Reuniões, 16: Novamente na lagoa

Um conto erótico de Anjo
Categoria: Heterossexual
Contém 1257 palavras
Data: 12/05/2010 13:32:24
Última revisão: 12/05/2010 13:42:39

Este é continuação da série Reuniões e você somente o entenderá na íntegra se ler os anterioresREUNIÕES, SOB O LUAR DO SERTÃO - Novamente na lagoa

Cada momento vivido naquelas férias foram pingos de esperança que enchiam meu coração.

Pensei amar loucamente minha prima, sonhei da possibilidade em estar só e dizer o que sentia, mas hoje sei que tudo não passava de sonhos infantis de uma época que não quero que retorne...

(Recordações de Isabelle)

Flávia perde a roupa novamente (21º Dia)

Ataliba entrou na sala grande trazendo um fardo de feijão que o Chico Loba havia debulhado pela manhã. Depois de colocá-lo na despensa voltou e sentou-se conosco.

- Como é Manoel, vamos ou não no arrasta-pé? – perguntou.

Papai bate na testa.

- Ih! Rapaz, me esqueci completamente do teu convite – vira para nos e fala. – Pessoal, tem uma festa de sanfona no Centrão hoje à noite! Quem topa ir levantar poeira.

Ficamos todas alvoroçadas e em uma só voz aceitamos de imediato.

- Legal! Nunca fui a um forró verdadeiro – exultou Silvia.

- Pensei que não ia pintar uma festa da roça! – completo cheia de expectativa.

Os tios sorriam alegres pela exultação das filhas e até o Jonas se animou. Combinaram tudo e se lembraram de um detalhe.

- Pôxa Ataliba, só os dois carros não vai dar para levar todo mundo... – lembrou tio Julio.

- Tem as charretes! – sugeriu Ataliba – A molecada poderia ir de charrete, e os velhinhos no ar condicionado dos carros.

E ficou acertado que iríamos nas duas charretes: o primo conduziria uma e a Cíntia a outra.

O resto da tarde só falaram na festa da roça. Dentre todas nos a mais animada era Silvia que conseguiu contagiar até mesmo a sisuda Larissa.

No final da tarde fomos todos banhar na lagoa.

- Cuidado Flavinha – o primo me abraça.

- Até que não seria uma má pedida levar outra dedada tua... – respondo saindo correndo enquanto ele tenta me segurar. No areal onde se atira em minhas pernas e caio, rolamos abraçados e rindo.

- Não precisas te afogar para eu meter o dedo na tua xoxota... – sussurrei ao meu ouvido enquanto forçava o dedo sobre minha calcinha.

Ninguém percebera o motivo dos risos, nem viram o que ele fizera. As garotas se jogam em cima do nos rindo descontraidamente enquanto os tios correm para a água.

Tiramos as roupas e também vamos para a lagoa, Nat percebe que Silvia não veste roupa de banho e pretende banhar-se de calcinha.

- Hã... Hã... – chama sua atenção – Nada de ficar assim na presença de teus pais, Silvinha.

Ela dá-se conta do que pretendera fazer enquanto Nat tira minha camisa de meia que ela veste lhe cobrindo o corpo até o meio das pernas e vai correndo alegre ao encontro do pessoal.

- Essa minha prima está se revelando uma descarada sem vergonha – comento sorrindo e ainda deitada.

Nat passa por mim correndo para a água e nada com braçadas firmes passando Silvia que reclama dos respingos chapinhados, por seus pés, em sua direção. Na ilha abarrotada de corpos a algazarra é completa.

- Vi o que tu fizeste – comenta baixinho Nininha para que João não escute.

Silvia finalmente chega e sobe no tabuado e sua mãe lhe segura pelo braço levando-a para longe do pai.

- Tu és louca garota! – briga com a filha – Se não fosse a rapidez do teu primo tu terias arrumado o maior rolo com teu pai.

Tia Nadir, que acompanhara com os olhos a reprimenda da cunhada se aproxima e abraça a sobrinha.

- Precisas ter mais cuidado, Silvinha! Tu sabes o que teu pai pensa sobre isso...

- Só quero ver como vai ser em Belo Horizonte... – fala pensativa Nininha.

