Minha primeira massagem anal.

Um conto erótico de Catherine Lanou
Categoria: Homossexual
Contém 1705 palavras
Data: 22/07/2009 09:27:38

Não tenho bem certeza, mas acho que isso é menos importante. Mas fazia coisa de dois meses que passara a frequentar a nova massagista. Sugestão de amiga. Profissional e competente, recomendara. Eu me considero uma dependente e, bem, se por acaso fico uma semana que seja sem massagem, meu corpo já dá sinais. Dor aqui, ali, se faço este ou aquele movimento, ai, ai!, enfim tudo me empurra para uma semanal e imprescindível massagem. Para relaxar e recuperar meus plenos movimentos. Então, não importa muito quando, mas foi numa semana daquelas, cheguei no horário marcado, uma sexta-feira à tardinha. Beirava à exaustão. Como de praxe, cheguei, cordiais cumprimentos, tudo bem, tudo, tirei a roupa e fiquei apenas de calcinha. Deitei-me de costas sobre a maca. Estava quentinha. Ela sempre mantém um aquecedor elétrico sob o lençol. Uma sensação ótima, ainda mais quando o clima não é dos melhores. Mas naquele dia, comentei, sem pretensão alguma. Apenas disse: “hoje, se tiver um pacote extra, pode caprichar, eu quero, ‘viu?!”. Ela apenas respondeu mecanicamente. “Okey! Você é quem manda!”. Em suma, no início, o de sempre. Muito creme, massagem linfática aqui e ali, pés, pernas, dorso, região lombar, braços, pescoço, nada era esquecido. Teve até um pouco de um improvisado Reiki no rosto. Uma delícia. Ela costuma fazer primeiro a massagem na parte da frente e, logo em seguida, na parte das costas. E assim seguia tudo na rotineira massagem que ela sempre fazia. Foi então o momento em que ela claramente perguntou para confirmar: “Você vai mesmo querer o pacote extra?” Foi uma surpresa a sua pergunta. “E há um pacote extra, então? Sou toda sua!” Respondi, ansiosa pela novidade. “Começamos então por retirar esta calcinha que, com certeza, vai atrapalhar”. Foi falando e agindo. Como eu ainda permanecera de bruços, apenas levantei um pouco o bumbum, para ajudá-la, facilitando na retirada. Cobriu-me com uma toalha nas costas e nas pernas. Para me manter aquecida e bem relaxada, dissera atenciosa como sempre. Deixou apenas a região do bumbum descoberta. Foi até um armário onde mantinha seus potes de creme e outros objetos. Não percebi bem o que era, mas trouxera um tubo grande. Disse que era óleo de amêndoa-doce. Nada de substâncias químicas abrasivas, que poderiam causar irritação, comentou. E que não iria ter aquele desconfortável choque térmico que os géis a base de água costumam dar. Disse para eu relaxar e aproveitar. Que era para eu não me estressar com nada, pois ela iria cuidar muito bem de mim. Eu estava em boas e experientes mãos. Então concordei com um “a-ham”, admitindo minha completa submissão. Pelo som do atrito, percebi que ela aquecia as mãos com o óleo. Com filetes, foi derramando por sobre as nádegas e começou a fazer os primeiros movimentos. Movimentos lentos e circulares. Uma mão em cada nádega. De dentro para fora. De fora para dentro. De baixo para cima. Uma nádega, depois a outra. Repetia. Com a ponta dos polegares ia estimulando a circulação e aquecendo a musculatura. Intercalava fazendo pressão com as pontas dos dedos, descendo e subindo. Por vários minutos ficou nesta atividade. Era muito gostoso sentir o calor das suas mãos. Por vezes, pressionava seu antebraço entre as nádegas. Sempre de baixo para cima, forçando o punho fechado entre as nádegas e ia até o cotovelo, longitudinalmente. Primeiro um e depois o outro braço. Era inusitada e estranha a sensação, mas muito prazerosa. Aos poucos sua pressão das mãos foi diminuindo e ela passou a fazer movimentos bem mais suaves. Inclusive com o dorso das mãos, pele sobre pele, e usava a ponta das suas