S.I.L.4 – Cap. 08 – O Próximo da Lista

Um conto erótico de Fabio N.M.
Categoria: Heterossexual
Contém 2055 palavras
Data: 29/01/2010 10:22:33

S.I.L.4 – Cap. 08 – O Próximo da Lista

Fomos correndo até Lewisham, onde David morava. Já estava escuro e a polícia havia cercado toda a casa com aquelas fitas listradas que eles usam para conter uma multidão de curiosos, como se fosse mesmo conter… Vendo aquilo meu estômago se revirou. Estava certo de que algo terrível teria acontecido. Naquela hora um grupo vestido de branco empurrava uma maca para dentro de um furgão da polícia, que era usado para transportar cadáveres.

Era exatamente o que estava sob a maca coberto por um lençol.

– O que aconteceu aqui? – perguntei a um dos curiosos.

– Mataram um cara aí dentro.

Senti um nó na garganta. Estava entrando em desespero.

Chris se aproximou.

– Eu falei com um dos policiais. Ele disse que pode ter sido execução. Encontraram David com três marcas de tiros no peito. Deve ter sido Joe.

– Eles já têm indícios?

– Duas malas. Uma abeta com um pouco de roupas masculinas e outra fechada, cheia de roupas e adereços femininos e… com alguns objetos que apontavam para o lado neonazista de Ava.

– Isso quer dizer que…

– Podem incriminá-la. A menos que acreditem na história de amor entre eles.

– Acho bem difícil – falei dissuadindo-a dessa possibilidade – Onde ela esta agora?

– Não faço idéia. Pode também nem estar viva.

– Sabe onde ela mora?

– Não.

Nesse momento meu celular tocou. Não conhecia o número. Afastei-me da multidão com Chris e atendi. Do outro lado uma voz feminina,… desesperada,… pedindo por socorro. Sua voz quase não saía e chorava incessantemente chegando a soluçar. Por toda aquela situação dava para imaginar quem seria.

– Ava?! Você está bem? Onde você está? Como conseguiu meu número.

– Eu olhei no celular do David (ótimo! Deixou lá as digitais). Ele o matou, Arthur… ele o matou – ela voltou a chorar dolorosamente – ele está atrás de mim.

– Ava!… Ava, me escuta! Diga onde você está, Chris e eu vamos até aí.

– Na Estação Gloucester.

– Fique numa área aberta, com movimentação de pessoas, de preferência perto dos guichês, sempre tem câmeras por lá. Espere por nós.

Pegamos um táxi e fomos até a estação.

– Isso é assustador, Arthur – falou Chris.

– Eu sei. Temos que pegar a Ava antes de Joe encontrá-la – cutuquei o motorista e pedi que se apressasse, era caso de vida ou morte literalmente.

– Mais rápido é mais caro.

– Mais caro quanto?

– Depende do valor das multas.

– Acelera!

Ele pisou fundo. O coração ficava na mão vendo-o cortar os carros a toda velocidade, entrar nas curvas derrapando e avançando sinais vermelhos.

“Não vamos chegar vivos”, pensei. Mesmo se chegássemos o valor da corrida seria bem salgado. Excesso de velocidade, direção perigosa, desrespeito à sinalização, colisões, danos ao patrimônio público… além da fiança.

Chegando à estação, deparamos com um alvoroço. Alguém tinha caído na linha do trem e foi atropelado. Não achamos Ava no local indicado, então rumamos para o epicentro da confusão. Difícil era passar espremido entre as pessoas que olhavam horrorizadas. Diziam ter sido um acidente, entretanto, ninguém prestou a atenção ao que aconteceu antes da pessoa cair. As câmeras poderiam ter filmado tudo. Olhando por sobre o ombro de alguém pode ver o corpo que havia sido trazido de volta à plataforma.

Apesar de estar irreconhecível, tamanho o estrago, eu tinha certeza de que se tratava de Ava.

Voltei-me para trás, mas Chris não estava.

– Christine!… – comecei a chamá-la – Christine!… – estaria Joe ainda na estação? Teria pegado a Chris? Eu não me conformava em tê-la perdido – Christine!… – Sai no meio da multidão procurando por ela. Subi num banco e olhei por cima, mas nada dela.

O desespero voltou e comecei a me sentir atordoado.

Sentei e respirei fundo. Foi quando o celular tocou. Um ar de alívio. Era ela.

– Chris, por, Deus, onde você está?

Uma voz masculina me respondeu.

– Ela não devia ter se metido. Você é o próximo – desligou.

Meu corpo inteiro estremeceu e minha espinha dorsal parecia ter congelado. Os lábios tremiam e um hálito gelado saía da minha boca. Mal tinha forças para fechar o visor do celular. Eu não sabia a situação de Chris, mas imaginava as piores coisas.