- Ela não vai mais fazer isso, não é Silvinha? – Nat acode a prima que confirma balançando a cabeça.

Eu não me arrisco e fico no raso ainda temerosa, grito indignada por sentir-se abandonada.

- Ei! Vem me buscar primo! – as meninas pedem que o primo me leve e ele mergulha nadando para a margem.

Sempre alegre Nat me coloca de macaquinha em suas costas e entra na lagoa. Mais ou menos no lugar onde quase me afogara, jogo o corpo para trás e debato-me na água finge novo afogamento. Gritaria geral na ilha, Nat mergulha e me levanta enquanto abraço o primo e falo baixinho.

- Quero teu dedo de novo dentro de mim – e meto a língua em sua orelha.

- Cuidado que os tios não podem estar olhando, mas melhor seria outra parte mais grossa... – brinca.

- Não! Essa parte costuma cuspir dentro da xoxota – dou uma gostosa gargalhada.

O primo caminha devagar até chegar a ilha onde me suspende e, com agilidade, tira meu biquíni. Esperneio e dou um grito me jogando de volta para a água. Nat mergulha e suspende meu corpo fazendo o que tinha lhe pedido.

- Uai! – não esperava sua ação e me espanto de verdade.

O safado sorri para mim e sobe na ilha levando, preso ao dente, a parte de baixo da roupa de banho. Mamãe vê o biquíni e coloca as mãos na cintura batendo o pé.

- Poxa rapaz! Toda vez que tu salvas minha filha ela perde a calcinha do biquíni? – ri perseguindo o primo tentando pegar a peça de roupa.

Mamãe segura pela cintura do primo e arranca da boca mergulhando para mim que estou dependurada, com o corpo dentro d’água, nas tábuas da ilha. Ajuda a vestir-me e subimos as duas.

Indignada me jogo no primo e caímos os dois nas tábuas enegrecidas da ilha, fingindo estar com raiva. As garotas se divertem a valer e os tios fazem gozações sobre a encenação.

- Na minha época não tinha primo bonito pra me salvar – falou sorrindo tia Carmem.

- Por causa disso que quase morres naquele dia... – completou tio Julio que foi empurrado pela irmã e caiu espalhafatosamente dentro d’água.

Antes das seis voltam para que nos preparemos para a festa que só iniciaria às dez horas.

Na casa pequena Silvia novamente foi abordada, desta vez pelas primas, que reclamaram com veemência sua atitude na lagoa.

- Merda Silvia! Assim o papai vai pensar que ficamos na maior putaria aqui na casa pequena! – repreende Larissa.

- Me desculpa maninha, mas pensei que tinha vestido a tanga...

- Como pensou? Como pensou? – falou indignada Isabelle – Eu te conheço não é de hoje menina, tu querias mesmo era aparecer...

- Ô gente! É verdade! Pensei mesmo que estava vestida... – se lamenta.

Os olhos de Silvia estavam cheios de lágrimas. Parecia que realmente não tinha sido premeditado.

- Ainda bem que só mamãe e tia Nadir notaram – falou Larissa trêmula de raiva.

- Tomara que somente as duas tenham sido as únicas a te verem querendo banhar de calcinha – conclui Isabelle.

Eu, Cíntia e o primo interferimos para acalmar os ânimos, o que conseguimos depois de muito custo.

Vestimos roupas caseiras e fomos jantar.

Na mesa grande o assunto ainda era sobre afogamentos e gozações de toda parte. As garotas ignoraram Silvia durante o jantar, que fez questão de não chamar atenção ficando quietinha em sua cadeira.

Hoje não nos reunimos na sala, o café foi servido ali mesmo na copa para que as mulheres tivessem mais tempo de se emperiquitar. Enquanto as mulheres se retiravam para seus quartos, os homens faziam as distribuições para os carros.

- Nat tu decide sobre as charretes – determinou tio Manoel que pediu ao Ataliba para prepara-las e as trazer para frente da casa grande. Saí para trocar de roupaRefiro-me ao relato do “Primeiro Passeio”.

(2) Emperiquitar: Termo jocoso referindo às mulheres quando se arrumam para sair ou para festa; maquiar; enfeitar-se para festa.

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