Cristina, loirinha sem juízo, 11

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 2849 palavras
Data: 09/01/2009 10:57:50

E A VERDADE PREVALECERÁ

Ainda hoje não sei como tive coragem de enfrentar aquela situação e ainda não entendo a atitude de Inês, a passividade e frieza. O que eu sempre temia aconteceu de modo quase normal demais e aquele domingo marcou uma nova etapa em nossas vidas...

Domingo, 12 de dezembro de 2004

Os temores de Inês não tiveram razão de ser, Zulmira agiu como sempre quando entrou na sala e viu Berenice conversando com Glória, as duas só de calcinha.

— Posso servir a janta? – falou parada na porta.

Glória não lembrava que tinha gente nova na casa, tentou esconder os seios cruzando os braços, Berenice riu da filha.

— Deixa de besteira, Zulmira é de casa... – puxou os braços da filha – Não parece comigo quando mocinha?

Zulmira riu e balançou a cabeça, lembrou das duas correndo peladas pela casa e das brigas de dona Tonica.

— A madrinha ficava uma arara...- limpou as mãos no avental, os cabelos grisalhos, mas o rosto ainda dos tempos de outrora, mudou quase nada do tempo que ajudava a mãe nas tarefas da casa – O padrinho é quem livrava o couro de vocês...

Riu e voltou arrastando o chinelo nos ladrilhos de cerâmica cozida, apesar de não ser tão velha como aparentava, andava como se já passasse dos sessenta e não os cinqüenta e poucos que tinha. Glória ficou olhando ela afastar, sempre gostou da negra desde que não passava de uma bolinha choradeira e conhecia Francisca desde que lembrava.

— Tu e a titia deixavam a vovó maluca! – sentou no sofá – Porque tu era diferente qua o papai...

Nunca conversavam sobre o tempo do pai, era tudo diferente mesmo quando ele chegava em casa bêbado.

— Esquece, estamos melhor assim, não estamos? – Berenice demorou um pouco responder, nem lembrava daqueles tempos, fazia tudo para esquecer, sentou do lado da filha, segurou a mão, unhas por fazer – Nunca mentimos uma pra outra e... E você mentiu para mim...

Glória pescou o que a mãe queria dizer, olhou para o chão e contou os ladrilhos pedindo a Deus que ela não continuasse, Berenice olhou para ela sem saber se deveria voltar ao assunto.

— Mãe... Eu... – uma vontade enorme de chorar – Não dava pra contar, Tu sabe que tem coisa que a gente não conta...

Berenice se encostou, a napa quente fez a costa pingar de suor.

— Vi... Vi teu tio e... Vi os dois... – não era fácil falar – Eles estavam... Merda! O pênis de João estava... Tu sabes...

Olhou para a mãe, piscou nerevosa.

— Eles transam... – a voz sumida – Desde aquela excursão... A tia sabe?

Berenice desviou a vista, olhou para um ponto qualquer sem ver o que via, já sabia, tinha visto, mas guardou.

— Não... E você? – não tinhas como não pensar que a filha também participava, eram muito unidas como ela e Inês.

— Não... – suspirou e resolveu contar toda a verdade – Tudo não, mas... A gente fica... Ele não quis fazer comigo, mas se quisesse eu dava...

Admirou a coragem da filha, não era um exemplo de coragem, mas as duas conversavam sobre tudo e naquele momento sentiu orgulho.

— Tem uma coisa que nunca contei a você... Você pensa que teu pai foi o primeiro... Não foi... – querias já ter falado há mais tempo, mas sempre adiava, nunca era o momento, sempre via a filha como criança – Meu primeiro homem foi teu tio... – sorriu lembrando.

Glória não estranhou, não sabia mas desconfiava, a mãe era diferente perto do tio e esse negócio de dormir junto só devia ser isso.

— Tava na cara que tinha sido ele... – olhou para a mãe – Sempre desconfiei que a senhora e ele... A tia sabe?

— Ora se não... – riu, o clima não era mais tenso, não haviam mais segredos – Foi ela que ajudou... A gente se gosta muito, sempre gostei mais dele que de teu pai...

— E porque tu casou com o papai?

— Foi coisa de tua avó... – respirou aliviada – Ela desconfiava que eu e João... Arranjou um namorado e... Tava doente, pediu para que eu casasse, casei para satisfazer, não amava teu pai... Bebia muito, me batia...

— Sou filha dele?

— É... Desgraçadamente tu és filha de teu pai... – levantou, tinha falado demais, sentia a garganta seca.

Foi na cozinha, a mesa já posta, Zulmira olhou para ela e balançou a cabeça, a neta estava sentada no batente descascando laranja. Pegou uma cerveja.

