Num acampamento (2)

Um conto erótico de João Pacheco
Categoria: Homossexual
Contém 1707 palavras
Data: 16/05/2005 13:03:49
Assuntos: Gay, Homossexual

Quase não consegui disfarçar minha surpresa ao perceber que tudo dava a impressão de que nada havia ocorrido, todos se comportavam sem qualquer alteração. Mesmo Jorge continuava a falar comigo da mesma maneira, sem deixar transparecer sequer um vestígio do que fizera à noite passada.

Isso até a hora do passeio de barco. Fomos todos para o lago, onde os instrutores designavam duplas para que, remando, alcançassem a outra margem, algo em torno de uns vinte minutos sobre as águas.

Pensei em escolher alguém da minha turma, porém fui escalado para ter como parceiro justamente o Jorge. Saímos em silêncio e, por quase uns cinco minutos, fiquei imaginando como tocar no assunto que me inquietava. A simples lembrança do acontecido me causava um comichão no ânus e eu tremia de ansiedade, querendo ao menos passar a mão ali para me aliviar, mas tinha na parte de trás do barco o meu parceiro, a quem não queria revelar esse meu estado.

- Cara, eu te comi de madrugada...

A frase que Jorge pronunciou me pegou de surpresa e me fez estremecer. Virei-lhe o rosto e disse que não havia entendido.

- Eu disse que te comi ontem à noite.

- Eu sei – respondi-lhe num sopro, do que me arrependi no momento seguinte.

- E aí? – perguntou ele.

- E aí, o quê? – devolvi-lhe.

- Cara, eu disse que te comi, te enrabei... Tu não sentiu?

Criei coragem, parei de remar e fiquei de frente para ele, que me encarou de um modo enigmático.

- Lógico que senti, não viu que levantei depois e fui ao banheiro?

- E aí, você gostou? – suas palavras saíam agora num fio de voz, manifestando que estava pasmo pela minha colocação.

- Não, não gostei... Por que você não falou comigo?

- Eu não sabia como você ia reagir... Na verdade, eu ia pegar era o Tadeu, mas o Henrique foi mais rápido, daí eu fui pra cima de você. Por que não reagiu?

Meu olhar denunciava o espanto com aquela declaração: Henrique e Tadeu haviam transado também e eu nem me apercebi. Perguntei-lhe como fora isso...

- Cara, você dormiu logo depois que as luzes se apagaram. Ficamos conversando ainda mais um pouco e o papo caiu no “troca-troca”. Foi quando o Tadeu disse que gostava de fazer e queria experimentar com um de nós...

Respirou fundo antes de prosseguir.

- Ele disse também que você, pelo jeito, também gostava. Eu já estava pra ir pra cima dele quando o Henrique se antecipou. Ele já tava chupando o pau do Henrique e eu não quis ficar só na punheta... Olhei pra sua cama e você tava ali, de bruços, só com a calça do pijama e de pernas abertas...

Voltou a respirar fundo e concluiu:

- Fui até a sua cama, tirei a calça e coloquei meu pau na porta do seu cu. Não senti você reagir, então comecei a te enrabar. Cuspi na cabeça da pica e no seu cu e logo eu tava metendo. Você não sentiu?

Não consegui esconder um sorriso. Contei para ele então o sonho que estava tendo no momento em que seu pau entrava no meu cuzinho, revelando que estava tão gostoso que só quando entrou todo o membro é que despertei, por causa da dor inesperada da penetração mais profunda. Perguntei-lhe se os outros tinham visto ele me comer.

- Não sei, cara, eu não prestei atenção.

Em seguida quis saber se outros no acampamento sabiam do que tinha havido, mas ele me tranqüilizou dizendo que aquela foda tinha ficado apenas entre nós. No Maximo, talvez o Henrique e o Tadeu soubessem, mas ele acreditava que os dois estavam tão ocupados um com o outro que podia até ter passado despercebido deles.

Interrompemos a conversa, pois já havíamos alcançado a outra margem e ficamos de voltar ao assunto mais tarde. Antes de nos recolhermos naquele sábado, pude perceber a ansiedade da outra dupla (Henrique e Tadeu) e procurei me controlar, para que também eu não desse qualquer pista do que estava rolando naquele quarto, embora não duvidasse que o mesmo se desse em outros aposentos. Preparava-me para o que poderia vir a acontecer mais tarde.

Senti vontade de perguntar ao Tadeu como ele desconfiara das minhas preferências, mas descobri que eu não estava exatamente interessado nisso. Já que havia sido descoberto e as coisas estavam encaminhadas, decidi fazer o que meu avô recomendava, em nossas primeiras fodas: “relaxar e gozar”... Foi o que fiz. Já eram quase 23 horas quando nos resolvemos a não perder tempo. Henrique foi para a cama de Tadeu e Jorge veio para a minha.

Esqueci o que acontecia na outra cama e me concentrei no meu novo parceiro. Jorge ainda quis conversar, mas eu preferi agir. Eu estava vestido apenas com a calça do pijama, enquanto ele se apresentava de cuecas, o pau em riste, mostrando a sua excitação. Estendi a mão e segurei-o pelo cacete, fazendo um sinal de silêncio com o dedo sobre os lábios. Fui ágil em desembaraçar o pênis de seu traje e logo tinha em minhas mãos o seu membro que, embora um pouco menor e mais fino que o de meu avô, era de belo aspecto e parecia ser capaz de dar conta do recado.