Olhando em volta, as pessoas nem vaziam idéia do que estava acontecendo. A polícia chegava para isolar a área.

Assim que saí da estação liguei para o celular dela, mas sequer chamava. Tentei novamente e nada, de novo e de novo, sem sucesso. Minha namorada estava morta e eu não sabia onde, nem como. Tudo que sabia era que se eu não tivesse tirado os olhos dela ela não teria sido raptada. Tinha que ter pelo menos segurado sua mão. Levei as mãos à cabeça e desabafei num grito desesperador expelindo todo meu ódio.

“Antes que ele me pegue, me vingarei”.

Eu não confiava na polícia londrina, principalmente quando um estrangeiro vai reclamar alguma coisa, além do mais, eu não tinha tempo, estava ocupado sendo caçado por uma fera nazista sedenta de sangue não-ariano e nada do que fizesse iria me trazer Chris de volta.

De madrugada fui até uma boate beber e fumar, me acabar.

Do meu lado, no balcão, dois sujeitos comentavam: uma moça encontrada com sinais de estrangulamento boiando no Tâmisa.

Perguntei ao balconista ao pé do ouvido se sabia onde eu poderia conseguir armas. Ele me apontou uma porta ao fundo. Fui até lá e um grandalhão atrás da porta me recebeu calorosamente, jogou-me contra a parede e me revistou. Tudo que tinha nos bolsos era um molho de chaves, uma carteira de cigarros, isqueiro e a carteira, onde eu guardava os documentos, cartão de crédito, e uma camisinha de emergência.

– O que faz aqui? – perguntou numa voz cavernosa.

– Estou atrás de armas.

– Vejo pela sua cara de medo que não é da polícia. O que quer com as armas, garoto?

– Me proteger.

– Do quê?

– Um neonazista matou meus amigos e a minha garota, agora está atrás de mim. Preciso me precaver.

Mostrando-se sensibilizado…

– Hum!… Sei!… Me acompanhe.

Ao longo do corredor ele puxou um alçapão. Descemos uma escada até uma sala úmida e fria, num porão, que ninguém imaginaria que existisse. Numa mesa, avaliando algumas jóias que tirava da maleta, um sujeitinho medíocre e franzino, interrompeu sua análise e me encarou por cima dos óculos grossos.

– O que quer?

– Uma arma.

– Pra matar quem?

– Para me proteger de alguém.

Ele me analisou de cima a baixo. Ficou sem falar por longos minutos, apenas me observava.

– Shark, pega uma M1911, pro garoto – falou pro grandalhão, que logo saiu, voltando-se para mim, ele continuou – Sabe usar uma pistola? (ele tava de brincadeira?)

– Sei,… bem,… acho que sim.

– Quando estiver frente a frente com seu adversário, não titubeie, meu rapaz. Sua piedade pode ser a chance que ele precisa para acabar com você.

A arma foi trazida dentro de uma maleta. Posta sobre a mesa a mesma foi aberta. Uma pistola literalmente “zero bala”.

– Leia o manual antes de enfrentar seu oponente. É preciso conhecer a sua arma e deixar que ela faça parte de você. Logo vi que nunca disparou um tiro, então, boa sorte com a sua justiça. Pague ao barman cento e vinte libras.

Saí dali com a maleta como se estivesse saído dum trabalho importante, sem olhar para as pessoas, meu coração batia acelerado. “O que foi que eu me tornei?”, acabara de comprar uma arma para tirar uma vida, mas era Joe ou eu.

Voltei para meu apartamento e acendi um cigarro, sentei-me à mesa a comecei a ler o bendito manual do assassino. Não era difícil. Além da pistola, havia na maleta, dois pentes carregados. Não era intuito meu usar tudo aquilo.

Quando o sono bateu já eram cinco da manhã. Tive medo de dormir e Joe arrombar a porta e entrar atirando, mas o cansaço era insistente. Relaxei no sofá e deixei a arma carregada e destravada no chão.

Acordei com batidas na porta. Imediatamente empunhei a pistola e me acheguei à porta.

– Quem é?

– Sou eu, Monique.

Ao menos uma amiga me restava. Abri a porta, mandei entrar… tranquei-nos lá dentro.

– O que está acontecendo, Arthur?

– Você não podia estar aqui, Monique. Não quero envolver você.

– Não me diga que você tem alguma coisa a ver com as mortes de ontem.

– Não é bem a ver, mas eu serei a próxima vítima se não me proteger – deixei a arma sobre a mesa e me voltei para Monique – Acho melhor você não ficar aqui. Não quero que corra o mesmo risco que eu.

– Quero ficar aqui com você, Arthur – disse aproximando-se de mim segurando minhas mãos.

– Não pode…

Ela me calou com um beijo ardente em paixão.

– Por favor, Monique… – tentei dizer, mas seus lábios carnudos esfregavam-se nos meus com volúpia e sua língua adentrava minha boca buscando a minha.