— A janta ta na mesa, deixa pra beber depois... – a negra falou – Vai chamar a Inês Francisca...

* * * * * *

Aquele final de semana estava marcado para ser o das descobertas, Bernenice já tinha me visto com Cristina, Glória contou nossa história e Berenice a minha com ela e a irmã, mas não falaram pra Inês sobre Cristina comigo, resolveram deixar que ela mesma descobrisse.

Depois da janta sentamos na varanda, Berenice no chão comigo e Inês na rede com Cristina, Glória ficou na mureta.

— Quer dizer então que vocês três são chegados em uma suruba, né mamãe? – Cristina tocou no assunto.

— Foi na época que éramos mais novas... – Inês olhou para mim – Teu pai é que não parava de nos atentar...

— Que nada, o pai não é dessas coisas – me defendeu – A senhora e a tiaBerê é que sempre foram muito assanhadas...

— É porque tu não sabe de nada Cris! – Berê apertou minha mão – João andava de pau duro... Até o papai notou?

— E dava pra ser diferente com vocês duas peladas o tempo todo? – entrei na conversa.

Glória somente olhava e ria.

— A gente era muito capeta... – Inês se ajeitou na rede – Aprontamos poucas e boas... Mas isso já passou...

— Será? – Glória resolveu apimentar – Quer dizer que nãofazem nada de noite?

Berenice fuzilou a filha com um olhar de faísca, não queria que a irmã soubesse que tinha contado tudo.

— Esse babão não é mais de nada... – me abraçou – Bate na cama e apaga – tornou olhgar para a filha – Ta velho meu cunhadinho...

— E a senhora quer que eu acredite nisso? – Cristina virou para olhar a tia – Morde aqui para ver se sai coca-cola? – riu.

— Deixa eu ver se o negócio ta quietinho?

Berenice tentou meter a mãso em minha bermuda, mas nãso deixei.

— Deixa de ser saliente Berê, ass meninas... – parei e olhgei para Inês, ela tinha ficado calada – Tira tua irmã daqui amor senão?...

— Ti vira por aí, não sei nada disso...

— Olha pai como a mãe é santinha? – beliscou a perna da mãe – Quem vê ela falando assim...

Continuamos conversando animados, Inês estava quieta, vez por outra dizia alguma coisa. Glória também pouco falou, a não ser para jogar uma felpa que a mãe recebia e devolvia com tiradas picantes. Zulmira e Francisca já tinham ido para a casa com dois pequenos qauartos, uma sala, banheiro e cozinha pequena um pouco afastada.

— Vou deitar, amanhã cedo tem batente... – Inês levantou da rede – Não vá dormir tarde... – beijou a testa da filha.

Tínhamos decidido passar a semana na quinta, a casa de Berenice estava sendo pintada. Pouco depois Berenice também saiu e levou Glória, fiquei sentado no chão e Cristina deitada na rede.

— Nunca vi a tia brincar desse jeito – virou de bruços e olhou para mim – Eu já sabia que vocês transam... – piscou e sorriu – Vi várias vezes, mas nunca disse nada...

Olhei para ela sabendo que Glória já tinha falado, também falou para mim, da conversa que teve com a mãe.

— Tua mãe conversou contigo alguma coisa?

— Não... – levantou da rede e sentou em meu colo – Tia Berê não falou nada para ela...

Levantei, sabia que não ia demorar muito, não depois daquela conversa.

No quarto Inês esperou que Berenice voltasse do banheiro.

— O que tu falou para eles? – estava sentada encostada na jabela aberta.

Berenice penteou os cabelos, não tinha certeza ainda se eeveria falar para a irmã.

— E tu achas que elas não sabiam? – aproximou da irmã e ficou acocorada em sua frente – A gente sempre deu muita bandeira Nina, elas não são bobas e nem crianças...

Inês passou a mão na cabeça úmida da irmã,. Ficou olhando o rosto lembrando de como sempre achou a irmã bonita, mais que ela.

— Mas tinha de falar?

Berenice não sabia porque sentiu pena da írmã, sempre foi a mais carente e senmpre foi Inês quem lhe servia de tábua de salvação.

— Elas já sabiam de quase tudo... – ficou um tempo calada – Tive uma conversa com Glória...

Inês suspirou profundo, o final de semana tinha sido carregado de emoções fortes. Aquela conversa e a decisão de jogar tudo para cima e deixar as coisas correrem, voltar a tirar a roupa e aquela conversa parecia ter minado as forças.

— Ela falou alguma coisa? – novamente a desconfiança.

— Falou... – não adiantava adiar aquilo, tinha de falar, sempre falou tudo para a irm㠖 Eu tinharazão, eles... Elas...

