Cristina, loirinha sem juízo, 05

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 1533 palavras
Data: 09/01/2009 10:49:10

UMA VEZ, UMA CONVERSA E OUTRA DESCOBERTA

Sábado, 6 de novembro de 2004.

— Porra pai, porque tu não comeu ela? – olhou sem entender – Ela tava a fim de te dar... E tu tava doidinho, não tava?

Naquela noite não cedi aos apelos de minha filha, já me bastava o problemão arranjado com nossas loucuras e seria muito pior.

— Deixa de ser irresponsável filha... – puxei seu braço e ela deitou em meu colo – Já basta esse rolo que arranjamos... – suspirei forte...

Cristina fechou os olhos e se curvou como se fosse um feto espetando os joelhos no corpo e colocando o dedo polegar na boca. Era isso mesmo, apesar de seus quinze anos não passava de uma garotinha levada.

— Sabe filhinha... – passei a mão em seus cabelos sedosos – A gente tem que parar com isso... Não está certo, tu és minha filha...

Ficamos calados por quase vinte minutos, na lagoa vez por outra um lambari ou acará pulava pra fora da água catando insetos e o vento fraco que deixava o tempo gostoso soprava manso as copas das árvores fazendo as folhas balançarem em um bailar de paz.

Inês estava, como sempre aos sábados, envolvida com os fechamentos na loja.

— Não quero parar... – falou baixinho – Não quero pai...

Fechei meus olhos e joguei a cabeça para trás até encostar no tronco carasquento do cajueiro. Não tinha como mentir para mim mesmo que não queria continuar, mas aquele martelo de medo me machucava a mente, não conseguia sequer viver a vida de antes daquele dia dentro do ônibus.

— E se tua mãe descobrir...

Senti o corpo de minha filha estremecer, também ela morria de medo.

— A gente não deixa ela saber...

— Não é assim tão fácil Cris... – cofiei seus cabelos macios – Ela está desconfiada...

* * * * * *

Inês chegou do interior feliz e cheia de desejos.

— Vocês deveriam ter ido conosco... – me apertou em um abraço forte – Os meninos perguntaram por ti filhinha...

Cristina sorriu e segurou a mão da mãe.

— Dava não mãezinha... – olhou para mim e sorriu – O velho cuidou bem da gente...

Glória já tinha ido para casa com a mãe e resolvemos continuar na quinta até segunda-feira. De noite, depois do jantar, ficamos conversando na varanda.

— O Manoel vai vender as terras das pacas e quer que tu ajudes ele a montar aquela fabrica de doces... – Inês estirou as penas.

— Falei pra ele que antes tinha de ver com o um serviço de apoio a pequenas empresas... – segurei os pés macios e fiz massagem – Ele tem que fazer uns cursos de empreendedor...

Conversamos sentindo a brisa correr mansa, eu estava deitado na rede e Inês numa espreguiçadeira.

— O que vocês andaram aprontando nesses dias? – Inês perguntou baixinho e olhou para Cristina deitada no chão – Fizeram muita traquinagem?

Olhei para minha filha, ela lia uma revista de quadrinhos, vestia apenas uma camiseta folgada e não estava de calcinhas.

— As meninas passaram o tempo todo ou banhando ou passeando a cavalo... – suspirei – Foi bom, deu pra descansar bastante.

Inês ficou olhando para entre as pernas de Cristina e sentiu uma pontada de dúvidas.

— Tua moleca já é uma mocinha mesmo... – desviou a atenção para olhar para mim – Vai ficar uma mulher fogosa...

— Igual a mãe... – brinquei.

Cristina ouvia e sorriu baixinho imaginando de como eu estava depois dos dias carregado de sacanagem.

— Topas um vinhozinho básico? – Inês levantou e foi buscar a garrafa de vinho.

Fiquei deitado olhando o céu estrelado e sentindo a brisa roçar meu corpo, o dia tinha sido quente e abafado e a brisa da noite dava preguiça de até mesmo levantar da rede.

— Pai... – olhei para cima e vi o rosto de Cristina – Deixa eu deitar contigo?

Quis dizer que não, mas ela não esperou e sentou escanchada com as pernas sobre as minhas. Olhei para ela e vi um sorriso maroto bolinando o rosto bem feito.

— Glorinha vem amanhã de novo... – se ajeitou – A tia Berê também...

Fiquei olhando para ela tentando adivinhar alguma safadeza armada pelas duas.

— Tua mãe ta aqui, lembra disso... – falei baixinho ouvindo os passos de Inês – Não vá jogar merda no ventilador...

Ela riu e se ajeitou e senti que tocou em meu pau, olhei para ela e não tive como reclamar pois Inês já estava do lado da rede.

— Você não desgruda nem um tempinho filha? – Inês me entregou a taça com vinho branco – Deixa teu pai respirar um pouco...

Mas Cristina parecia ter perdido a vergonha e o pudor.

— Tem nada eu ficar com meu gatão, né pai?

