Reunião de trabalho

Um conto erótico de LOBO
Categoria: Heterossexual
Contém 1434 palavras
Data: 04/06/2009 10:35:11
Última revisão: 04/06/2009 17:52:28

Engraçado como certas situações parecem sempre se repetir. Tudo indica que a mecânica é sempre a mesma, fazendo os estranhos se encontrarem e se descobrirem na empatia do desejo...

Volta e meia ela aparecia, sumia uns tempos e então retornava. Sempre profissionalmente, claro. Mas me mesclando-se ao seu perfume, algo sempre pairava no ar...

Dessa forma, já tínhamos tido antes vários contatos, vários encontros em palestras e feiras. Já nos conhecíamos há tempos.

Temos inclusive amigos comuns, até com direito a sutis indiscrições nas conversas, que foram nos construindo uma certa cumplicidade. Mas até hoje, tudo fora estritamente profissional entre nós.

Nos cocktails, nos cafés em meio as palestras e feiras comerciais onde nos encontráramos sempre sobrara espaço para conversas mais soltas, de falar de viagens, hobbies, etc... Alguma coisa a mais se subentendia nos olhares, na dubiedade de algum comentário inocentemente malicioso. Sempre havia algo.

Ela já havia passado aqui esta semana, visitando meu diretor. Eu estava presente, e não nego que tinha me deixado algo desconcertado com uma aura de sensualidade, mais insinuante que das outras vezes, que trazia em torno de si. Mas surgiu-me uma reunião inesperada fora do escritório. Daquelas inadiáveis, que aparecem sempre nas horas mais inadequadas, e assim, não pude atende-la.

Combinamos sua vinda para hoje, para que ela possa me apresentar seus produtos e projetos em desenvolvimento.

Nossas agendas só permitiam que a reunião se desse já perto do meio dia. Mas havia uma certa urgência, portanto, marcamos assim. Já de algum tempo nossas respectivas diretorias nos tinham insistido na necessidade desse contato, que poderá viabilizar parcerias produtivas.

Ela teria que me apresentar um vídeo. Pensava em assistirmos no escritório e depois continuarmos a conversa em um almoço. Confesso que a segunda parte do encontro já me despertava idéias alternativas...

Eu a recebo no escritório. Chega com um vestido de seda que se amolda ao seu corpo, botas de cano curto, de salto, que fazem sua postura ser ainda mais deliciosa, com um derriére provocantemente empinado.

Senta-se e cruza as pernas, a fenda lateral do vestido exibe parte das suas coxas, e às vezes em alguns movimentos que faz, deixa intuir uma meia 7/8 presa a uma certamente muito provocante cinta-liga.

Seu perfume quase me hipnotiza. Mas tentamos falar só profissionalmente... a secretária vem, pergunta se precisamos de algo pois já é hora do almoço e todos vão sair.

Vamos à sala de reunião da diretoria onde há projetores de TV para que ela apresente sua demonstração.

Mal fecho a porta há um estrondo na rua. Estamos sem luz. Claramente, foi um condensador que estourou. Como o prédio não tem gerador, ficaremos às escuras até o retorno do fornecimento da eletricidade. Será ao menos uma hora, talvez mais.

Estamos totalmente a sós. No 25º andar...

Na sala escura, com os olhos ainda não acostumados a falta de luz, tentamos nos mover, e acabamos nos encontrando.

Inadvertidamente, toco seu corpo por traz. Sentindo com mais intensidade teu perfume, me deixo ficar, sem pedir desculpas. E vejo que também não se move.

Digo quase num sussurro que seria perigoso sair da sala naquele escuro. O prédio, está em reformas, com material de construção empilhado pelos corredores, e o circuito de luzes de emergência, em função das obras, está desativado.

Ela se mantém na posição sem me responder. Tudo que sinto é a maciez dos seu corpo, seu derriére se aninhando em minha virilha, meu membro se enrijecendo...

Ela bem o sente. Atitude que toma? Não se afasta, fica por lá...

Sem mais pruridos - é agora ou nunca - digo ao seu ouvido:

- Desde a primeira vez que te vi, fiquei intrigado com este seu perfume...- e seguro sua cintura te trazendo ainda mais para traz. Pararia tudo se ela se indignasse com o princípio da abordagem. Mas parece que não se indignou...

- Esse seu perfume de mulher em toda a plenitude de sua sensualidade...

Continua em silêncio. Mas apanha minhas mãos e as leva para suas coxas....

Sinto a seda de sua pele. Vou lentamente erguendo o vestido , avançando por tuas coxas até a sua calcinha, que minúscula está parte dentro dela. Meus dedos se umedecem de um caldo denso, a sinto molhada, em brasa....

Ela se vira para mim e busca minha boca . Nos beijamos sofregamente, enquanto nossas coxas se entremeiam, roçando nossos sexos.

Me empurra contra a parede e me diz:

- Fique aqui ... espere um pouco ...

E vai beijando meu pescoço, desabotoando minha camisa enquanto lambe minha pele.

Abre meu zíper, retira meu membro que salta, duro para fora.

No escuro o apalpa, sente seu tamanho, começa a sugá-lo...

Fico de pé me deliciando, fazendo carinhos nos seus cabelos e movendo tua cabeça para mim, dando ritmo à teus movimentos.