Faltaram palavras para dizer o que tinha ouvido da filha. Inês sentiu uma espécie de vertigem, a vista ficou pastosa.

— Cris também? – não escutava a própria voz.

— Ela, só ela... – Berenice parecia não tocar o chão, estava leve, parecia flutuar – Foi na excursão... Glória sabia desde o início e... E quis também, mas... João não fez com ela, só com Cris...

— Meu Deus!... – sentiu o chão abrir, pareceu cair em um abismo – É filha dele...

Ficaram caladas, os olhos marejados e algumas poucas lágrimas riscando o rosto. Berenice não sabia o que falar, Inês não conseguia.

Entrei na sala, peguei a carteira de cigarros e voltei para a varanda, Cristina continuava sentada pensando na mãe.

Acendi um cigarro e fiquei debruçado na mureta.

— Não fica assim pai... – Cristina levantou e ficou do meu lado – Tinha de acontecer, não dava pra ficar o tempo todo escondendo...

Não temia por mim, morria de medo por ela. Inês, quando se sentia ferida, era muito dura, não media as conseqüências de suas atitudes, poderia até mesmo querer separar e isso doía muito, maslá no fundo tinha esperança de que nada do que temia fosse acontecer.

— Vai dar tudo certo pai, tu vai ver.

— Não estou com medo, preocupado, mas não tenho medo – virei, ela olhava para a goiabeira cheia de galinhas – Você também não deve ficar assim...

Não respondeu, o pensamento não estava ali, tinha voado nas asas livres do que passou, lembrou da infância correndo atrás dos bodes e galinhas, de como gostava de brincar com o pai e com a mãe no açude, das viagens, da primeira vez que viu o mar, de Glória que vivia chorando com medo de tudo, do dia que descobriu os gosto do sexo, do frio no ônibus e da sensação de perigo quando sentou pela primeira vez no pau do pai, da dor fina e de como se sentia depois.

Olhei para ela, ela respirava lento, o corpo bem feito, as ancas arredondadas, as nádegas, as cochas e descobri que faria tudo outra vez, que não me importava se Inês não aceitasse desde que não perdesse Cristina mulher, minha filha, minha fêmea. Fiquei atrás dela, estava excitado, meu pau duro, abracei, senti a pele macia, passei a mão na barriga, segurei os seios e ela suspirou. Tirei o pau e coloquei entre suas pernas, ela arrebitou a bunda, abriu as pernas e esperou.

— Vai pai, mete... Mete tudo, mete paizinho...

Afastei a calcinha, passei o dedo, estava úmido e ela gemeu, fechou os olhos. Coloquei e empurrei, entrou sem dificuldade alguma, fiquei parado, ela mexia os músculos da vagina.

— Te amo tanto João... – não era comum chamar assim – Mexe, não fica parado...

No quarto Berenice puxou a mão da irmã, ficaram em pé abraçadas.

— Quer saber de uma coisa Berê... – olhou nos olhos da irm㠖 Talvez tenha sido melhor assim, que fosse ele...

Berenice piscou, a mão carinhosa da irmã passava leve em suas costas, os seios colados pareciam dois pares de farol se tocando.

— A gente é diferente Berê... A gente é diferente... – os olhos dentro dos olhos, as respirações fortes – Não muda nada...

Não piscavam, Berenice aproximou o rosto e beijou a boca da irmã, um beijo selado, tornaram separar, olharam e sentiram necessidade de carinho. Inês tornou aproximar e beijou a irmã como nunca tinha beijado, um beijo doce sem outra intenção senão o carinho, nãoi havia apelação sexual, somente carinho.

— Somos duas doidas... – Berenice riu – Só falta agora Glória... – Como será que... Será que isso vai dar certo Nina?

— Não sei... – suspirou – Tem de dar certo, deu conosco, vai dar com elas...

Ficaram abraçadas, as cabeças repousando nos ombros, as mãos passeando nas costas, os seios espremidos.

— O que tu vais fazer? – Berenice sussurrou – Tu vai falar com eles?

— Não sei... O que tu achas?

Tornaram silenciar, deixaram os pensamentos livres, eram livres, eram vidas entrelaçadas não só por serem irmãos, mães e tias, mas pelo desejo de sempre estarem juntas.

— Deixa assim... Deixa ver como vão agir...

— Nunca pensei que fosse possível acontecer isso... – suspirou e puxou a cabeça da irmã - Tudo começou contigo... – aproximou e lambei os lábios bem feitos – Ainda bem que tu existe...

As bocas voltaram a colar, as línguas se tocaram e não foi um beijo singelo, foi diferente.

* * * * * *

Apesar de querer convencer a mim mesmo do contrário, tinha um receio muito grande e não sabia como encarar minha mulher. Mas naquele momento nada importava, somente o desejo.