unhas, como se me arranhasse. Conseguindo arrancar alguns arrepios. Foi inevitável. E conseguia até alguns gemidos meus mais sonoros. Até que passou para uma segunda etapa. Pediu para que eu erguesse o bumbum mais uma vez e colocou sob ele uma toalha dobrada. Deitei com o quadril em cima. Dissera que era para absorver o excesso de óleo. Senti então que escorria um filete de óleo morninho na fenda entre minhas nádegas. Rapidamente, com a ponta dos dedos, espalhou o óleo entre as nádegas. Tocando de leve meu ânus, indo até o períneo e voltou até próximo ao cóccix. Fez o mesmo movimento umas duas ou três vezes, com ambas as mãos. Primeiro num sentido e depois o contrário. Quando fazia de cima para baixo, as pontas de alguns dedos paravam bem sobre meu ânus. Uma sensação ótima e muito excitante. Primeiro uma das mãos, permanecia alguns segundos com os dedos pressionando meu esfíncter. Depois descia com a outra mão, quase que mecanicamente, repetindo os gestos. Fez isso várias vezes. Eu não queria que ela parasse com o movimento, mas viria algo mais prazeroso ainda. Em seguida, com os polegares foi afastando as nádegas em leves toques de pressão, de dentro para fora, primeiro num lado de depois no outro. Com um pouco mais de óleo, dedicou-se com mais carinho sobre meu ânus. Com as pontas dos polegares, simultaneamente, ia do centro para as extremidades. De uma tal maneira que fui relaxando naturalmente, deixando de fazer o movimento instintivo de contração. Assim, completamente relaxado, meu ânus já permitia que parte dos seus dedos já me penetrasse sem qualquer obstáculo. Ela então deixou um dos polegares fazendo movimentos circulares com certa pressão, conseguindo uma leve introdução. Bastante ágil, com a outra mão atingia meu períneo e a entrada da minha vagina. Estava cheia do óleo que escorrera naquela direção com os trabalhos. Seus dedos tinham então liberdade para me penetrar suavemente. Neste momento, eu já não controlava mais meus suspiros e abafava meus gemidos com o rosto pressionado sobre a toalha. Era tudo involuntário já, a cada movimento seu. Ela, muito ingenuamente, então, me pareceu, perguntou se estava tudo bem comigo e se ela podia “ir em frente?”. Eu apenas consegui dizer, meio sem jeito: “pelo amor de Deus, não pare agora!”. Ela recebera então a autorização que esperava. Com alguns dedos começou a me penetrar na vagina e com a outra mão introduziu seu polegar inteirinho no meu ânus, curvando-o para acostumar o esfíncter. Depois fazia movimentos circulares, com mais e mais pressão, girando a mão sobre meu ânus. Eu, instintivamente, ergui um pouco meu bumbum para que ela fosse mais e mais além. Estava completamente entregue. Até que senti um prazer incrível. Ela estava com quase toda a mão dentro da minha vagina. Coisa que jamais havia sentido. Mas antes de prosseguir, quis ter a certeza de que eu iria concordar. Voltou sua voz para mim e perguntou se podia enfiar tudo. Eu apenas consegui dizer que se ela conseguisse a proeza, que fizesse então. Naquele momento não dava mais para desistir. Ela conseguira. E foi. E foi. Não agüentei mais e deixei meu corpo cair sobre a maca. Em êxtase absoluto. Ela manteve sua mão durante alguns segundos ainda, todinha dentro de mim. Fazendo uns movimentos que me enlouqueciam. Também mantinha seu polegar inteiro no meu ânus. Girando lentamente. Ficou assim por alguns segundos, até que eu gozei novamente. Não consegui evitar e gritei “yes, yes!”