Segurei-o firme com a mão direita, enquanto a esquerda puxava o prepúcio e deixava a descoberto a glande, já banhada com um princípio de líquido lubrificante. Um gesto e essas primeiras gotas foram espalhadas por toda a superfície daquela cabeça que me provocavam água na boca. Fi-lo sentar-se e, esticando-me sobre a cama, logo era a minha boca a agarrar aquele caralho e dar-lhe o trato que não fora possível na noite anterior. As mãos de Jorge sobre a minha cabeça eram o indicativo de que estava sentindo tanto prazer quanto eu mesmo.

Eu caprichava no boquete, minha especialidade. Lambia toda a extensão do pênis e o colocava por inteiro na boca, acariciando-o durante o percurso com a língua dobrada, de modo a atingir o freio, a parte mais sensível do membro, arrancando suspiros de Jorge. Minha mão se alternava entre o corpo do pênis e o saco, manipulando com cuidado aquelas bolas pequenas e delicadas. Ergui-lhe as pernas e passava a língua por trás do saco, fazendo Jorge delirar de prazer.

Na verdade minha intenção era arrancar um primeiro gozo do parceiro, de modo que, ao receber o cacete no ânus ele demorasse a ejacular, permanecendo mais tempo dentro de mim. E não deu outra. Logo ele me avisava que ia gozar e fiz um sinal com a mão de que estava tudo bem. Coloquei o membro quase saindo da boca e minha língua dava pequenas chicotadas contra o freio enquanto eu sugava com avidez. Logo veio a ejaculação, forte como a havia recebido no reto, à noite passada. Jorge segurava minha cabeça, talvez com medo que eu desistisse e o deixasse gozar no vazio. Bobagem, pensei, pois é justamente a melhor parte do boquete, receber os jorros de esperma sobre a língua e ir engolindo à medida que preenche o interior da boca. Eu chupava diretamente da uretra, como se quisesse atrair toda a porra contida em seus testículos, fazendo meu parceiro se contorcer no gozo mais alucinante de sua vida, como me confessaria mais tarde.

Mantive o caralho entre os lábios mesmo depois de gozar, continuando a chupá-lo ainda que sem a mesma sofreguidão. Com isso eu estimulava a uma nova ereção, para dar continuidade à nossa noite de sacanagens. Eu não queria começar, mas... Agora não queria mais parar.

Quando o cacete voltou a enrijecer e já expelia novamente o líquido lubrificante, beijei-lhe a cabecinha e levantei-me. Estendi-me na cama, de bruços, e chamei Jorge para continuarmos. Ele entendeu e veio sobre mim. Lambuzou a entrada do meu anel com o líquido que saía do pênis e começou a forçar a passagem. Como encontrou resistência, afastou as bochechas de minha bunda e, para minha surpresa, lambeu meu anel, arrancando de mim um suspiro que não pude conter, seguido de um arrepio que me percorreu o corpo inteiro. Jorge estava se revelando um hábil amante. Forçou com a língua o meu orifício e logo eram minhas as mãos que lhe descortinavam a visão de meu anel brilhando de saliva e já ansiando pela vara que o invadiria.

Jorge voltou a se posicionar de joelhos sobre a cama e, com a mão, dirigia o membro ao encontro de meu ânus. Arrebitei a bunda para facilitar a penetração e logo eu sentia a pressão que a glande fazia contra as minhas pregas. A invasão se fez sem dor, talvez pela excitação, sei lá... O certo é que eu estava sendo comido de um jeito tão gostoso que só me dei conta de que estava todo dentro de mim quando senti seus pentelhos encostarem em minha bunda.

A partir de então ficou ainda mais gostoso, pois Jorge iniciou o vai e vem, friccionando as paredes do canal e me provocando arrepios de puro tesão. Como havia gozado há pouco, não gozou logo e pudemos aproveitar bastante aqueles movimentos que caracterizavam a foda que nos unia. Suas mãos agarravam minha cintura, arranhando o meu abdome e, vez por outra, sentia seus dedos apertarem meus mamilos, o que me fazia delirar ainda mais. Além disso, receber o seu hálito quente em minha nuca me enlouquecia e eu atirava meu corpo de encontro ao seu num delírio sem fim, um espasmo de pura luxúria que contagiava também ao macho que me fodia.

Chegamos então ao ponto de onde não há retorno. A pressão de seu corpo contra o meu deixava o meu pinto apertado contra a cama. Eu abria ainda mais as bochechas das nádegas para que as suas estocadas fossem ainda mais profundas. Senti suas unhas contra minha carne quando ele, numa pressão ainda mais forte, voltou a ejacular, agora no meu reto. Talvez por causa da pressão contra a minha próstata, o certo é que logo também eu ejaculava, sentindo dentro de mim o seu leite me aquecer as entranhas.

Jorge desabou sobre mim e, levando meus braços para trás, o mantive atracado a mim. Acho até que ele adormeceu com o pênis colado ao meu corpo, cravado em meu cuzinho. Foi uma foda que eu guardaria para sempre na lembrança...

(posso continuar depois...)

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