— Ai paizinho... Ai paizinho... Isso pai... Isso... – Cristina mexia a cintura carregada de desejos – Meu Deus... Vai pai, vai... Fode tua filhinha... Ai... É bom pai... É bom...

Parecia não estarmos lá, era um mundo só nosso, somente eu e ela, ela e eu e nada mais. Estocava forte, nossos corpos explodiam e ela gemia, pedia mais, queria mais e continuei metendo, tirava e me jogava para frente e ela gemia, a vagina alagada, cheia e jorrando desejos.

— Pai... Pai... Paizinho...

Senti que estava em convulsão, o corpo estremeceu, um gemido mais forte, mais alto e eu explodi, gozei apertando o bico do peito e fiquei emburrando, fazendo jorrar meu sêmen bem fundo na vagina de minha menina, irrigando o útero com o líquido de vida, com a vida que gerou sua vida.

— Porra pai..., Fazia tempo que não gozava tanto... – virou e os abraçamos, escorria um rio de gosma da xoxota, melou a perna, pingou no chão – Não importa o que vai acontecer... Nunca vou te deixar e... E se tu se separar, vou contigo para onde tu fores...

— Não vai acontecer nada... – estava sério, meu pênis ainda duro espremido na barriga – E se acontecer... Não vai acontecer nada, tenho certeza...

— Está bom, mas se acontecer vou contigo...

Ainda ficamos abraçados até que ela tirou a calcinha e limpou a xoxota e eu o chão. Nos beijamos e ela entrou.

Esperei que passasse a ereção, sentei no peitoril e fumei outro cigarro antes de entrar. Tinha sido um dia diferente, os fatos não negavam aquela estranha e perigosa situação de minha vida. Primeiro tinha sido Berenice, depois Cristina e poderia também ter sido Glória, não me sentia culpado por sentir desejos, é humano desejar e talvez fosse humano amar como amo minha filha e minha mulher, ambas mulheres, minhas mulheres.

Entrei no quarto, Berenice dormia abraçada no travesseiro, Inês deitada sem conciliar o sono, pensava mundos, tentava reordenar as coisas dentro da cabeça.

— Cristina já dormiu? – perguntou girando.

— Já... E você, porque ainda não dorme?

Sentei na cama no meio das duas, Inês segurou minha mão entre as suas, sentia vontade de falar alguma coisa, mas não conseguia e notei que estava inquieta.

— Você quer falar... – respirei fundo – Vamos sair, vamos pra rede na varanda...

Ela me olhou e levantou, levantei e fomos para a varanda onde há alguns minutos tinha estado com nossa filha, sentei na rede, puxei sua mão e ela sentou em meu colo.

— Você já sabe... – não sei de onde arranquei coragem para começar.

Ela me olhou nos olhos, estava espantada, jamais esperou que fosse eu quem chamasse e por isso mesmo estava desarmada, não tinha elaborado uma possível conversa.

— Sei...

— Inês eu...

— Não fala nada, não diz nada... – passou a mão em meus cabelos, olhou dentro de meus olhos – Ela quis... Não estou com raiva de ti e nem dela...

Escutei em silêncio, queria que ela se colocasse e que colocasse seus sentimentos, suas impressões e possíveis decisões já tomadas.

— Tu és o homem mais maravilhoso que pode existir... Te amo João, sempre te amei e... – calou e respirou, tinha chegado no momento crucial, ela tinha que falar, somente ela – Não vai ser nossa filha que vai me fazer deixar de te amar... Cris é... Cristina é dona do corpo, se quis que fosse você, não posso e nem tenho o direito de fazer nada... Só quero que ela não sofra e... E tenho certeza que você nunca a fará sofrer, nunca me fez...

Continuou falando,parava, respirava e tornava colar suas impressões, falou das desconfianças, de fatos que aconteceram ai longo de nossas vidas, de Berenice, de Glória e principalmente de Cristina.

— Quero trepar agora... – desceu da rede, ajoelhou e tirou meu pênis, passou a língua e sentiu o aroma e sabor diferente, olhou para mim e sorriu – Tu trepou com ela, não trepou?

Fizemos amor deitados na rede, no chão, no sofá da sala, no banheiro enquanto banhávamos e na cama...

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Comentários

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Assim como a Amandinha, eu lí até aqui sem comentar nada, mas estou amando e com muito tesão nessa história toda.

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maravilhoso...tinha lido até aqui sem comentar...mais qdo cheguei nesse não aguentei...é maravilhoso...amei..

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Poucos(as) escrevem com tanta eveza como você. Talvez estejamos lendo um novo Nelson Rodrigues que tão bem navegou no mar dos assuntos polêmicos. Parabens!

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