Me livro dos sapatos, colocando o pé direito entre tuas pernas. Ele se aninha entre suas coxas. Minha meia se molha...

Também quero prová-la... Ergo-a, tomo-a no braços e a deposito suavemente sobre a mesa de reunião.

Sento na cadeira do presidente, separo bem suas coxas, coloco a cabeça sobre elas e com os dentes retiro sua calcinha. Sua fonte está livre!

Dela bebo com sede, fazendo minha língua ir e vir sem parar para dentro da sua fornalha, vindo de seu reguinho até seu clitóris que prendo suavemente, fazendo-o girar em meus lábios.

Ergo-a com as mãos e faço meus dedos a explorarem toda...

Geme de tesão , daí me grita:

- Seu safado ! VEM!...

Não a farei esperar. Me ergo , fico de pé e coloco suas pernas apoiadas em meus ombros, lentamente vou entrando...

Pouco a pouco, a penetro toda, enquanto ela comprime os músculos dessa sua entrada deliciosa, me fazendo ir ao delírio .

Estoco cada vez mais fundo, cada vez mais rápido, dentro dela, que se move, rebola como seu corpo todo fosse só sensualidade.

Chegamos ao orgasmo, que é com se uma corrente de eletricidade nos tomasse por inteiros....

Depois do gozo, ela escorrega pela mesa e vem sentar-se no meu colo. Ficamos lá trocando confidências próprias dos estranhos, que paradoxalmente se tornaram muitos íntimos.

Assim somos nós agora...

Em meio a conversa trocamos carinhos , e pouco a pouco sinto seus seios arfando de novo. Ela me apanha e o sente-me em minha rigidez novamente consumido pelo desejo.

Com a voz carregada de uma suprema malícia, me diz ao ouvido :

- Meu safado, eu senti lá atrás seus 2, 3 , acho que foram até quatro dedos... - e morde suavemente o lobo da minha orelha...

E como na arena dos amantes, nenhuma censura se admite, santificadas são todas as palavras, me diz, numa voz de um calor que vem de muito dentro dela:

- Quero ser tua putinha completa... Põem esse pau por traz ...ME ENRABA! VEM !!...

Sem mais dizer, nem seria necessário... ela se vira e apoia o corpo sobre a mesa, fazendo suas costas desenharem uma suave curvatura , que culmina na sua bunda provocadoramente empinada.

Afasta bem as pernas. Os olhos já acostumados à pouca luz, me permitem fruir extasiado dessa visão sublime...

Me aproximo, meu membro ainda úmido dela rumo à sua Segunda Entrada. Primeiro dança em círculos nas bordas, como a pedir sua permissão.

Lentamente ela se abre , lentamente, por outro caminho, me recebe de novo...

Ao sentir-me todo dentro de si, emite um gemido profundo, mexe sua bunda suavemente enquanto sente minhas estocadas profundas.

Com a mão esquerda por baixo, espalmando teu sexo, sei bem do seu estado de excitação.

Continuamos nesse movimento cada vez mais intenso. Ela não se preocupa com mais nada, seus gritos de prazer enchem o ambiente, até o novo gozo que nos colhe. E não há como descrevê-lo, só quem sabe viver e celebrar a sensualidade, dádiva da vida, saberá entender...

Nos abraços, totalmente cúmplices, e no meio de um beijo muito intenso a luz volta.

Usamos o banheiro ao fundo da sala para nos recompormos. E isto não é uma tarefa simples...

Mas afinal conseguimos...e voltamos à minha sala.

Cinco minutos depois a secretária reaparece.

- Vocês ficaram presos aqui? Nossa!...Deve ter sido um horror!

Depois nos examina mais detidamente :

- Ficaram aqui presos, e ainda por cima sem comer?! - Eu mal seguro um sorriso...

- Como é que conseguem ter ficados presos no escuro e ainda ter essas expressões de paz de espírito??!!

Ao sair da sala ainda a ouvimos comentar para si:

- Não dá para entender...

E a vemos seguir pelo corredor, balançando a cabeça, para começar o turno da tarde...

LOBO

lobogrisalho@bol.com.br

Direitos autorais reservados. Proibidas sua reprodução, total ou parcial, bem como sua cessão a terceiros, exceto com autorização formal do autor, de acordo com a Lei 5988 de 1973

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive O LOBO a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

ADORO sua forma de escrever... apesar de ser fanática por um "português claro"- por assim dizer- a gentileza e sofisticação de suas palavras me excitam de forma indescritível.

0 0
Foto de perfil genérica

Felizes são as mulheres que sabem viver verdadeiramente sua sensualidade... Nós, em nossa maioria, apenas sonha acordada... Obrigada ao Sr. Lobo por rechear os nossos sonhos...

0 0
Foto de perfil genérica

Ai! Essa Simone disse tudo! Tb trabalho e vivo saindo pra reunião. Quantas vezes já pintou uma vontade de dar em pleno escritório. Hmmm

0 0
Foto de perfil genérica

Uma mulher que trabalha, que por força da ocupação tenha que se reunir em vários lugares com várias pessoas, sempre vai conhecer alguém interessante. Se diz que nunca teve uma fantasia dessas, ou está mentindo, ou não gosta de sexo. Só um cavalheiro como o Sr. LOBO, que parece nos conhecer por dentro para revelar essas fantasias. Delicioso!

0 0