. Gozei forte. Como nunca até então. Minha Nossa! Como foi bom aquilo. Se eu soubesse que iria sentir tanto prazer, já teria feito aquilo antes. Ela lentamente foi retirando as mãos. Primeiro liberou meu ânus, mas manteve os movimentos circulares sobre o esfíncter externo. Era muito relaxante. Depois, foi retirando sua mão da minha vagina, bem devagar, para que eu também tivesse prazer até o último momento. E assim findava meu pacote extra de massagem. Quando tudo estava terminado, caí em mim novamente. Fiquei completamente sem jeito. Confesso que senti até um pouco de vergonha depois. Evitei encarar seus olhos. Procurei comentar sobre a sua prática e sua técnica, elogiando-a. Ela riu um pouco e disse que, para algumas clientes, fornecia esta massagem extra. Dirigiu-se até meu rosto e rindo disse que estava tudo bem, que era só uma massagem e que ela era bastante profissional. Beijou-me na testa e disse para eu não “en-cu-car”. Fazia tempo que não ouvia tal palavra. Achei legal da sua parte. Perguntou desnecessariamente se seu havia gostado, e que poderia incluir a massagem sempre que eu quisesse. Mas alertou, mencionando o preço. Não me importei muito. Acho que valia a pena. Bem, e foi assim fiquei fã e uma cliente assídua. Sempre que percebo que estou precisando muito de um relaxamento, ou de um orgasmo, daqueles, bem desfrutado, não me acanho em procurar minha massagista predileta. Mas não se enganem. Não a julguem pela aparência. Ela é uma querida senhora, bastante simpática. Parece uma mãezona, graças a sua origem alemã. Quadril largo, corpo robusto, sempre com os cabelos presos e braços fortes, com certeza graças aos anos de muita prática. Aqui, por discrição, vou chamá-la de Helga. Minha querida massagista Helga. Pensando bem, este nome lhe senta muito bem. Mas... Tudo bem que uma história é uma história. Tudo se enquadra num “acredite se quiser”. Valeria apenas pelo deleite da viagem ou pelo exótico filme mental que criamos. Mas talvez tenha subestimado você, leitor. Com um pouco de perspicácia, provavelmente, você se perguntaria: “como uma cliente descreveria uma massagem que recebera, assim, com tanta riqueza de detalhes? Muita imaginação?” Pois aí é que está o ponto. Está certo, se você estranhou, parabéns, você conseguiu. Venceu. Admito, eu não sou perfeita. Muito menos sou capaz de escrever com tanta precisão. Não sei se frustro suas expectativas, mas quem acabou de escrever esta história fui eu. Eu, sim. Eu mesma. A massagista. Eu sou aquela mãezona alemã. Muito prazer. Meu nome é Helga Weissberg. Para me conquistar, não sou muito exigente. Basta que me acompanhem num Eisbein (Joelho de Porco), chucrute refogado, purê de batata e um caneco de chope bem gelado, sem colarinho. Risos. Sem excessos, pois na hora deixaremos rolar o que vier. Brincadeirinha à parte. Sou bastante amigável e trato todos, homens e mulheres, com muito respeito e consideração. Há que me ache parecida com Miss Doubtfire, personagem do ator Robbin Williams, em “Uma babá quase perfeita”. Espero que meu relato desperte a criatividade de cada um na hora “H” e, por favor, não economizem no óleo de amêndoa doce. Beijos. Emails para catherine.lanou@gmail.com .

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Comentários

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Muito bem escrito, excitante. Faltou um pouco de verossimilhança,típica do narrador-autor. Mas muito bem escrito em sua estrutura e na evolução dos fatos.

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Apesar da baixaria habitual no comentário do frustado "Filósofo", seus relatos são a essência do erotismo, numa linguagem culta, do fundo do coração, balançando mesmo as estruturas, vivendo cada frase, cada momento, uma aventura como se estivéssemos presente no ato... Vou contatar o seu e-mail. Continue nos privilegiando com seus textos, verdadeiras obras primas. Beijos!(Nota? 10 X 1000)

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Filósofo, porque não vai tomar no cú?

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