Sexo Animal

Um conto erótico de Lene
Categoria: Heterossexual
Contém 1452 palavras
Data: 24/08/2009 13:50:04

Sexo animal!

ESTE RELATO NÃO CONTEM DESCRIÇÃO DE CENAS DE SEXO EXPLICITO, É UMA ESTORIA, QUE PODE SER UM ROTEIRO PARA OS LEITORES COMPLETAREM AS LACUNAS USANDO SUA PROPRIA IMAGINAÇÃO.

Um documentário do Discovery Chanel, Sexo Animal, chamou minha atenção quando eu fazia um zaping naquela noite. A cena que apareceu assim que passei pelo canal mostrava macacos, um macho transava uma fêmea e outro macaco menor olhava e se masturbava . O narrador explicava que os machos alfa podem transar com todas as fêmeas e os beta só com algumas e que as fêmeas se sentem atraídas pelos alfas mesmo tendo machos betas com quem se relacionam e que os beta entregam suas fêmeas como prova de submissão aos alfas.

Nossa! Pasmei!!. Eu estava sozinha, eu marido e as crianças dormiam e em mais uma noite de insônia provocada pelo desejo de sexo que meu marido nem sempre satisfaz. Na verdade eu procurava na televisão algum filme erótico desses que passam tarde da noite como sempre faço quando não consigo conciliar o sono.

A cena e as explicações do narrador me davam uma explicação, talvez, para o meu desejo por outros homens mais fortes e másculos que meu marido, afinal, o Carlinhos é uma boa pessoa, ótimo pai e marido, mas sexualmente não é nenhuma “Brastemp” e não consegue satisfazer-me totalmente, sempre que transamos fico com um gosto de quero mais.

O imaginário das minhas fantasias me levaram muito longe e quase sempre eu acabo me masturbando embalada por fantasias de situações eróticas que evoluem a partir de fatos do dia a dia. Como por exemplo, estar passeando no shopping e ser paquerada por um desses executivos lindos engravatados que sempre na hora do almoço povoam os locais próximos a prédios de escritórios em São Paulo evoluindo da paquera para uma transa muito louca num motel ou no apartamento dele. As vezes ate chego a sonhar com amante romântico com direito a jantar a luz de vela, etc.

Eu estava desempregada e tinha, depois de cuidar da casa e dos filhos, algum tempo para mim e estava aproveitando indo mais a academia e passeando nos shoppings como as mulheres gostam de fazer e para “compras” ou seja, paquerar, mas eu, apesar de ser paquerada e corresponder nunca deixava as coisas evoluírem, apesar de morrer de vontade.

Antes de voltar para cama e tentar dormir eu me masturbei e me inspirei na cena e acabei imaginando eu transando com uma pessoa mais forte e poderosa que meu Carlinhos e pela primeira vez imaginei o meu maridinho como o macho beta que via sua fêmea com um macho alfa e se masturbava. Isso me excitou muito e tive um gozo intenso embalada por essa situação que antes eu nunca tinha imaginado.

Na manha seguinte próximo da hora do almoço, meio sem querer querendo, me arrumei bem gostosa, como faço às vezes e fui para um shopping meio longe de casa, onde a probabilidade de encontrar conhecidos e bem pequena. É lá que gosto de me soltar um pouco e inocentemente paquerar e ser paquerada, sem nunca avançar o sinal. Só o fato de rolar uma paquera me excita muito e me deixa louca para pegar o Carlinhos a noite.

A idéia do Carlinhos me ver com outro homem e gostar disso não saia da minha cabeça, alem disso a cena dos macacos me fez pensar também que o fato alguns homens terem mais atração por mulheres casadas, do que pelas livres e desimpedidas poderia ser uma conseqüência destes serem alfas e os maridos que gostam de ver as esposas com outros, serem os betas. Eu andava pelo shopping que começava a receber os executivos engravatados para o almoço pensando essas loucuras e via neles macacos de terno e me diverti com isso.

Resolvi comer uma baked potato e logo que sentei percebi um bonitão de meia idade me olhando, e claro que procuro chamar a atenção procurando sempre cruzar as pernas com a arte que as mulheres muito bem conhecem de serem discretas e ousadas ao mesmo tempo.

Começamos a trocar olhares, estávamos relativamente próximos, umas duas ou três mesas de distancia no meio da praça de alimentação. Eu fiz questão que ele visse minha aliança que é das grossinhas, eu queria mostrar para ele que era casada nunca tinha feito isso antes.

Não demorou a trocarmos os primeiros sorrisos, mas ficamos nisso enquanto sentados, vi que ele comia depressa e quando ele estava terminando eu também me apressei, levantamos quase ao mesmo tempo e fomos juntos depositar nossas bandejas .

