todos vestindo bermuda e a mesma camisa estampada. Um microfone e caixas de som colocadas em pontos estratégicos se encarregavam de espalhar o som maravilhoso que somente o Neco conseguia retirar de uma viola caipira.

Estávamos estarrecidas, não nos mexíamos, não falávamos. Era demais para nos todas a surpresa que o primo nos havia preparado. Cíntia foi a primeira a sair do torpor e correr para Nat.

- Amorzinho... É lindo – e o beijou longamente.

Aos poucos fomos nos livrando da inércia e nos aproximamos rodeando Nat que sorria feliz pela constatação da aprovação unânime.

- Hoje de manhã fui à queda d’água e vi vocês chorando... Tia Nadir me falou o motivo e tive essa idéia...

- Quanto tu foi lá? – pergunto lhe abraçando por trás – Eu não te vi!

- Pois é! Mas eu fui e vi a tristeza de vocês. As tias Nadir e Carmem com o tio Manoel me ajudaram e aí está o resultado.

- Mas mamãe falou que eles iriam pra cidade! Tu mesmo confirmou antes de sairmos – estranho.

- É que a Nininha, os tio João e Julio não sabiam! – fez uma pausa – Por falar neles...

- SURPRESA!!!! – os tios e tias saem do esconderijo e correm para abraçar as filhas.

Cíntia, emotiva, não resiste e começa a chorar abraçada ao pai. O mesmo com Isabelle. Rob se aproxima tocando Luar do Sertão sendo seguido pelo pai e Das Virgem que canta com sua voz macia e melodiosa. Marluce veio na canoa e começa a servir bebidas para todos, Ataliba é o churrasqueiro oficial e o Xico ajuda em tudo.

- Eu vi o teu beijo no Nat – reclama o tio Júlio.

- Ora papai, eu me emocionei... foi isso!

- Aquele beijo não foi de emoção...

Cíntia desgruda do pai e tia Nadir se aproxima.

- Deixa de besteira Julio! Não vai estragar a festa dos meninos – reclama baixinho.

- Nadir! Tu sabes de alguma coisa que eu não sei?

- Sei tudo o que sabes, ou o que tu escondes de ti mesmo. Tu não és um pai besta ao ponto de não saber do amor de tua filha por teu sobrinho...

- Já notei que eles não desgrudam por nada, mas nunca pensei em um envolvimento mais direto... – caminham abraçados e se distanciam do grupo – Eles são como irmãos, foram criados juntos...

- E dormem juntos, e banham juntos... Julio! Julio! Tu sempre soube que entre eles existe algo mais que uma simples relação de irmãos ou de primos. – pára e olha para o marido – Isso não incomum na tua família, na nossa família. Nunca reprimimos nossos sentimentos, somos libertos para o amor e amamos desenfreadamente como os dois se amam. Ou será que com tua filha tem que ser diferente?

- Não é isso Nadir, claro que nossas relações são mais verdadeiras e límpidas que na maioria das famílias, mas é que nunca eu tinha visto os dois juntos, isso me chocou.

- E o que muda? Cíntia vai deixar de ser tua princesinha? O Nat não será mais o filho que almejaste a vida toda? – continuam andando devagar, Julio está cabisbaixo – Agora tu sabes que nossa filha ama um homem de verdade e não temos o direito de exigir que ela ame apenas quem indiquemos. Meu velho, dentre todos os rapazes que conhecemos em nossas vidas não existe algum mais merecedor da nossa aceitação que o teu sobrinho. Ele tem mostrado, desde que nasceu, suas qualidades, sua honestidade...

Pára de falar e continuam caminhando mata a dentro. Julio está confuso.

- Nadir tu tens razão sobre o Nat. Ele é o homem ideal para qualquer mulher, mas a Cíntia...

- É sua prima legítima! – encara o marido – E daí? A.... – pára indecisa temendo o que quase fala.

- Isso foi há muito tempo... – Julio entendeu o que a mulher não falou – E nunca mais aconteceu.

- Mas aconteceu e vocês não acharam errado!