Olhei para ela e ia dizer que seria melhor que levantasse, mas o destino pareceu brigar com meus quereres. O telefone tocou, Inês foi atender.

— Não faz isso não Cris... Tua mãe não é boba...

— Tô fazendo nada não paizinho, só quero ficar te sentindo... – me olhou quase séria – Tava mesmo era querendo dar uma trepadinha...

Riu deliciada com meu aperreio, cada dia que passava minha filha estava mais sacana, mais atirada e eu sabia que mais dia ou menos dia Inês ia descobrir tudo.

— Isso não é coisa de se brincar filha... – suspirei preocupado e olhei para a porta da sala – Assim você vai terminar telegrafando pra tua mãe...

— Ah! Pai, deixa de besteira... Ela nunca vai ficar sabendo de nada não... – uma rajada mais forte de vento frio fez meu corpo ficar arrepiado – Cobre a gente, ta fazendo frio...

— Tem lençol não... – falei.

— Vou buscar o meu... – levantou e correu para dentro de casa de onde voltou com dois travesseiros e um cobertor de lã.

— Vão dormir aí? – Inês perguntou vendo a filha passar.

— Ta frio mãezinha... – abraçou e beijou a mãe – É só pra proteger...

Colocou um travesseiro para mim, lançou o lençol pesado e tornou se deitar entre minhas pernas.

— Tu não quer se deitar com a gente? – perguntou para a mãe que tinha voltado a se sentar na espreguiçadeira.

— E levar uma queda? – riu e tomou um gole de vinho – Essa rede não agüenta nos três... Berê confirmou que vem tomar café conosco.

Na verdade Cristina não queria mesmo que a mãe se deitasse conosco, tinha outros planos matutando na cachola. Ajeitou o corpo e se cobriu ficando só a cabeça para fora, Inês voltou a falar sobre os planos do irmão. Ficamos conversando sobre os dias que passaram no interior até que senti a mão de Cristina entrando em minha cueca, tomei um susto e olhei para ela que fazia estar dormindo, olhos fechados.

— A Dalvinha não cansou de perguntar por ti... – Inês sorriu – Aquela nunca vai esquecer, seu sacana!

Tentei ficar impassível e brincar com minha mulher enquanto a mão macia acariciava meu pau já duro.

— Tu é quem começou tudo... – senti o corpo estremecer, ela tinha tirado meu pau da cueca – Mas já faz tanto tempo...

Cristina se mexeu e aproximou mais.

— Isso não se esquece nunca... – Inês tornou beber – A primeira vez é única...

Comecei ficar realmente preocupado, sentiu um suor frio escorrer de minha testa.

— Já ta tarde gente... – falei olhando para Cris – Vamos deitar...

Tomei o resto do vinho de uma golada só, Inês também secou sua taça e se levantou.

— Tô mesmo um pouco cansada... – recebeu meu copo e fez carinho na cabeça de nossa filha – A molequinha pegou no sono... Trás ela pra cama... – se curvou e deu um beijo na testa de Cris, veio para mim e nos beijamos – Tô a fim de uma trepada de sair faísca... – sussurrou em meu ouvido.

Tornou a me beijar e ficou de cócoras do lado da rede. Senti a espinha zunir e um frio tomou conta de mim quando ela meteu a mão por debaixo do lençol e fez caricias em meu peito, Cristina continuava segurando meu pau.

— Vamos dormir gente! – me mexi e tirei a mão de minha mulher de meu peito – Filha! Acorda!

Inês me olhou e lambeu a ponta de meu nariz.

— Não acorda ela... – falou baixinho – Carrega ela pro quarto...

Levantou e entrou, esperei um instante antes de olhar para Cris.

— Deixa de ser doida menina! – estava ainda apavorado, se demorasse um pouco mais por certo Inês ia levar a mão e descobriria tudo.

— Poxa pai? – Cris me olhou sorrindo – Porque tu não deixou?

* * * * * *

Depois daquela noite passei a ter medo, Cristina não conhecia regras e cada vez mais me colocava em situações vexatórias à beira de uma catástofre.

Berenice e Glória chegaram bem cedinho, Cristina ainda dormia.

— Bom dia cunhadão! – Berenice me deu um abraço e um beijo estralado no pescoço – Cadê as gatas dessa casa?

Inês estava na cozinha ensinando Joana a fazer bolo cacete que tinha aprendido com a tia no interior. Glória pareceu escabriada e quase não teve coragem de olhar para mim.

— A doida da tua prima ainda está no berço – passei o braço pelo ombro de minha sobrinha, senti que estremecera – Vai lá e vê se bota ela pra fora...

Passamos o dia todo no açude, Inês e Berenice prepararam arroz branco e levamos carne para o churrasco.

Glória continuava arredia e fez de tudo para não ficar muito próxima de mim ao contrário de Cristina que sempre me procurou principalmente quando estava dentro da água.

Fiz de tudo para rechaçá-la, mas a pequena parecia estar de planos fazer a mãe perceber nosso relacionamento.

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