Ficamos bem próximos e sorrimos abertamente. Ele, sem perder tempo, me convidou para um café que aceitei e claro, com a mesma rapidez. Eu sentia que estava agindo por um impulso muito forte que estava me levando a agir sem pensar.

Fomos a um dos cafés do shopping, sentei numa das mesinhas e ele foi apanhar dois expressos para nos.

Depois de rápidas generalidades, ele foi meio direto e perguntou se meu marido não era ciumento.

Antes de responder claro que perguntei por que ele queria saber se o Carlinhos (falei o nome do meu marido no diminutivo instintivamente) era ciumento, ele não perdeu a deixa e disse que eu era muito bonita e que certamente era muito paquerada (eu já esperava essa resposta).

Para minha própria surpresa, eu disse, não, ele não e ciumento e até gosta que eu seja paquerada e conte para ele. Nem sei como essa resposta saiu assim de bate pronto. Eu mesma me surpreendi, era sem duvida o efeito do documentário sobre os macacos.

Ele ficou surpreso, acho que ele não esperava essa resposta e acabou emendando depois de fazer cara de surpreso. - Que bom, marido ciumento de mulher bonita deve fazer da vida do casal um inferno.

Eu aproveitei e perguntei: E Vc é ciumento? Ele disse de pronto que sim, mas de modo moderado, acresceu, pois, quando se tem mulher bonita ela certamente é paquerada, como estou te paquerando, mas alguns homens querem a mulher só para si, é o meu caso.

Ai eu aproveitei: Então Vc não deveria se sentir atraído por uma mulher casada, que tem seu marido. Aí e diferente, ele disse sorrindo.

Minha resposta foi o clássico: Entendi! E tinha no fundo entendido mesmo, ela devia ser um beta.

Sorrimos e tomamos nosso ultimo gole de café!! Fiz um brinde ao homem que é ciumento mas gosta de mulher que tem marido!!

O Carlinhos vai gostar de saber que te conheci, disse, sem nenhum pudor.

Como assim, disse ele fazendo-se de surpreso.

E que as vezes conto que sai com alguém e ele gosta, se excita. Vc nunca ouviu falar de casais liberais?

Sim, mas so ouvi falar, nunca conheci nenhum.

Eu estava em ponto de bala, toda molhada detesão, estava com os batimentos cardíacos a mil e mãos suadas, adrenalina estava correndo como louca pelo meu corpo.

Entao, esta conhecendo a esposa de um marido liberal. Prazer, Lene.

Sem perder tempo ele disse, se formos ao cinema agora depois Vc vai contar para ele?

Vou e claro, eu disse.

Entao, por que não irmos?

E claro que não e difícil imaginar o que aconteceu no cinema, assim que entramos fomos para as fileiras do fundo e nem bem sentamos nos entregamos a beijos e caricias e acabei recebendo dele todos os carinhos que me levaram a gozar loucamente ao mesmo tempo que eu cheguei a me abaixar e chupar o cacete dele ate ele gozar e claro que, antes de entrarmos no cinma ele tinha ido ao banheiro e tinha colocado no bolso varias folhas de papel toalha, prevendo o que Ia acontecer. Certamente eu não era a primeira que ele fazia isso naquele shopping.

Quando terminamos a loucura saímos quase direto para os banheiros para nos recompormos.

Quando sai do banheiro ele me esperava, mas mantivemos certa distancia protocolar, nos despedimos, trocamos emails, não dei meu telefone e claro, mas ele me deu o dele.

Quando entrei no meu carro para voltar para casa, tive um momento de recaída em mim mesma e comecei a me questionar, o que tinha acontecido. Eu não acreditava que tinha feito.

O fato de ter dito a ele que o Carlinhos sabia e gostava que eu tivesse outros homens foi o que excitou ao ponto de fazer a loucura que fiz.

Uma nova Lene nasceu naquele momento. A mulher que descobriu que é excitante ter um marido que aceite que ela transe com outro macho, um beta é claro.

Mas tudo não passava de mais uma fantasia!! Ter um maridinho liberal. Carlinhos e bonzinho, mas esta longe de ser liberal. Será? Quem sabe ele não pode se realizar como um marido beta, mansinho?

Lene

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Comentários

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Seu conto corre o risco de fazer desavisados pensarem que maridos liberais são sempre machos beta, o que não é verdade. Mas é bem escrito, descreve bem os sutis detalhes da sedução feminina, bem como esse desejo de libertar uma sexualidade que se mantinha latente. Algo que existe em todos, embora pouca gente tenha coragem de assumir os riscos. Muito bom...

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