- O amor verdadeiro nunca é erro, pelo contrário, é acerto – repete a frase tantas vezes falada.

- Preciso falar mais alguma coisa? – pergunta, ele entende.

- Não...

Se abraçam e se beijam e se amam deitados na folhagem em uma entrega sem limites.

Voltam, a festa está animada. Os irmãos e as irmãs dançam, cantam, brincam. Os primos também. A alegria é geral. Nat os vê chegar e se aproxima.

- Tio a Cíntia falou... – tia Nadir põe a mão em seus lábios.

- Ta tudo certo filho... Agora mais filho que nunca – abraça forte o sobrinho – Só quero que continuem felizes, como sempre – beija a testa de Nat e vai ao encontro dos irmãos.

- Tia!...

- Preocupa não, Nat. Ele finalmente descobriu que tem um filho maravilhoso que ama de verdade sua princesinha.

Nat volta e procura Cíntia, que havia ficado bastante nervosa com a atitude do pai. Encontra conversando comigo.

- E aí amorzinho? – pergunta preocupada.

- Ta tudo bem, tua mãe conversou com ele e acho que ele não vai levar a frente – o primo tem o olhar fixo no semblante de Cíntia, ele está preocupado.

- Cíntia, para não piorar as coisas, faz de conta que não aconteceu nada. Depois vocês conversam com o tio – falo tentando amainar a situação.

- Silvia tem razão, mas gostaria de conversar com vocês duas, mais a Flávia e Isabelle – Nat está serio.

- As quatro mulheres do primo – dou um sorriso para ele e, antes de me afastar, dou uma ligeira beijoca em seus lábios.

Nat vai para a fogueira enquanto eu e a prima chamamos Flávia e Isabelle. Nos réunimos.

- Garotas! Só queria pedir para que não façamos cenas na frente do pessoal, o tio Julio viu a Cíntia me beijando – olha para nos. – Tenho receio que imaginem que vivemos em uma sacanagem eterna.

- Sabe que já havia pensado nisso! – Flávia se adianta.

- Ainda bem que somos sensatos...

- Não primo! Tu não entendeu – corta Flávia.

- O que não entendi?

- Que seria ótimo uma suruba entre nos cinco – ri e tenta levantar para fugir.

Eu e Cíntia seguramos pela bermuda, Isabelle pega seus braços e a levamos para trás de uma moita densa. Cíntia tira sua bermuda, Isabelle sua camisa e eu arranco sua calcinha.

- Porra garotas, devolva minhas roupas – reclama escondendo os seios e o sexo.

- Nãnão... Agora o primo vai te enrabar, sua putinha escrota – brinco enquanto as meninas a viram e ela esperneia.

- Agora primo, mete o cacete na bunda dessa imoral – Isabelle completa.

- Não! Meu cu não dou pra ninguém – reclama brincando.

Percebo que Larissa se aproxima.

- Meninas a Larissa vem pra cá – falo baixinho e soltam Flávia que se esconde por traz da moita.

- Primo! Ta todo mundo te procurando – faz uma pausa estranhando nossa reunião – O que vocês fazem aqui.

- Nos? – respondo representando espanto – Nada não mana, só estamos tentando convencer o primo a comer a gente – dá um sorriso e sai correndo seguida por Isabelle e Cíntia.

- Essa minha irmão está cada vez mais desbocada – se aproxima e tenta abraçar o primo.

- Hei! Eu cheguei primeiro – Flávia sai da moita ainda nua, para espanto de Larissa.

- Porra Flávia? – reclama a prima – Que sacanagem vocês estão arrumando?

Nat fica sem saber o que falar ou fazer. Larissa está indignada, Flávia percebe a reação da prima e puxa sua perna, ela cai espantada.

- Não é nada disso que estais pensando, prima – Flávia fala enquanto veste a camisa. – As meninas fizeram essa brincadeira comigo e com o primo.

- Puta merda! – exclama aliviada – Pensei que o Nat tava realmente de comendo, Flavinha – sorri para a prima enquanto alisa a perna trêmula do primo.

Nat deixa escapar a respiração presa e senta. De onde estão não podem ser vistos por ninguém.