Difícil resistir àquela pele morena, àqueles beijos cálidos, ao seu perfume suave e envolvente, àquela tentação amorosa. E pensar que poderia ser minha última transa. Tomei-a em meus braços e a levei para meu quarto. Coloquei-a sobre a cama e a despi com sutileza. Seus belos seios era um convite à perdição num mundo de prazer, seus mamilos apontados para o alto denunciavam sua excitação.

– Oh, céus, Arthur! Como eu te quero!

Meus lábios deslizaram pelo seu colo até atingirem seus maravilhosos frutos indianos, chupei-os com sofreguidão e mordiquei seus mamilos durinhos e salientes. Minhas mãos desceram ao seu clitóris dando-lhe uma deliciosa massagem.

Toda aquela sensação de perigo me deixava louco para foder aquela garota. Esquisito, mas era verdade; como um herói, que antes da sua última batalha tem uma maravilhosa noite de amor com sua amada.

Monique gemia ante aquela sensação de extremo prazer.

Tirei da carteira a camisinha, sempre me passando pela cabeça que seria a ultima trepada, aquela seria a camisinha de ouro. Vesti e penetrei na boceta de Monique iniciando o movimento de vai-e-vem delicado e logo depois impetuoso.

– Oh, Arthur! Não pára!… Não pára! Aaaaah!

Nossos corpos ardiam em tesão, fomos tomados por um frenesi arrebatador, dizíamos coisas sem nexo e urrávamos e gemíamos como dois animais.

Segurei-a pela perna e soquei mais forte e mais fundo.

– Diz que eu sou gostosa, Arthur!

– Muito gostosa, Monique! Sua bocetinha é gostosa deliciosa.

– Aaaaah!

– Oooooh!

– Aaaaah! Arthur! AAAAAH!… AAAAAAAAAAIIIIIIIIIIH! FODE… FODE MINHA BOCETINHA… EU ESTOU AMANDOOOOO! AAAAAAAAAAH!

Coloquei mais ritmo às estocadas e a fiz gozar. Ela berrou e agarrou-me com força.

Continuei metendo fundo. Ergui uma de suas perna colocando-a em meu ombro e fodi gostoso nessa posição aquela bocetinha maravilhosa. Ela se mostrou entregue. Seu corpo era agora todinho meu. Ajoelhei-me e a virei de bruços na cama e, arreganhando suas ancas continuei a penetrar e a socar forte. Alisei seus longos e lisos cabelos negros. Inclinei-me e a beijei na nuca e no ombro.

Meu tesão foi convertido num gozo magnífico.

Tirei a camisinha e deixei que Monique me limpasse com uma deliciosa chupada. Friccionei meu pênis dentro da sua boca, a qual tive o imenso prazer de foder. Segurando-a pela cabeça soquei dentro daquela boquinha gostosa. Segurando meu membro pela base, envolvia e deslizava seus lábios até a mão e voltava sugando, forçando-me a expelir meu gozo. Não demorou muito até que a enchesse com meu esperma.

Ficamos deitados um tempo, abraçados, sentindo o calor do corpo do outro, apreciando as carícias que eram recíprocas, mas de seus olhos brotavam algumas lágrimas. Eu não entendia o porquê. Aninhei-a meus braços e a beijei.

– Monique, o que houve?

– Me perdoe, Arthur.

– Pelo quê?

Nesse momento a porta foi arrombada. Joe entrou armado e também tomou posse da minha pistola que havia deixado sobre a mesa. Entrou no meu quarto apontando um revolver na minha direção.

– Eles ameaçaram meu pai, Arthur – falou Monique desabando num pranto descontrolado – disseram que iriam matá-lo se não o mantivesse vulnerável na hora que Joe chegasse.

Joe engatilhou. Me tinha na mira. Ele não teria uma oportunidade melhor. Diferente dos filmes, quando o bandido tem a oportunidade clara de acabar com o mocinho e não o faz e o mocinho sempre vence depois, não sei se eu era o mocinho ou o bandido, mas Joe não iria perder aquela chance.

Um tiro foi disparado. Monique gritou.

Tudo se tornou tão tenebroso. Como meus pais reagiriam ao saber o que aconteceu comigo? Será que se sentiriam abalados ou eu teria sido um desgosto para a vida de todos?

Continua…

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Foto de perfil de Fabio N.MFabio N.MContos: 67Seguidores: 96Seguindo: 25Mensagem Escrevo contos eróticos, não escrevo pornografia barata

Comentários

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Ótimo !!!ótimo conto ,você merecia muitas visualizações, acho que pecou um pouco no título , pois sua história é muito boa! Digna de uma boa série na Netflix.!⭐⭐⭐💯

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Otimo seu conto. Nao demore com a continuação estou super ansiosa

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