- E se tivesse me comento, o que farias? – pergunta Flávia.

- Ora! Eu entrava na festa. Afinal hoje não é a despedida? – olha para o primo que está boquiaberto com o diálogo das duas.

Flávia então puxa sua bermuda e arranca sua calcinha. Larissa não resiste, apenas olha marota para o primo cada vez mais confuso. Nat levanta sentindo-se traído.

- Vão todas à merda! – e sai pisando firme enquanto as primas riem a valer.

Tia Nadir vê o sobrinho e percebe que algo está errado.

- Amorzinho! Amorzinho! Me espera amorzinho – apressa o passo e o aborda. – Que foi Nat, parece que viste fantasma?

- Essas suas sobrinhas são loucas varridas! – reclama com raiva incontida.

- Que elas fizeram para que tu fique assim – pergunta e Nat conta. – Deixa de besteira rapaz, elas estão gozando de tua cara.

- Mas tia?!

- E o que aconteceu de anormal? – pergunta encarando o sobrinho – Por acaso essa é a primeira vez que as olhas nuas? Vocês não ficam a noite toda à vontade? Tu não entras e sai dos quartos delas quando bem entendes? Qual é amorzinho, não me venha com essa falsa moral...

Nat se acalma, ela tem razão. Dá um abraço na tia e beija sua face.

- Opa! Essa aí não cara! – tio Julio se aproxima – A Cíntia pode ser tua, mas essa ninguém tasca, eu vi primeiro – sorri abraçando o sobrinho e a esposa. – Não fica grilado filho, eu te entendo graças a tua tia que me trouxe à razão. Diz pra princesinha que não fique com medo, mas é bom não fazerem nada na frente do pessoal – conclui farfalhando a cabeça de Nat.

A festa corre solta, todos comem muito e bebem mais ainda. O Neco há muito deixou de tocar e estava deitado na areia abraçado a um litro de uísque, o Rob ainda dedilhava algumas notas, mas já sem muito ânimo. Xico já tinha ido embora e os tios estavam sentados em volta da banca de bebidas cantando aos berros, embriagados. A tia Maria já se recolhera e Nininha, também bêbada, dormitava encostada no pau da palhoça.

As garotas também já mostravam que o álcool fazia efeito. Mamãe, Das Virgem e Marluce se juntaram ao grupo que conversava animadamente.

Ataliba chama Rob e carregam Neco pro carroção.

- Vamos meu bem, ta tarde e cedo vou ter que ir a Caxias resolver uns problemas – Rob chama a esposa.

- Posso ficar na fazenda Rob? – pergunta – Já que tu vai viajar, fico aqui até voltares.

- Isso mesmo Robert, deixa ela aqui esses dias! – mamãe sugere – Hei! Leva também esses cantores de brega e Nininha.

Vão todos, ficam os menos afetados pela bebedeira. Formamos uma roda em volta da fogueira contando potocas e causos animadamente. Marluce não deixa nossos copos esvaziarem, cada vez mais a bebida solta a vergonha e continuamos contando piadas picantes e casos acontecidos na família e entre amigos.

Cíntia já não se importava com os outros e beijava o primo abertamente. Eu, sempre colada, acariciava tanto a prima quanto o primo. Mamãe levantou, tirou a roupa e entrou na lagoa, ninguém se importou ou percebeu.

- Amorzinho a mamãe ta meio alta, seria bom tu ficares de olho nela para alguma eventualidade – alerto o primo percebendo que mamãe nadava em direção à ilha derrubando os lampiões que iluminavam.

- Nat seria bom se acompanhasses a tia. Ela ta muito alta – sugeriu Cíntia.

Levanta, tira a roupa e entra na lagoa nadando em direção da ilha. Mamãe havia derrubado todos os dez lampiões, gargalhando com a queda de cada um. Nat chega antes dela e fica observando. Ela se aproxima e abraça o sobrinho, cansada.

- Beleza! Agora tenho um salva-vidas só pra mim – fala jogando água em seu rosto.

Mergulha e Nat sente que ela segura seu pênis. Ele se espanta, ela coloca na boca e suga devagar, ele sente o calor morno e a língua rodeando sua glande. Ela volta para respirar e novamente mergulha, novamente lhe chupa. O membro cresce, ela continua até que volta respirando forte.

- Quero sentir o que minha filha deseja... – murmura baixinho enquanto enlaça suas pernas em volta da cintura de Nat e, segurando o pênis rijo, aponta para sua boceta e introduz deixando escapar suspiros de satisfação. – Como é grosso e grande... – rebola devagar o sentindo em toda sua extensão e goza quase que instantaneamente arquejando o corpo espasmodicamente. Volta a gozar repetidas vezes e quando Nat percebe que ela iria gritar, cola sua boa a ela e suga sua língua. Não se mexe, o gozo não é seu, é dela. O álcool ajuda a deter seu orgasmo, não o dela que desejava isso desde que vira o sobrinho nu pela primeira vez. Continua a foda solitária até que extasiada e aplacado o desejo, solta o corpo e afunda. Nat mergulha e a resgata nadando lento para a margem de onde a carrega nos braços e a deita na areia.

- Que foi? – pergunto preocupada.

- Não foi nada. – responde – Acho que o álcool teve efeito retardado, aproveita e traz as roupas de tua mãe.

Vestimos mamãe que dorme solta.

- Como vamos fazer para leva-la para casa – pergunto e o primo resolve ir buscar o carroção.

Volta com o carro do papai, o Ataliba levou o carroção para a vila. As meninas ajudam carregar mamãe e Das Virgem se oferece para ir com ela. Seguem e reatamos a conversa animada. Quando volta, Das Virgem não quis retornar. Isabelle e Cíntia estavam deitadas na ilha, Flávia e Marluce banhavam no raso - todas nuas. Eu e Suelem ainda conversávamos apenas de calcinha.

A perceber meu retorno Suelem se cobre envergonhada e eu puxo seus braços mostrando seus seios e as curvas de seu corpo.

- Deixa de frescura Suelem, o primo está acostumado nos ver sem roupa – abraço o primo e tiro sua bermuda, seu pênis está rijo.

Ajoelho e engulo por completo.

- Que é isso Silvia? – Suelem se espanta com meu gesto.

- É gostoso, já experimentaste? – falo rindo para a doutora, me aproximo dela e beijo sua boca, ela tenta se esquivar, sou mais rápida.

Suelem empurra meu corpo e eu caio na areia.

- Porra menina, deixa de sacanagem! – reclama a doutora.

- Qual é Suelem! Deixa de frescura que hoje tudo vale – dou um sorriso e corro para a água, Flávia me recrimina.

- Tu ta doida menina! Essa doutora pode sacanear todas nos – Marluce sorri para mim.

Na areia Suelem está estática olhando o corpo nu do primo.

- Tua prima é meio maluca – fala tateante.

- Não é não Su...

- Ela me beijou depois de chupar teu cacete – fala ainda reprimida – ou então ela ta bêbada.

- E tu nunca chupou um cacete? – Nat pergunta e se aproxima da doutora que cada vez compreende menos ainda o que estava acontecendo.

Ela dá alguns passos vacilantes para trás fugindo da proximidade com o primo. Todas nos estamos vidradas nos dois, aguardando o desfecho como que em um filme de suspense. Nat se aproxima mais e mais, ela pára e aguarda. Ele ajoelha e tira sua calcinha, ela fecha os olhos, está trêmula, sente o corpo percorrido por ligeiras descargas elétricas. Ele fica de pé, segura os mamilos intumescidos e introduz a língua em sua boca que sede e abre permitindo a invasão.

Gritamos urras e aplaudimos o desfecho. Ela abre os olhos e sorri, olha em nossa direção e balança a cabeça.

- Ou estou muito bêbada, ou enlouqueci de vez – fala baixinho e abraça o primo e segura firme seu pênis pululante – Quero ele todinho dentro de mim...

Nat segura sua mão e caminham juntos em direção à água. Eu nado para a ilha com Marluce a meu lado. No raso Flávia levanta e abraça o primo, e lhe beija.

- Hoje tu não escapa, safado!

- Parece que tu vai ter que satisfazer seis fêmeas, cara – Suelem teme pela saúde de Nat – Como vais conseguir esse feito?

- Ainda não sei, mas essa aqui não me escapa – abraça Flávia e beija com paixão, massageando sua bunda macia.

- Espera Nat, antes precisas de algumas orientações médicas – Suelem puxa por seu braço e o leva para onde havia deixado sua bermuda – Tu vais ter que usar essa pomada para reter teu orgasmo – tira do bolso uma latinha vermelha que abre, mela o dedo e espalha em toda extensão de seu pênis enquanto fala – isso aqui deve resolver em parte, mesmo assim irás ejacular e quando ocorrer deves aguardar até que as cavernas de teu pênis voltem a ser irrigadas. Se sentires dor, pára, não força que o teu membro é formado por uma infinidade de vasos sanguíneos bastante delicados que, se muitos exigidos, podem se romper e até te deixar impotente.

- Tu conheces cacete a fundo! – Nat brinca com Suelem.

- Se não sabias, essa foi minha primeira especialização na UFRJ.

- Pensei que eras clínica geral?

- Hoje sou, mas quando me formei pensei em ficar no sul. Só voltei porque o papai me pediu e devo muito a ele – pára e olha séria para Nat – Sabe Nat! Em toda minha vida me entreguei apenas para um homem, se tu agüentares serás meu segundo, mas não vou forçar a barra. Tuas primas te desejam mais que eu e vou ficar sempre ao teu lado te assistindo como médica, antes de ser mulher. Quando tu levou a Carmem as garotas tramaram isso e fiquei preocupada contigo, pois sei que será uma barra atender sexualmente todas elas com um agravante. Duas são virgens...

- Pensei que só a Isabelle fosse. Quem é a outra?

- A Marluce. Com essas duas tu terá que ser bastante cuidadoso por elas e, principalmente, por ti.

- Hei doutora! – Flávia grita – Será que essa consulta demora muito?

- Vamos lá rapaz, a labuta vai começar...

- Suelem... – Nat segura a doutora pelo ombro – Será que eu agüentaria enrabar uma?

- Poxa Nat! Assim estais querendo demais – pára sorrindo – Quem é a felizarda?

- Tu mesma! – massageia a bundinha de Suelem – Não que deixe de querer tua xoxota, mas tua bundinha é uma perdição – sorri enfiando o dedo no cuzinho da médica que reclama.

- Se agüentares as cinco, te prometo que vais meter o cacete em uma bunda virgem – sai correndo, se joga na água e nada para a ilha onde conversa com as garotas.

Anda devagar e abraça Flávia, a primeira.

- Sei que tu queres foder desde aquela noite do poeirão – fala acariciando o peitinho da prima – E eu te quero desde aquele dia que as meninas foram banhar na piscina(1) quando tu dormias nua com a perna aberta – se lembra.

- Lembro... – Flávia olha nos olhos do primo – Tu chupou minha xoxota e se masturbou me melando todinha...

- Tu estava acordada? – se espanta pela revelação.

- Acordei gozando em tua boca – pára massageando se clitóris – Queria sentir teu cacete dentro de mim, mas fiquei com medo de dizer.

- Se tivesses dito, eu te atenderia...

- Hoje me atenderás... – deita na areia e abre as pernas – vem pra dentro, me faz gozar...

Nat sobe em seu corpo e, com uma estocada firme, penetra por completo a vulva da prima que deixa escapar um gemido de dor.

- Aiii! Assim tu me rasga todaRefere-se ao capítulo A Piscina da Nascente.

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Comentários

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A hora que vc vai falar realmente de sexo nos seus contos vc para de escrever,esses contos bem que dava de ter mais sacanagem e varios capitulos.esse seu conto merece dez, mas os outros foi so uma grande introduçao para esse. Pena que vc parou de escrever isso demostra que vc nao e um autor muito iteresado no gosto de seus leitores

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uma pena eu so ter achado esse conto essa semana, gostaria muito de ler o resto

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